quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Opinião: Síria se transforma em ‘Chernobyl geopolítico’

Moradores de Aleppo (Síria) ficam na varanda do edifício quase destruído. 1 de agosto, 2015


© REUTERS/ Abdalrhman Ismail
OPINIÃO
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Estado Islâmico: pior ameaça mundial (144)
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A Síria se tornou num “Chernobyl geopolítico” de extremismo e caos, disse o ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) estadunidense, David Petraeus, no seu discurso perante o Comité do Serviço Armado do Senado.

”Como um desastre nuclear, as consequências negativas do fracasso da Síria ameaçam permanecer com nós por décadas e o que mais prolongado isso vai continuar mais graves serão os danos”, informa o site Defense News citando o general.
Ele frisou, no entanto, que paz e segurança internacionais não requerem que os Estados Unidos sejam envolvidos em todos os conflitos. Todavia, acrescentou que é da responsabilidade de Washington participar da regularização do conflito sírio. 
Petraeus também avisou que não é razoável tentar derrubar o líder sírio Bashar Assad sem perceber o que seguirá depois.
O general aposentado disse, “A Rússia é uma potência importante”. Também afirmou que a política de Moscou no Oriente Médio foi provocativa, mas não explicou o que queria dizer com isso. 
Mais cedo, Petraeus fez vários comentários controversos sobre os modos de resolver o conflito na região. Por exemplo, apelou a usar militantes da chamada asa moderada da Al-Qaeda para combater o regime de Assad. 
A situação na Síria parece ainda mais grave tendo em conta a possível demissão de John Allen, general aposentado da Marinha estadunidense, que comandava a operação militar contra os terroristas do Estado Islâmico que controlam a parte do território sírio.  
Desde março de 2011, a Síria é palco de um conflito armado que já custou 220 mil vidas, de acordo com estimativas da ONU, ou mais de 320 mil, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). As tropas do governo sírio enfrentam diferentes facções armadas, incluindo os terroristas do Estado Islâmico e da Frente al-Nusra, vinculada a Al-Qaeda


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