Luanda - Encontra-se neste momento no Hospital Central de Cabinda, enviado pelos Serviços Prisionais da Prisão Central daquela cidade, o Dr Marcos Mavungo, preso desde 14 de Abril, sem culpa formada. Marcos Mavungo está ser sujeito à análises diversas, pois, como tem alertado o Grupo de Apoio aos Presos Políticos Angolanos, o seu estado de saúde inspira cuidados, devido as torturas e maus tratos infligidos pelos autoridades prisionais.
Fonte: GAPP
Na manhã de hoje, sábado (30), sua filha mais nova foi levar-lhe o pequeno almoço e deparou-se com o pai em estado crítico febril, fraco, e sem tomar banho nos últimos três dias. Sua esposa tinha ido levar a filha mais velha ao Hospital pois também se encontra em mau estado de saúde.
O Grupo de Apoio aos Presos Políticos endereçou cartas a Governadora de Cabinda, ao Sub Procurador da República em Cabinda, ao Delegado do Ministro do Interior em Cabinda, ao Director da Cadeia explicando que a situação de saúde de Marcos Mavungo inspirava sérios cuidados devido a torturas e maus tratos infligidos na cadeia, incluindo tentativas de falso tratamento. O Sub Procurador da República mandou fazer um inquérito mas as condições de detenção pioraram, inclusivé com a restrição de acesso à casa de banho mais próxima e a limitação de tempo de visita de sua esposa e não autorização da médica poder assisti-lo senão em período normal de visita.
O Grupo de Apoio voltou a contactar o Sub Procurador que se disponibilizou a ir visitar Marcos MAVUNGO, o que fez, e ordenou o acesso a casa de Banho, mas a zona de banho tem-se mantido fechada.
O Grupo e familiares foram informados que a DPIC já concluiu as investigações e aguarda a todo momento um veredicto célere. No entanto, as torturas e maus tratos humilhantes a que Mavungo tem sido sujeito, já configura uma pena antecipada de 47 dias de prisão, com sentença de torturas do tempo medieval.
Os democratas, os humanistas, os activistas devem continuar a lutar para a libertação de Marcos Mavungo, um prisioneiro de consciência, profundamente cristão, que nos disse "Eu não posso dar mau exemplo aos meus filhos, mentindo, sei que me fazem isto para não defender os direitos humanos dos meus compatriotas, mas digam aos activistas para se manterem firmes, mesmo que eu não saia daqui vivo". MAVUNGO, luta pela dignidade dos cidadãos desse país, merece o firme e decisivo apoio de todos nós.
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