O Tribunal de Alta Instância de Joanesburgo, no East Rand, sentenciou, esta Quarta-feira, Albert Morake, de 35 anos de idade, a 1.535 anos de prisão por prática de uma série de crimes, incluindo violações em serie.
Uma das vítimas do violador em série, Keabetswe Mawasha, que aceitou dar o seu nome à imprensa, está com muito boa esperança de celebrar os seus 29 anos a 27 de Maio próximo. Ele não foi capaz de celebrar o seu aniversário por dois anos porque calha exactamente no dia em que ela foi violada.
“Não posso esperar para celebrar o meu aniversário,” disse Mawasha. “Estou satisfeita já que ele vai apodrecer na prisão,” acrescentou.
Uma outra vítima disse que “eu estou muito, muito satisfeita. Agora vou dormir como uma criancinha.”
Uma terceira vítima, que disse ter perdido o ano de passagem da escola secundária e ter começado a beber e a fumar como resultado da violação sexual, disse que “parece que estou a sonhar. Parece que alguma coisa me foi retirada das costas. Aquela violação mudou a minha vida.”
Morake negou ser culpado por 175 acusações, incluindo 30 violações sexuais, 41 de rapto, 24 de roubo com circunstâncias agravantes, três de tentativa de roubo, uma de tentativa de assassinato. Porém, ele foi declarado culpado de 144 acusações.
Os 1.535 anos de prisão, incluem 30 de prisão perpétua, 15 de cada roubo com circunstâncias agravantes, 10 anos de tentativa de assassinato, cinco de rapto e cinco de posse ilegal de arma de fogo. As penas vão decorrer concomitantemente.
O juiz Rean Strydom disse que Morake não mostrou nenhum remorso e persistiu em negar o seu envolvimento nos crimes.
Ele foi arrogante dizendo que “avisou as suas vítimas sobre como se protegerem de violações no futuro,” disse o juiz.
Strydom disse ainda que a maioria das vítimas de Morake ficou traumatizada e mostrou – se emocionada durante a prestação de testemunho contra ele.
“Ele agiu com pré - meditação. Ele veio preparado para cometer os crimes e esteve sempre sob controlo (de si próprio), “disse Strydom.
Morake é um dos piores violadores em série no país e recebeu uma das mais severas sentenças.
Em 2007, Mongezi Jinxela, de 39 anos, foi considerado culpado em 60 casos de violação sexual e de outros crimes relacionados e foi condenado a 2.461 anos de prisão, incluindo 55 de prisão perpétua.
Em 2013, Mlungisa Mtshali foi condenado a 39 anos de prisão perpétua depois de culpado por 39 violações sexuais.
(RM/AIM)
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