26/5/2015 10:10
Por Redação, com Reuters - de Bukit Wang
Equipadas com com enxadas e pás, as equipes forenses da polícia da Malásia começaram nesta terça-feira a retirar os restos de dezenas de supostas vítimas de traficantes de seres humanos que estavam em covas rasas descobertas em um acampamento na selva, perto da fronteira com Tailândia.
O governo informou que está investigando se funcionários locais do serviço de florestas estão envolvidos com as quadrilhas de contrabando de pessoas, que se acredita sejam as responsáveis por cerca de 140 dessas sepulturas descobertas ao redor de acampamentos sinistros no noroeste do país.
As densas florestas do sul da Tailândia e do norte da Malásia têm sido um importante ponto de parada de traficantes que levam pessoas para o Sudeste Asiático por barco, a partir de Mianmar, na maioria muçulmanos da etnia rohingya que dizem estar fugindo de perseguição e cidadãos de Bangladesh.
Nesta terça-feira, autoridades levaram um grupo de jornalistas a um dos acampamentos, situado em um barranco na mata fechada depois de uma subida íngreme, ao qual se chega por uma trilha bastante usada, após uma hora de caminhada da estrada mais próxima.
O que restou do acampamento, aparentemente abandonado às pressas, é pouco mais que um emaranhado de bambu e lona, mas um oficial da polícia, que não quis ser identificado, disse que o local poderia ter abrigado até 400 pessoas. O primeiro corpo foi removido nesta terça à tarde (horário local), disse uma testemunha à agência inglesa de notícias Reuters. Muhammad Bahar, dapolícia do Estado de Perils, afirmou que não poderia confirmar o estado do corpo ou quanto tempo havia permanecido ali, mas acrescentou que a sepultura poderia conter mais corpos.
Autoridades da Malásia encontraram na segunda-feira 139 sepulturas, algumas com mais de um corpo, no entorno de 28 acampamentos espalhados ao longo de um trecho de 50 quilômetros da fronteira no Estado de Perlis, norte do país.
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