É oficial. O Governo, numa cerimónia realizada ontem no Centro de Conferências “Joaquim Chissano”, em Maputo, formalizou unilateralmente a extinção da Equipa Militar de Observação da Cessação das Hostilidades Militares. A cerimónia foi orientada pelo chefe da delegação do Governo nas negociações, José Pacheco. A Renamo não esteve presente no acto de extinção da EMOCHM, alegando que o Governo não tem competências para o efeito. A EMOCHM abandona o país sem cumprir uma das suas principais missões: a integração das “forças residuais” da Renamo nas FADM e na PRM e a sua reinserção social e económica.
A Renamo considera que cabe à Assembleia da República extinguir a EMOCHM, que foi crida no âmbito do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares assinado pelo ex-Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo presidente da Renamo Afonso Dhlakama, e confirmado pela Assembleia da República.
“Para nossa garantia jurídica, fizemos um requerimento ao Governo para nos dar o documento que diz que unilateralmente vai extinguir a EMOCHM. Também pedimos que nos tragam a devida procuração passada ao mais alto nível sobre a extinção”, explicou o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, que diz que a Renamo acompanhou através da comunicação social o anúncio pelo Governo do fim da EMOCHM. Segundo Renamo, não houve consenso, na mesa das negociações, para a extinção da EMOCHM.
Comandante da EMOCHM diz que a missão foi um fracasso
O comandante da EMOCHM, o brigadeiro, Therego Seretse, do Botswana, que procedeu à entrega das chaves da sede da EMOCHM ao ministro a José Pacheco, disse que a missão foi um fracasso.
“Tinha a esperança de que, na altura da extinção da EMOCHM, iria anunciar a missão como um sucesso. O que assistimos hoje e o que podemos dizer não é o caso”, declarou o brigadeiro Therego Seretse. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 02.06.2015
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Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Alguns já esfregam as mãos.
Entre sermões dedicados à paz dos paladinos religiosos, os hossanas para a mesma de organizações da sociedade civil, a mediatização de um pretenso carácter demoníaco da oposição que já vem sendo ensaiada há muito tempo, Moçambique vai caminhando lenta e inexoravelmente para a reedição da guerra.
O “timing” tende para a guerra.
É comum ouvir de políticos que todas “as cartas ou opções” continuam na mesa.
Será o caso para Maputo? Tudo indica infelizmente que sim.
Há uma escola política que não concebe que é possível compartilhar Moçambique numa posição de igualdade e de respeito mútuo. Partem do pressuposto histórico da sua participação na luta anticolonial para ganharem e manterem posições de superioridade sobre a sociedade no seu todo.
Há toda uma corrente de pessoas com influência nos decisores políticos que advoga uma posição de força e de continuidade do modelo político actual. Tudo pelo poder e nada de cedências no que se considere fundamental para o regime.
Toda a actuação do Executivo mostra que explora demagogicamente os “dossiers”, mas que, no essencial, não está disposto a ceder.
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01/06/2015
UM grupo de idosas numa vila no norte de Uganda fez algo considerado um tabu na região: tirou a roupa. Para expressar a sua revolta diante de dois ministros, soldados, polícias e centenas de pessoas da comunidade, elas começaram a se despir.
De acordo com a BBC, algumas sem blusas e outras totalmente nuas, gritavam: “Lobowa, lobowa!”, que significa “nossa terra” na língua Luo.
As que não se despiram, mostraram o seu apoio com cantos de lamentação enquanto as outras tiravam a roupa.
No dia do protesto, dois ministros chegaram ao local com inspectores que demarcariam as terras onde vivem as mulheres e o seu povo, conhecido como acholis.
Mas eles foram surpreendidos com o que viram.
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Os observadores militar internacionais, cuja missão era assistir o processo de cessação das hostilidades militares, regressam aos seus países de origem a partir da próxima quinta-feira, anunciou hoje o chefe da delegação do Governo, José Pacheco.
São, no total, 23 peritos militares estrangeiros oriundos da África do Sul, Cabo-Verde, Quénia e Zimbabwe, que depois de duas missões falhadas, a primeira com 135 dias, e a segunda de 60 dias, regressam aos seus países de origem.
Hoje, os observadores despediram-se do executivo, numa cerimónia marcada pela ausência do chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, bem como os observadores daquele partido.
Integravam também este grupo, observadores provenientes de Portugal, Grã-Bretanha e Itália que, com o fim da primeira missão, com a duração de 135 dias, não mais regressaram a Moçambique. E os representantes dos Estados Unidos da América (EUA) nunca chegaram ao país.
Com o fim da primeira missão, o Governo e a Renamo voltaram a prorrogar a missão do órgão para mais 60 dias, igualmente infrutíferos. Por isso, o Governo, entendendo que estava apenas a despender dinheiro para um grupo ocioso, segundo Pacheco, decidiu, na semana passada, extinguir a EMOCHM.
Entretanto, desta vez, não são apenas estrangeiros que regressam às suas casas. Segundo Pacheco, os nacionais também estarão em suas casas, aguardando por novas ordens do executivo.
