Hoje às 14:46
O líder supremo do Irão, o "ayatollah" Ali Khamenei, ameaçou uma reação "feroz" se a Arábia Saudita não repatriar rapidamente os iranianos mortos na semana passada na peregrinação a Meca.
REUTERS
Debandada em Meca causou mais de 700 mortos
"Os responsáveis sauditas estão a faltar ao seu dever", disse Ali Khamenei ao discursar numa cerimónia de graduação de oficiais da Marinha em Noshahr (norte).
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"Deviam saber que o mais leve desrespeito a dezenas de milhares de peregrinos iranianos em Meca e Medina e o não-cumprimento da obrigação de transferir os corpos sagrados provocarão uma reação dura e feroz do Irão", disse.
Sucessivos atrasos têm impedido o repatriamento de 239 iranianos mortos num movimento de pânico entre peregrinos que ao todo fez 769 mortos, na quinta-feira perto de Meca.
A Arábia Saudita recusou nomeadamente um pedido do Irão para enviar um avião de carga para repatriar as vítimas iranianas. "A República Islâmica do Irão tem mostrado até agora contenção e tem respeitado a cortesia e a fraternidade islâmica", prosseguiu Ali Khamenei, apelando para a formação por vários países islâmicos de uma comissão de investigação ao acidente.
Seis dias depois da tragédia, muitos corpos continuam por identificar, o que aumenta os receios das autoridades iranianas relativamente a 241 cidadãos nacionais dados como desaparecidos.
Horas antes do discurso do líder supremo, o Irão convocou o embaixador saudita em Teerão, pela quarta vez desde a tragédia, para exigir a rápida identificação e repatriamento das vítimas.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, encurtou na segunda-feira a sua estada em Nova Iorque, onde participou na 70.ª Assembleia-Geral da ONU, para assistir à chegada de 130 vítimas a Teerão, prevista para terça-feira mas que não chegou a realizar-se.
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