terça-feira, 29 de setembro de 2015

DHLAKAMA DIZ NÃO À GUERRA




EXISTEM OU NÃO CONDIÇÕES PARA NEGOCIAR?

O novo atentado contra o Presidente Afonso Dhlakama, por sinal o terceiro, ocorrido na última sexta-feira, 25 de Setembro, no troço Amatongas-Gondola, na província de Manica e resultou na morte de sete membros da RENAMO, dentre os quais três militares e quatro civis, veio mais uma vez provar o plano de Filipe Nyusi e Frelimo de acabar com a oposição no País. E falar da oposição em Moçambique, seria o mesmo que falar da RENAMO. O crime não deixa margens de dúvidas das reais intenções da Frelimo, para assassinar o Presidente da RENAMO. Daí a pressa de Damião José como porta-voz do partido em desmentir, ao invés de ser o governo ou polícia a desempenhar esse papel. Também denuncia a falta de espaço para qualquer negociação, pelo menos se for entre a Frelimo e a RENAMO. Pode-se perceber claramente porque é que a Frelimo dispensou a Equipa de Observadores Militares da EMOCHM com alegações de que encontraria uma fórmula moçambicana para a resolução do diferendo. E na verdade referia-se a fórmula da Frelimo e não moçambicana, porque o nosso povo não é assassino. Apelamos a Comunidade Internacional apesar de não deixarmos de suspeitá- la como cúmplice da actual crise, para que leve em consideração o rumo que os acontecimentos estão a tomar. A RENAMO está sendo empurrada para uma guerra com Frelimo. Uma guerra que ameaça dividir o país inevitavelmente. A RENAMO considera seriamente a intenção que se tem em matar Afonso Dhlakama. Mas adverte que não será o fim do problema. A RENAMO está preparada para qualquer eventualidade continuar com a luta. Está comprometida em dar a vitória a razão. Não havendo mais dúvidas para os que ainda tinham, resta à RENAMO e o povo tomarem a sério as ameaças da Frelimo. A RENAMO não pode continuar a tolerar com abusos. Já foram feitas denúncias por diversas ocasiões que a Frelimo é um partido de assassinos cujo objectivo é matar a democracia. A RENAMO apela os jovens, membros, simpatizantes e apoiantes a se prepararem para novos tempos. Novos tempos que Afonso Dhlakama e a RENAMO prometem dar energia sem medo. A promessa é sobreviver a essas ameaças e garantir a democracia. Para já a RENAMO afirma ter vontade, embora não tenha condições para voltar a sentar-se a mesma mesa com quem o objectivo é apenas por conveniência. O Presidente Dhlakama deixa claro que não está interessado em alimentar a ganância belicista da Frelimo e seus líderes corruptos.