O DIRECTOR do Museu Nacional Smithsonian da História e Cultura Afro-americana, Lonnie Bunch, terminou ontem uma visita de 4 dias a Ilha de Moçambique, marcando passo na prestação de apoios para preservação e gestão do património cultural.
Lonnie Bunch pretende visitou o ponto de origem do navio de escravos São José, que viajava da Ilha de Moçambique para o Brasil, quando naufragou ao largo da costa da cidade do Cabo em 1794.
Esta histórica viagem trará à luz do dia importantes actividades de desenvolvimento da pesquisa arqueológica subaquática, preservação e gestão do património cultural directamente relacionada com a mais ampla história do comércio de escravos e o seu papel e impacto em Moçambique, de que a Ilha de Moçambique é um dos principais pontos de referência.
Pretende também trazer uma equipa americana de até nove pessoas da televisão CBS, a fim de captar este evento para o programa americano popular noticioso de “60 Minutes”, a ser feito em conjunto com dirigentes, pesquisadores e líderes comunitários moçambicanos sobre a importância da preservação do património cultural.
Um relatório do Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização não-governamental, revela que as comunidades das zonas de exploração de madeira na província de Sofala, no centro de Moçambique, ainda não receberam os mais de 46 milhões de meticais (um dólar equivale a 31 meticais) dos 20 por cento a elas destinados.
O documento hoje publicado diz que os valores, ora em referência, foram depositados na conta da Direcção Provincial da Agricultura (DPA) entre 2010 e 2014, contudo ninguém sabe onde está o valor. A única certeza que se tem é que os operadores madeireiros depositaram-no naquela conta, domiciliada na Delegação do Banco de Moçambique, em Sofala.
Por via disso, está instalado o ambiente de tensão e suspeição em Sofala.
O relatório indica que os problemas começam a partir de 2010 até 2014.
Neste período, as licenças de exploração de madeira produziram uma receita de mais de 448 milhões de meticais e o dinheiro foi depositado pelos operadores florestais numa conta aberta no Banco Central, a favor da DPA de Sofala.
Contudo, os 20 por cento da receita, o equivalente a cerca de 89 milhões de meticais, deveriam ter sido canalizados às comunidades das regiões onde se exploram os recursos florestais.
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Dirigentes do Comando-Geral da PRM, entre os quais um oficial do Departamento do Policiamento Comunitário no Comando-Geral da PRM, foram os primeiros a chegar ao local, e são acusados de terem tentado inviabilizar o trabalho do Comando Provincial e de proibirem a captação de imagens.
Cinco cidadãos chineses foram presos na noite do passado sábado, 30 de Maio, depois de terem sido apanhados em flagrante em caça furtiva na região de Reugue, posto administrativo do Sabié, no distrito da Moamba, província de Maputo.
A Polícia na província de Maputo informou que a detenção ocorreu por volta das 22h00 de sábado na fronteira com a África do Sul.
O porta-voz da Polícia na província de Maputo, Emídio Mabunda, disse ontem, domingo, ao “Canalmoz”, que os cinco chineses, com idades dos 25 aos 37 anos, foram detidos na posse de uma gazela, um gato do mato e um coelho mortos, que tinham acabado de caçar.
O mesmo porta-voz acrescentou que, na posse daqueles caçadores furtivos, foram apreendidas duas armas caçadeiras de calibre CZ 3006 e 12, uma pistola, 66 munições, 42 cartuchos e três holofotes.
Emídio Mabunda informou também que os cinco caçadores furtivos possuem uma licença de uso e porte de arma emitida em 21 de Novembro de 2013 e uma licença de caça com despacho de 6 de Junho de 2015.
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31/05/2015
Posted at 23:57 in Defesa, Musica, vídeo, cinema, Política - Partidos | Permalink | Comments (4) ShareThis
O professor e escritor Alberto Viegas foi, sexta-feira última, distinguido com a outorga, a título póstumo, do grau de Doutor Honoris Causa em Antropologia pela Delegação de Nampula da Universidade Pedagógica (UP), em reconhecimento do seu contributo no resgate do fabulário telúrico e na recriação de lendas e práticas tradicionais dos povo macua.
Usando da palavra no decurso da proposta da atribuição do honroso título, o padrinho e proponente, Brazão Mazula, destacou não apenas os predicados humanos do malogrado candidato, como também realçou os seus excelsos atributos profissionais e intelectuais.
O professor Viegas era um homem íntegro, afável e de alegria contagiante, em relação à qual só um esquizofrénico poderia ficar indiferente. Desde muito jovem acumulou sabedoria, cultivando-se intelectualmente de forma generosa e contínua, foi pessoa anómala porque se afastou sempre do paradigma de conformismo. Em suma, era um homem insaciável do saber e ávido de se imbuir das multifacetadas matrizes de conhecimento. Desafiou o próprio tempo, não parou no tempo e, mercê desse determinado apego, travou uma luta titânica com o tempo-destacou Mazula.
