terça-feira, 2 de junho de 2015

Há um século, iniciava-se a I Guerra Mundial.

Comments

1
João Cabrita said...
Do Blog, História das Transmissões Militares, um texto oportuno de António Luis Pedroso de Lima:
Pretendo abordar duas questões que me parecem importantes, em relação ao estudo que a CHT (Comissão da História das Transmissões) está a fazer sobre as Transmissões na GG (Grande Guerra):
• Foi realmente significativa a importância de Manuel Teixeira Gomes (MTG) na entrada de Portugal na GG?

• Pretendiam os alemães durante a GG conquistar Angola e Moçambique?


Em relação á primeira questão, não tendo dúvidas que a ação de MTG como embaixador em Londres foi muito acima do que se podia esperar da sua falta de experiência na área diplomática e do brilho da atuação do seu antecessor, o mesmo não acontece com a relevância da sua contribuição para a entrada de Portugal na GG.

Vejamos porquê. Recordemos que a política dominante dos Governos, dominados pelo partido Republicano, era a de entrada de Portugal na frente europeia, e que se manifestou logo que deflagrou o conflito. No entanto Portugal manteve-se, até 1916, por sugestão inglesa, em neutralidade não declarada, embora tivesse procurado explorar a situação provocada pelo pedido francês de material de Artilharia, apoiado pelo governo britânico, de que nada resultou.

A entrada de Portugal em 1916 resulta do pedido britânico de apresar os navios alemães, o que lhes interessava dadas as perdas que estavam a ter, provocadas pela guerra submarina alemã. Portugal aceita, desde que os ingleses, pelo seu lado, aceitem, finalmente, a entrada de Portugal na guerra europeia, como o Governo há muito pretende.

Não me parece que, dado o interesse que os ingleses tinham nos navios, fosse difícil chegar a um acordo. Como se chegou, não me parecendo que MTG, necessariamente ao lado do Governo de que dependia, tivesse que ter uma ação de relevo, dada a conjugação de interesses que se verificava.
Em relação à conquista das colónias de Angola e Moçambique pelos alemães em África, convém acentuar que isso não era possível nem constituiu intenção dos alemães fazê-lo.
Na realidade as forças alemãs que existiam nas suas colónias eram fracas. Estavam isoladas da Metrópole, que não lhes podia dar qualquer apoio logístico nem sequer comunicar.

A superioridade aliada em África, em relação aos alemães, era esmagadora. Rapidamente 3 das quatro colónias alemãs foram conquistadas – Togo, Camarões e Africa Ocidental Alemã (hoje Namíbia). A única que resistiu foi a África Oriental Alemã (hoje Tanzânia). Mas não resistiu para conservar a colónia alemã, mas para obrigar os aliados a empenhar o maior quantitativo de tropas aliado possível, evitando que fossem utilizados na frente europeia. Esta foi a estratégia brilhante montada por Von Lettof, o comandante das forças alemãs, um génio militar, precursor da guerra de guerrilhas, do fraco contar o forte e em que a posse do terreno não era essencial. Donde, as suas tropas tinham que sobreviver, andando sempre em movimento, só atacando em condições de superioridade e não conquistando em permanência um único local, pois isso seria o seu fim, dada a incomensurável superioridade militar dos aliados.
Antonio Luis Pedroso de Lima
22/04/2015 @ 11:04
2
Khanga hanha Muzai said...
Bom dia Mocambique
Texto copiado na NET
A Alemanha ocupou Moçambique na 1ª Guerra Mundial?
Após um ataque alemão ao posto fronteiriço de Maziua, no Rovuma, o governo de Portugal enviou para Moçambique uma força de 1527 homens. Essa força, que chegou a Moçambique em Outubro de 1914, estava completamente desorganizada, de tal forma que, passados alguns meses, mesmo sem ter tido nenhum contacto com o inimigo, já tinha perdido 21% dos seus efectivos devido a doenças.
Em Novembro de 1915 chegou a Moçambique uma nova força de 1543 homens, comandados por Moura Mendes. Essa 2ª força tinha como finalidade recuperar a ilha de Quionga, mas também devido a desorganização idêntica à da primeira força, só em 4 meses perdeu, por doença, metade dos efectivos. Só em Abril de 1916 a pequena ilha de Quionga foi recuperada.
Em finais de Junho de 1916 chega a Moçambique a 3ª força enviada de Portugal, constituída por 4642 homens comandados por Ferreira Gil, com a finalidade de passar o Rovuma e atacar as tropas alemães ao mesmo tempo que estas eram atacadas no Tanganica por forças inglesas, da Rodésia, da União Sul-Africana, do Quénia, do Congo Belga e da Índia. Esta 3ª força consegue passar o Rovuma e conquistar Nevala mas, logo de seguida, é derrotada no combate de Nevala, tendo que retirar novamente para Moçambique.
Em 1917 Portugal envia a 4ª força para Moçambique, esta constituída por 9786 homens e comandada por Sousa Rosa.
A Alemanha tinha na África Oriental, uma pequena força de 4000 askaris e 305 oficiais europeus, comandados pelo general Lettow-Vorbeck.

