O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou hoje em Maputo as tensões políticas uma ameaça à paz no país, exortando as Forças Armadas a assumirem o seu papel na defesa da integridade territorial do Estado.
"A vontade de gerar conflitos de natureza política, de ambição pelos recursos naturais, [de natureza] tribal, regional e mesmo religiosa, e esforços PARA estabelecer mudanças inconstitucionais de governos democraticamente eleitos e os tráficos fronteiriços de todo o tipo constituem uma ameaça à paz, segurança e à ordem democrática", afirmou Nyusi, falando na sede do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), durante uma visita ao local.
O chefe de Estado moçambicano enfatizou que Moçambique é um país uno e indivisível, saudando as FADM pelo seu empenho na defesa do território nacional.
"A República de Moçambique é um território uno e indivisível, o povo moçambicano é amante da paz, o Estado de direito democrático define a nossa forma de ser e de estar, o caminho que continuaremos a seguir está prescrito na lei-mãe, sabemos de onde viemos e para onde vamos", realçou Filipe Nyusi.
Moçambique volta a viver o espectro da instabilidade face à ameaça do líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, Afonso Dhlakama, de "governar pela força" nas províncias onde ganhou nas eleições gerais de 15 de outubro próximo, caso a bancada da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder, chumbe o projeto de lei que o movimento pretende submeter à Assembleia da República, preconizando a criação de províncias autónomas.
Quadros seniores da Frelimo já consideraram que o projeto é inconstitucional, sinalizando que a bancada do partido poderá chumbar o documento.
PMA // APN
Lusa – 12.03.2015
Ficou bem claro naquela conferência de imprensa que cada um (Nyusi e Dhlakama) interpretava o que tinham falado à “SUA MANEIRA”. O que ficou claro é que embora ambos divergissem nesta questão de “REGIÕES AUTÓNOMAS” ambos concordavam que este assunto devia ir ao PARLAMENTO: PARA um devia ir lá “SÓ PARA SER CARIMBADO E PASSAR” e para o outro devia ir lá para ser analisado à luz da “CONSTITUIÇÃO, LEI e em respeito à SOBERANIA INSTITUCIONAL de Estado de Direito”.
O Damião José disse num desse discursos de oportunidade que a FRELIMO não estava a fazer nada sem conhecimento do Presidente da República, disse ainda que tal atitude era impensável na FRELIMO.