FORÇAS DE DEFESA E SEGURANÇA TENTAM ASSASSINAR AFONSO DHLAKAMA 

Do lugar incerto o Presidente Dhlakama falou a nossa reportagem na manha desta segunda-feira, dia 28 de Setembro, para esclarecer que está vivo, saudável e seguro. Assegurou que é contra a guerra que a Frelimo tenta mover contra si, contra o partido RENAMO e contra o povo moçambicano. “ Não quero legitimar os roubos de dinheiro público e das riquezas de Moçambique protagonizados pela Frelimo e pelos seus dirigentes corruptos” disse o Presidente Dhlakama, assegurando que o propósito da Frelimo é calar as vozes críticas que começaram a subir de tom como resultado do seu trabalho. Segundo o Presidente Afonso Dhlakama, a Frelimo pensa que com a sua morte a democracia será silenciada. E diz que já que falharam atingi-lo nas duas últimas emboscadas, pretendem atirar o país para a guerra como forma de justificar com a economia de guerra os dinheiros públicos roubados. “Eu não quero ser responsabilizado pela sociedade moçambicana como quem compactua com a Frelimo, levando o país para o caos. Sei que a Frelimo quer destruir Moçambique com a guerra para não responder pelos seus actos” sentenciou o Presidente Dhlakama. O líder da RENAMO Afonso Dhlakama saiu ileso e encontra-se bem de saúde algures na província de Manica, porém 7 pessoas que faziam parte da comitiva, sendo 4 civis e 3 militares perderam a vida no local. A caravana do presidente Afonso Dhlakama que saia de Chimoio para Nampula foi atacada no fim da manhã do passado dia 25 de Setembro na localidade de Zipinga, distrito de Gondola. Trata- se do segundo ataque levado a cabo pelas Forcas de Defesa e Segurança de Moçambique FDS em menos de duas semanas. Tendo o primeiro, ocorrido também na província de Manica há cereca de 15 quilómetros da cidade de Chimoio, na região de Chibata junto a ponte sobre o rio Boamalanga. António Muchanga, porta-voz da RENAMO, falando à imprensa no pretérito Sábado dia 26 de Setembro, na sede da Perdiz, disse que além das sete vítimas mortais da comitiva de Afonso Dhlakama, há relatos de ter havido mais de 3 dezenas de mortes do lado dos atacantes, no caso as FDS e mais de 7 viaturas queimadas pelas Forças de Defesa e segurança. Segundo relatos, o troço Inchope- Chimoio ficou interrompido durante toda a tarde de sexta-feira, dia do incidente. Testemunhas oculares no terreno, afirmaram categoricamente que os ataques foram protagonizados pelas FDS na sua maioria a paisana a partir de uma montanha próxima contra a caravana de Afonso Dhlakama. “ Estávamos no chapa a tentar fazer ultrapassagem à caravana da RENAMO, quando de repente ouvimos tiros em nossa direcção a partir da montanha, algumas pessoas foram alvejadas no carro, quando o carro parou saímos em debandada para as matas a procura de refúgio, conseguimos ajuda e boleia até Inchope” contou um sobrevivente à imprensa.

MENTIRAS DA POLÍCIA EM MANICA

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Manica, falando numa conferência de imprensa convocada pela corporação daquele ponto do país para reagir ao sucedido, atribuiu a responsabilidade dos ataques à segurança do líder da RENAMO contrariando várias testemunhas presentes no local do incidente. A polícia em Manica, chegou mesmo a dizer que foi a segurança da RENAMO que disparou contra uma viatura de transporte semi-coletivo de passageiros alvejando mortalmente o motorista do mesmo. Porém os factos no terreno dizem o contrário, sendo que as mortes havidas do lado da segurança presidencial da RENAMO não podiam ter sido causados pelos Civis.

QUE ESTAVA PREVISTA PRÓXIMA SEMANA E NAMPULA: Adiada Conferência Nacional da Juventude devido ao ataque ao Dhlakama

O partido RENAMO decidiu pelo adiamento da Conferência Nacional da Liga da Juventude que estava prevista para Nampula, por considerar que não existem condições para tal. Ivone Soares, presidente da Liga Juvenil da RENAMO confirmou o adiamento do evento por questões morais, mas também pelo facto do líder do partido que iria proceder à abertura do evento ter sido atacado e agora estar em parte incerta. Em conferência de Imprensa, a RENAMO deu a conhecer na tarde de sábado passado que continua firme, apesar dos atentados contra Dhlakama e consequentemente contra todo o povo. Também em manifestação de repúdio e condenação dos atentados contra o Presidente Afonso Dhlakama e sua comitiva a chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO, repudiou os ataques sofridos pelo Presidente Afonso Dhlakama e comitiva a 12 e 25 de Setembro de 2015. “Ambos ataques foram protagonizados durante a circulação rodoviária da comitiva presidencial da RENAMO na província de Manica, demonstrando claramente o intuito de assassinar o Presidente, assim como infligir baixas à sua segurança pessoal. Os ataques sofridos são do género emboscada, excluindo como tal qualquer iniciativa de fogo por parte da RENAMO, limitando-se esta exclusivamente a se defender, em respeito ao direito a vida” refere o comunicado. C o n s e q u e n t e m e n t e segundo a mesma fonte, as emboscadas protagonizadas pelas Forças de Defesa e Segurança resultaram na morte de sete membros da Comitiva do presidente Afonso Dhlakama, dos quais quatro civis e três seguranças.

