27/5/2015 10:34
Por Redação, com ABr - de Brasília
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) realizaram desde a madrugada desta quarta-feira a Operação Sete Chaves, para desarticular uma quadrilha que atuava na extração ilegal da pedra preciosa turmalina paraíba. Esta é considerada uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo, estimada em cerca de R$ 3 milhões. A pessoas investigadas atuavam no município de Salgadinho (PB), a 255 quilômetros da capital João Pessoa.
Os policiais federais cumprem 35 mandados nas cidades paraibanas de Salgadinho, João Pessoa e Monteiro. A operação também ocorre em Natal e Parelhas, no Rio Grande do Norte, em Governador Valadares, em Minas, e em São Paulo. Desses mandados, oito são de prisão preventiva, 19 são de busca e apreensão e oito de sequestro de bens. Ao menos 130 policiais atuaram na Operação Sete Chaves.
Segundo a PF, diversos empresários e um deputado estadual fazem parte da organização criminosa. Eles se utilizavam de uma rede de empresas off shore para a realização das negociações bilionárias com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
A turmalina paraíba era extraída no distrito de São José da Batalha e enviada para Parelhas, no Rio Grande do Norte. Lá, eram emitidos certificados de licença de exploração para forjar a legalidade de origem da pedra. De Parelhas as pedras eram enviadas para Governador Valadares e comercializadas em mercados do exterior, como Bangkok, na Tailândia; Hong Kong, na China; e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
As pessoas investigadas na operação vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.
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