Com efeito, Viegas frequentou em 1950, na província de Nampula, o curso normal para professores indígenas, tendo trabalhado em Mossuril e Lunga até Novembro de 1975, altura em que passou a leccionar o curso de formação de professores primários no Centro de Momola.
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Posted at 23:45 in Informação - Imprensa, Morte Samora Machel - 19.10.1986 | Permalink | Comments (0) ShareThis
MONUMENTOS e maquetas vão ser construídos nas bases usadas pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) durante a luta de libertação nacional, como forma de dignificar e valorizar cada vez mais estes lugares históricos.
As obras, a serem realizadas pela Direcção Provincial dos Combatentes, visam permitir uma maior preservação destes lugares, para que os mesmos constituam fontes de atracção turística, sobretudo nas datas festivas e comemorativas.
A chefe do Departamento de História na Direcção Provincial dos Combatentes em Sofala, Teresa Zaonazina, que facultou a informação ao nosso Jornal, na Beira, sublinhou que essas bases se enquadram no contexto histórico-geográfico e tendo em conta as características da guerra de guerrilha, levada a cabo pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Numa primeira fase, o processo culminou com a construção de monumentos nas bases de Mândue, em Chemba, Licoma, no distrito de Caia, Massiquidze, em Muanza, e Mecuse, na região de Nhamatanda.
Zaonazina apontou ainda que em Sofala o esforço do Governo neste sentido culminou com a construção de maquetas na preservação das bases de Chivungue-Chivungue, em Marromeu, Sinapilota e Nhamindimo, no distrito de Cheringoma, e Goro, em Gorongosa.
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30/05/2015
CRISE ECONÓMICA DEPENDENTE E POLÍTICA DE MOÇAMBIQUE
Num contexto geral do nosso País parece tudo estar bem, mais a gente vive uma crise generalizada do ponto de vista económico, politico e social. Umas das perguntas mais fluentes do meu quotidiano são seguintes: Como é promovido o desenvolvimento Estatal do nosso País? Como foi solucionada a guerra civil que durou 16 anos em Moçambique? Estas e outras interrogações veem no meu dia – a – dia.
Um dos aspectos ligado à falta de desenvolvimento do nosso País é a falta da capacidade de gerenciamento e de empreendimento dos nossos recursos para alavancar o desenvolvimento para além da técnica qualificada, metodológica e tecnológica de forma racional e sistemática. Até agora acho absurdo que em Moçambique exista pessoas sem se beneficiar da corrente elétrica uma vez que Cahora Bassa é nossa. Para, além disto, é inconcebível saber que os usuários da energia elétrica tenham problemas sérios no fornecimento e na qualidade. Outro problema que não chego a acreditar é saber que essa energia é transformada na África do Sul.
Lembrei-me de uma autora Maria Harnecker Gabriela Uribe uma pesquisadora do imperialismo e dependência da África que responde estas questões dizendo que África é um continente rico mais não tem mão- de- obra qualificada, nem tecnologia, falta de capacidade produtora, falta de meios para investimentos e o espirito nacionalista para construir uma identidade de Estados-nação.
Para além desta pesquisadora, tem alguns sociólogos como Fernando Henrique e Marine que questionam a dependência da América Latina nos anos de 1950 e que hoje África é alvo da dependência externa e chegando o PIB não sendo sustentável para um País. Por exemplo, a energia em Moçambique se tivesse uma máquina transformadora traria custo e beneficio para o País e poderia ajudar uma parte do desenvolvimento e seria uma energia sustentável para toda a sociedade moçambicana.
Paulo Estevão Daniel, comumente tratado por “Danger man”, foi morto à tiro cercas das 23h40 desta sexta-feira (24), no bairro da Polana Caniço, na capital moçambicana, por desconhecidos ainda a monte.
Ao @Verdade, várias fontes disseram que Paulo “Dangerman”, foi crivado de “quatro balas na cabeça”, tendo encontrado morte imediata no local.
Uma testemunha que pediu-nos para preservamos a sua identidade, disse-nos que a viatura de “Danger man”, uma Toyota da marca Runx, teria sido bloqueada, por duas viaturas, de onde, do seu interior emergiram “uns dois indivídos armados tipo pasquitanes que dispararam para a sua cabeça e foram embora”.
Quem era “Danger man”?
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Medida entra em vigor a partir de amanhã
A entrada ou saída de menores na vizinha África de Sul passa a estar condicionada à autorização dos encarregados de educação e a medida entra em vigor a partir de segunda-feira.
A medida tem como objectivo travar a onda de tráfico de seres humanos sobretudo de crianças.
A decisão foi aprovada recentemente pelo Estado sul-africano e determina que a entrada ou saída àquele país de qualquer cidadão com menos de 18 anos seja autorizada pelos pais ou outras pessoas responsáveis pela sua educação.
Os requerentes devem preencher um formulário que estará disponível a partir da segunda-feira no Alto Comissariado da África do Sul ou na sua página electrónica e autenticar nos serviços notariais.
O PAÍS – 30.05.2015
Posted at 19:25 in Emigração - Imigração - Refugiados, Turismo - Parques Caça - Aviação, África - SADC | Permalink | Comments (0)ShareThis
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