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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, esteve na Arábia Saudita para uma visita diplomática com a finalidade de discutir a queda do preço do petróleo. Segundo uma reportagem publicada, nesta segunda-feira, no jornal espanhol El País, o líder venezuelano não conseguiu, apesar dos esforços, fechar acordos concretos.
O jornal disse que “a missão mais importante do governo de Nicolás Maduro vem se desenrolando desde o início do ano no Oriente Médio e Ásia. Começou na China, buscando o auxílio financeiro necessário para evitar um ajuste fiscal de grandes proporções que modifique o modelo econômico impulsionado pelo oficialismo: controle em toda a economia, um subsídio de mais de 15 bilhões de dólares anuais à gasolina e a financiamento de uma política social que perdeu sua efetividade com o passar dos anos”.
A matéria do diário espanhol disse, ainda, que “o governo venezuelano, o aiatolá Ali Jamenei, líder supremo do Irã, vai apoiar uma coordenação entre seus países para reverter a rápida queda dos preços do petróleo, que descreveu como “um complô político forjado por inimigos comuns”.
Paciência do povo
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu, nesta segunda-feira, aos venezuelanos a “paciência” que têm tido perante a escassez de produtos no país, situação que atribui a uma “emboscada” opositora da qual foi vítima no começo do ano.
– Agradeço ao povo toda a consciência, paciência e colaboração. Aí estão o governo, as Forças Armadas e as forças policiais acompanhando o povo quando a oligarquia parasitária nos fez uma emboscada – disse.
Em discurso na Arábia Saudita, transmitido pelo canal estatal venezuelano de televisão, o presidente frisou que seu governo está “respondendo” para garantir o direito do povo venezuelano “à alimentação e à paz, que é o mais importante”.
– Tudo isso deve servir de reflexão para o povo e para todo o país, para as grandes tarefas do renascimento econômico do ano de 2015. É uma tarefa de todos, não apenas de um [só] homem, nem sequer de um governo, é uma tarefa de uma Venezuela inteira – destacou.
Por outro lado, Maduro chamou os venezuelanos à “união para o trabalho, a produtividade e a paz”, pedindo que eles deem “lições diárias de consciência, com o trabalho”, aos opositores do seu governo.
Na Venezuela, são cada vez mais frequentes as queixas dos cidadãos perante dificuldades para conseguir, no mercado local, alguns produtos essenciais como detergente, açúcar, leite em pó, óleo vegetal, café, farinha de milho pré-cozida, papel higiênico ou fraldas descartáveis.
Nos últimos dias, multiplicaram-se significativamente as já tradicionais filas de clientes à porta de supermercados para comprar produtos que escasseiam e que, muitas vezes, nem chegam a ser colocados à venda nas prateleiras.
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