Este general alemão conseguiu sempre resistir aos ataques das forças inglesas, apesar de estas serem em número muito superior. Isto só foi possível devido a este general ter utilizado uma nova forma de guerra (guerrilha), não lhe interessando manter ou conquistar posições, mas sim manter o inimigo sempre ocupado, de modo que este não pudesse libertar soldados para enviar de volta à Europa.
Em Novembro de 1917, Lettow-Vorbeck passa o Rovuma e derrota as tropas portuguesas em Negomano, e percorre Moçambique sempre fugindo e derrotando as tropas (inglesas e portuguesas) que encontrava pelo caminho e provocando a revolta das populações locais contra os portugueses. Este general alemão acabou por voltar ao Tanganica.
Com o final da guerra na Europa, o exército alemão que se encontrava nessa altura na Rodésia, acabou por se render apesar de nunca ter sido derrotado.
Para Portugal ficaram, além das grandes derrotas militares, as revoltas das populações locais, que demoraram a ser reprimidas.
KHM – Ajudou? Se sim fico feliz se não que fazer pelo menos tentei. SV de burro não tem nada, de malandoro dissimulado tem tudo por vale conferir, indagar, questionar, aferir, perguntar, procurar e não se cansar.
A Alemanha ocupou Moçambique na 1ª Guerra Mundial? 
Após um ataque alemão ao posto fronteiriço de Maziua, no Rovuma, o governo de Portugal enviou para Moçambique uma força de 1527 homens. Essa força, que chegou a Moçambique em Outubro de 1914, estava completamente desorganizada, de tal forma que, passados alguns meses, mesmo sem ter tido nenhum contacto com o inimigo, já tinha perdido 21% dos seus efectivos devido a doenças.

Em Novembro de 1915 chegou a Moçambique uma nova força de 1543 homens, comandados por Moura Mendes. Essa 2ª força tinha como finalidade recuperar a ilha de Quionga, mas também devido a desorganização idêntica à da primeira força, só em 4 meses perdeu, por doença, metade dos efectivos. Só em Abril de 1916 a pequena ilha de Quionga foi recuperada.
Em finais de Junho de 1916 chega a Moçambique a 3ª força enviada de Portugal, constituída por 4642 homens comandados por Ferreira Gil, com a finalidade de passar o Rovuma e atacar as tropas alemães ao mesmo tempo que estas eram atacadas no Tanganica por forças inglesas, da Rodésia, da União Sul-Africana, do Quénia, do Congo Belga e da Índia. Esta 3ª força consegue passar o Rovuma e conquistar Nevala mas, logo de seguida, é derrotada no combate de Nevala, tendo que retirar novamente para Moçambique.
Em 1917 Portugal envia a 4ª força para Moçambique, esta constituída por 9786 homens e comandada por Sousa Rosa.
A Alemanha tinha na África Oriental, uma pequena força de 4000 askaris e 305 oficiais europeus, comandados pelo general Lettow-Vorbeck.

