quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PRESIDENTE DHLAKAMA REJEITA SEGUNDA TENTATIVA DO PRESIDENTE DA FRELIMO



Depois de frustrada a intentona do Presidente Nyusi de atrair a Maputo o Líder da RENAMO para uma reunião alegadamente destinada à reflexão sobre a paz, da qual a resposta fora negativa, os partidários da vingança voltaram a enviar o segundo convite sem trazer novidades, como forma de tentarem agradar a exigência do adversário.
Eis que na tentativa de atrair o seu rival à mesa de desilusão, o Presidente Nyusi enviou a seguinte agenda:
1. Ponto de situação sobre a implementação do Acordo sobre a cessação das Hostilidades Militares;
2. Avaliação do Diálogo Político entre o Governo da República de Moçambique e o Partido RENAMO; e
3. Diversos.
Segundo a reacção da contraparte renamista, está clara a indisposição desta, de voltar a experimentar os dissabores do passado, resultantes das manobras maquiavélicas do partido no poder. Eis a reacção enviada pela Presidência da RENAMO em resposta ao segundo e menos feliz convite de insistência do Presidente da Frelimo, por segundo a RENAMO nada de relevante trazer:
Em resposta ao vosso convite número 139/MPACC/2015, de 25 de Agosto, por incumbência de sua Excia Afonso Macacho Marceta Dhlakama, Presidente do partido RENAMO temos a comentar o seguinte segundo a agenda proposta:
Em relação ao primeiro ponto o governo, unilateralmente, extinguiu a EMOCHM que tinha como responsabilidade fiscalizar o acordo de sessão das hostilidades, aconselhar e ajudar na reintegração dos homens da RENAMO nos cargos de direcção e chefia nas FADM e na Polícia da República de Moçambique.
É nosso entendimento que a análise deste ponto, devia contar com os elementos da EMOCHM que lamentavelmente foram escorraçados de forma vergonhosa pelo governo.
O governo através das suas forças combinadas FIR/FADM, várias vezes atacou bases da RENAMO na presença da EMOCHM atitude que continua até hoje;
O governo recusou a reintegração dos homens da RENAMO manifestou e continua com vontade de arrancar as armas da RENAMO, não se interessando com o futuro daqueles homens.
Por outro lado, o governo demonstrou que já encontrou uma saída ou solução para reintegrar os homens da RENAMO nas FADM e na Polícia de Republica de Moçambique sem contar com a liderança deste partido. Para tal, usa o aliciamento para que os homens da RENAMO ignorem os termos acordados nas negociações e se apresentem no Comando Geral da Polícia e no Estado Maior General das FADM como voluntários, da Frelimo, para daí serem recebidos como heróis onde são consequentemente promovidos e patenteados.
Dada esta atitude do governo, a RENAMO considera que o assunto arrolado neste ponto esta morto e não há interesse em analisarmos um caso morto.
Quanto ao segundo ponto da agenda, sobre a avaliação do diálogo político entre o governo e o partido RENAMO achamos que de momento é extemporâneo tendo em conta que houve tempo suficiente e não houve boa vontade da parte do governo em resolver de boa maneira os assuntos mais importantes que afectam a democracia e a paz em Moçambique. Por exemplo, o entendimento sobre a despartidarização foi alcançado a muito tempo a nível das delegações. O governo não quer a sua homologação ao nível mais alto e o envio à Assembleia da República.
Perante estes factos consideramos não haver condições de um encontro entre as duas lideranças esta semana.
A RENAMO continua aberta à solução dos problemas que apoquentam a democracia e a paz em Moçambique. Contudo espera que o governo páre com as manobras dilatórias e leve em consideração os fundamentais problemas que afectam o país. E deve cumprir os princípios do AGP e do acordo de cessação das hostilidades militares assinados em 4 de Outubro de 1992 em Roma e 5 de Setembro de 2014 em Maputo, respectivamente. Estivemos a citar na integra a reacção da RENAMO a agenda do Presidente Nyusi.
In "Boletim Informativo A Perdiz Edição nº 141".

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