BANCADA DA RENAMO REPUDIA ATENTADO DAS FDS CONTRA PRESIDENTE

A bancada parlamentar da RENAMO manifestou a sua indignação com os ataques protagonizados pelas forças de Defesa e Segurança de Moçambique contra a comitiva do Presidente da RENAMO. Segundo o comunicado, as forças governamentais teriam matado sete homens que integravam a comitiva dentre eles quatro civis e três homens da segurança presidencial. Passamos a apresentar na íntegra o comunicado do manifesto de repúdio: 

MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO E CONDENAÇÃO DOS ATENTADOS CONTRA SUA EXCIA AFONSO MACACHO MARCETA DHLAKAMA, PRESIDENTE DA RENAMO E COMITIVA

Como Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO, em meu nome pessoal, dos Deputados e de todos os funcionários publicamente repudiamos os ataques sofridos pelo Senhor Presidente Afonso Dhlakama e comitiva a 12 e ontem, 25 de Setembro de 2015. Ambos ataques foram protagonizados durante a circulação rodoviária da comitiva presidencial da RENAMO na Província de Manica, demonstrando claramente o intuito de assassinar o Senhor Presidente, assim como infligir baixas à sua segurança pessoal. Os ataques sofridos são do género emboscada, excluindo como tal qualquer iniciativa de fogo por parte da RENAMO, limitando-se esta exclusivamente a se defender, em respeito ao direito a vida. Consequentemente, as emboscadas protagonizadas pelas Forças de Defesa e Segurança resultaram no óbito de sete membros da Comitiva Presidencial, dos quais quatro civis e três seguranças. Aquando do primeiro ataque foram recolhidos e divulgados vários testemunhos, incluindo jornalistas que acompanhavam a comitiva do Sr. Presidente Afonso Dhlakama, como sendo a autoria do mesmo da responsabilidade das Forças de Defesa e Segurança através do reconhecimento do seu fardamento assim como a movimentação de viaturas militares dos mesmos no local. A RENAMO não pode aceitar que na sua maior gravidade não esteja uma vez mais a ser cumprido o Acordo Geral de Paz, assinado em 1992, onde dá total liberdade de comícios e manifestações aos partidos, assim como a livre circulação na rodoviária do País. O Governo está a pôr em causa este acordo assinado em Roma perante altas identidades representativas de muitos Países e Organizações: Zimbabwe, Botswana, Quénia, Africa do Sul, Malawi, OUA, Itália, Igreja Católica, Comunidade de Santo Egídio, Nações unidas, Estados Unidos, França, Portugal, Reino Unido e não esteja a ser cumprido o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares assinado a 5 de Setembro de 2014. A Bancada da Resistência Nacional Moçambicana não consegue perceber quais são os motivos que levam o Governo da Frelimo, nos últimos anos, a não responder conclusivamente aos sucessivos assassinatos de jornalistas, Professor Cistac e dos militantes ou simpatizantes da RENAMO, assim como as sucessivas perseguições e prisões efectuadas com torturas aos militantes da oposição com maior destaque aos da RENAMO. Moçambique após 16 anos de guerra civil optou por uma democracia representativa. Tendo por base a Constituição, nós e o governo da Frelimo temos a obrigação de a cumprir, assim como os países que estiveram presentes na assinatura dos vários acordos de paz têm o dever de se manifestar e pressionar perante o não cumprimento de todos os entendimentos alcançados. A democracia não pode ser considerada sinónimo de submissão da RENAMO ao primado da Lei, nem do Governo da Frelimo estar acima da Lei. Não foi com o monopartidarismo outrora praticado pela Frelimo e que parece ser o caminho que este governo pretende presentemente reinstalar, que Moçambique evoluiu ou irá evoluir criando as oportunidades tão desejadas pelo martirizado povo moçambicano. O nosso caminho, assim como os nossos propósitos de representação e defesa do povo moçambicano ao abrigo de uma democracia efectiva irão continuar, disso não abdicaremos. Dra. Maria Ivone Soares (Chefe da Bancada Parlamentar da RENAMO)

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