Este general alemão conseguiu sempre resistir aos ataques das forças inglesas, apesar de estas serem em número muito superior. Isto só foi possível devido a este general ter utilizado uma nova forma de guerra (guerrilha), não lhe interessando manter ou conquistar posições, mas sim manter o inimigo sempre ocupado, de modo que este não pudesse libertar soldados para enviar de volta à Europa.
Em Novembro de 1917, Lettow-Vorbeck passa o Rovuma e derrota as tropas portuguesas em Negomano, e percorre Moçambique sempre fugindo e derrotando as tropas (inglesas e portuguesas) que encontrava pelo caminho e provocando a revolta das populações locais contra os portugueses. Este general alemão acabou por voltar ao Tanganica.
Com o final da guerra na Europa, o exército alemão que se encontrava nessa altura na Rodésia, acabou por se render apesar de nunca ter sido derrotado.
Para Portugal ficaram, além das grandes derrotas militares, as revoltas das populações locais, que demoraram a ser reprimidas.
KHM – Ajudou? Se sim fico feliz se não que fazer pelo menos tentei. SV de burro não tem nada, de malandoro dissimulado tem tudo por vale conferir, indagar, questionar, aferir, perguntar, procurar e não se cansar.
Khanga hanha Muzai 

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Mozambican said in reply to João Cabrita...
Meu Caro João Cabrita,

Sérgio Vieira é poucochinho inteligente, mas muito ESPERTO e DESONESTO. Ele não falha / erra por IGNORÂNCIA, mas sim por causa de tamanho esforço necessário para Cobrir e Manipular ilusoriamente o seu MALÉFACO CARÁCTER.

Ele sabe que aquí na rede, não é como lá fora onde os seus camaradas, com 50 pessoas em baixo do cajueiro ladram "Viva a Unidade Nacional", depois asseguram a desgraçada população que vão transmitir à Assembleia da República a "DECISAO DO POVO MOçambicano -> os 50 Camponeses + Camarada Enias Comiche", todos não são idiotas...!
Como tal, ele esforça-se em colectar sérias Informaçoes para nos tentar atrapalhar, de quão NEUTRAL e INFORMADO ele é. De tanto escrever, ele sempre acaba perdendo as estribeiras de pensamento accionando o interruptor de Luz, em vez de trocar a caneta, e o resultado??
--> Ualaaaaa, claro como o vidro: PROPAGANDA COMUNISTA ! ! !

Todo o mal é feito pelos os outros, MENOS A FRELIMO E LENINISTAS. O mais pior e perigoso ainda, é o facto de ele SEMPRE querer nos transmitir que:
--> MOçAMBICANOS SAO INGRATOS, A FRELIMO MATA POUCO E AINDA VOS PERMITE ABRIR A BOCA, PROCURAR COMIDA E AINDA QUEREM DEMOCRACIA...! <--
Outros REGIMES lá noutro MUNDO fazem ainda pior que nós. Portanto compatriota Cabrita, leia bem as mensagens dele, ele é um Cobarde Profissional.
Cumprimentos,

Mozambican
4
Manambua said...
Senhor Sergio Vieira, o senhor ,como vai sendo habitual, esqueceu-se de "outros mortos" como por exemplo; as matanças de Lenin e Stalin, milhôes de russos que nâo estavam de acordo com o marxismo leninismo. A revoluçâo cultural maoista (milhôes de chineses anti-comunistas mortos).
Laos, Cambodja, Coreia do Norte, etc.... e por falar de mortos pelo colonialismo, o senhor esqueceu os mortos pós colonialismo, muito mais elevado em bastante menos tempo. Congo, Angola, Ruanda, Etiopia, etc...ah eu quase esquecia! MOÇAMBIQUE! Sim, MOÇAMBIQUE! Pense bem antes de escrever tanta babuseira seu iluminado!
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João Cabrita said...

Caro Benedito Marime, não creio que Sérgio Vieira esteja a desinformar voluntariamente. Fá-lo por ignorância.

Por exemplo, quando diz que “Nem Londres ou Washington respeitou esses aliados de segunda ou terceira mão...”.

Se Washington não respeitou Salazar, pelo menos baixou a bola quando, na década de 60, Kennedy tentou pressionar o regime de Lisboa a rever a política colonial. A Administração Kennedy vinha apoiando a FNLA em Angola, tendo apadrinhado a ascensão de Mondlane à presidência da Frelimo.


