30 DE SETEMBRO DE 2015
O presidente do PSD pede uma maioria parlamentar para coligação, alegando que, caso contrário, pode ser formado um executivo contra a vontade popular.
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Global Imagens/Gerardo Santos
TSF com Lusa
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COMENTARReportagem de Raquel de Melo na jantar-comício em Viseu
Num jantar comício da coligação PSD/CDS-PP, em Viseu, onde esteve Rui Rio, Passos Coelho defendeu que está em causa saber se "quem ganhar as eleições vai poder formar o Governo", referindo que "já foi prometido, já houve quem o tivesse dito com todas as letras", que "isso pode não ser assim tão simples, que uns podem ganhar e ser outros a governar".
"Queremos enquanto é tempo chamar a atenção dos portugueses para aquilo que pode acontecer se a nossa maioria não estiver no parlamento. O que se prepara no dia seguinte é um Governo que não respeitará a vontade maioritária dos portugueses nas eleições", reforçou o presidente do PSD, pedindo em seguida aos eleitores para "dizerem com todas as letras qual é o Governo que querem, e que deem a maioria ao Governo que querem escolher, e que o façam decididamente".
Segundo Passos Coelho, a ameaça de um Governo contra a vontade popular é proferida da seguinte forma: "Não pensem os senhores que lá porque ganham as eleições vão governar, porque nós podemos, se os senhores não tiverem maioria, arranjar uma maneira de nos juntarmos todos e fazermos um Governo diferente daquele que os portugueses decidiram escolher nas eleições".
O presidente do PSD aconselhou os portugueses a decidirem o seu voto com "serenidade, mas gravidade", e salientou que "a segunda-feira a seguir às eleições é tarde demais" para se arrependerem da escolha que fizeram.
"Se o que queremos é construir em cima dos resultados que alcançámos, se o que queremos é não desperdiçar as boas condições que temos hoje, então é muito importante que o próximo Governo disponha realmente de condições estáveis e de uma maioria para poder governar e para o país se poder governar a si próprio", argumentou.
Passos Coelho enquadrou o pedido de uma maioria no parlamento como "uma questão nacional", e não "uma questão partidária".
E ressalvou que respeitará os resultados das legislativas: "Não chantageamos os portugueses. Não lhes dizemos: ou é como nós queremos, ou não é nada. Nós aceitaremos sempre o resultado consciente das escolhas que os portugueses vierem a fazer".
Segundo a organização deste jantar, que encheu o Pavilhão Multiusos de Viseu, foram servidas refeições para mais de quatro mil pessoas.
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