Rezam telegramas diplomáticos (não leve a mal estar a citar esta fonte, Sr. Eusébio, mas não tenho outra melhor) que em 28 de Junho de 1962, Mondlane foi à Embaixada dos Estados Unidos em Dar-es-Salaam a pedir ao senhor encarregado de negócios, Thomas Byrne, que transmitisse uma mensagem urgente a um amigo chegado, Wayne Fredericks, subsecretário de Estado para os assuntos africanos, pois precisava de dinheiro para aguentar o barco, depois de ter sido bem-sucedido no afastamento de Adelino Gwambe na corrida à presidência da Frelimo. Os apoios suceder-se-iam: através da Fundação Ford, antes dirigida pelo secretário da defesa norte-americano, Robert McNamara, a CIA canalizou umas largas dezenas de dólares para abrir o Instituto Moçambicano, tendo para secretária deste estabelecimento de ensino sido designada a Sra. Betty King, funcionária do Afro-American Institute, uma instituição financiada pela CIA. (é a mesma Betty King que moravam em Oyster Bay, local onde Mondlane morreu) Diz um documento, que apanhei na Biblioteca J F Kennedy em Boston (esteja descansado, Eusébio, não se trata de mais um telegrama diplomático), que Roberto, irmão de Jack (o presidente) foi quem tratou de arranjar 'fifty grand' para dar a Mondlane.

Em Lisboa, Salazar observando. Quando chegou a altura da renovação do contrato da base das Lajes nos Açores, o velho de Santa Comba Dão pôs os americanos na ordem. Recorro de novo a telegramas do State (e uma vez mais apresentando as minhas protocolares desculpas ao Mister Eusébio): querem a base para controlar os vasos de guerra soviéticos que vos andam a chatear nas Caraíbas ? precisam das Lajes por causa da vossa chatice em Berlim? Então baixem a bola.
E baixaram, começando por votar ao contrário na Assembleia Geral das Nações Unidas e deixar de fazer o desdobramento de operacionais afro-americanos da CIA em terras do Reino de Cabinda. E Salazar acabou por nem sequer renovar o contrato da base das Lajes. Um aluguer «on a monthly basis», renovável.
6
umBhalane said...
Costumo de ler com esforço SV, que escreve para as grandes moles de desinformados e analfabetos.
É melhor que o tal de "Zicomo", e já o escrevi, do melhor que há lá para as bandas dos TERRORISTAS.
Ainda que intelectualmente maléfico.

Contudo, mas, porém , todavia, ainda que,...,fiquei deveras demasiado demais curioso.
Este conceito de "terra moçambicana" quer dizer o quê, baseia-se em quê???
Estou já "di pidir" ajuda.
Muito obrigado.
Tykupereka takhuta – O meu muito obrigado

LEMBREM BEM:

QUEM NÃO LUTA, PERDE SEMPRE.

Pergunta, questiona, duvida, analisa, vê mais melhor.

PENSA BEM, pensa junto comigo.

É BOM ACORDAR DE VEZ.

FUNGULANI MASO.
A LUTA É CONTÍNUA
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umBhalane said in reply to Benedito Marime...
Também fiquei bastante surpreendido, e fiquei com a pulga atrás da orelha.
Iria procurar, investigar, mas...obrigado.
Assim poupou-me distracções inglórias/fúteis.
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malavi said...
"Não vamos discutir litros de sangue derramado ou de quilos de carne humana massacrada. Estas mortandades o que significam? Devem-se esquecer, fazerem parte de uma amnésia colectiva?" in Sergio Vieira.
os atentos tem respostas das suas inquientaçoes. pensar que pode-se fazer chacinas porque o outro mundo fez ou faz, nao faz sentido para quem preza pela paz. lembre-se sempre do ditado."ca se faz, ca se paga". E votos de longa vida para si.
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Benedito Marime said...
Sergio, não desinforme. Nenhum pedaço de terra moçambicana, vez alguma, integrou o Tanganhica. Assim sendo, por aí, não há nada a reclamar. Os alemães é que, por duas vezes, 1894 e 1916, ocuparam Quionga, que fica a largas dezenas de milhas do Rovuma,este, desde Berlim, tido como marco limítrofe.

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