Estamos perante uma ameaça à democracia, com origem no totalitarismo étnico e tribal, às mãos de um néscio corrompido e violado ideologicamente.Sábado dia 10 de Janeiro na cidade da Beira, fomos servidos com a pior encenação da mediocridade política alguma vez observada em Moçambique.Não mereciamos isso,em especial aqueles que foram colocar o seu voto.
O general Dlhakama com a sua postura arruaceira, populista e brejeira,no papel do general Odumegwu Ojukwu,secessionista de Biafra, quando na realidade omite a ambição fora da Lei, tal como Moisés Tshombe dos anos 60 no antigo Congo belga.Dlhakama levianamente exige para o efeito da causa secessionista, alterar a Constituição, mas uma revisão da Lei magna requer uma maioria de dois terços, num parlamento democrático a que ele e a Renamo boicotaram.
República regional autónoma ou tentar dividir a Nação moçambicana, seria um afronta ao estado de direito, por violar a constituição, e uma declaração de guerra, na qual Afonso Dlhakama seria o alvo natural, militar legítimo de uma Nação inteira, e desta vez sem espaço onde esconder-se.É que mesmo que ele viesse a esconder-se no inferno, os moçambicamos lá iriam buscá-lo para um ajuste de contas final.
Moçambique é um Estado de Direito Democrático, baseado no pluralismo de expressão, e com um único exército, as FADAM.Afonso Dlhakama deveria permitir aos seus homens o acesso à formação e educação que ele não tem, nem capacidade para dar;deixar o executivo eleito cumprir a sua missão de governar em paz, e deixar de usar as forças residuais como arma política para pressionar o executivo, matar nacionais,vandalizar, roubar bens públicos e privados.O partido Frelimo não tem nenhuma responsabilidade política desta atitude da Renamo.Ao longo do tempo temos escutado da Renamo frases como``mudança de regime, governo sombra, governo de unidade,governo de gestão, e agora república autónoma,etc....chega e basta!..Estamos a lidar com gente sem cultura democrática, nem respeito por outros parceiros políticos, que não olha meios para alcançar os fins.
A Renamo nunca reconheceu nenhum dos cinco escrutínios presidenciais até hoje realizados.Seria bom para a tranquilidade da família nacional, que a Renamo a bem ou a mal fossse desarmada, porque embora a acção estratégica de Afonso Dlhakama esteja de momento condicionada pelo Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, graças a pronunciamentos deste tipo, a estabilidade sociopolítica do país vive sobre o fio da navalha.
Em mais um delirio na cidade da Beira, Dlhakama afirmou ser 'superior política e militarmente, daí que não se irá 'ajoelhar perante a Frelimo' nem recuar,e se for necessário 'governará à força' na república que pretende criar.
Mas superior a quem? A educação é um porto de partida para viagens com diversas paragens.Quem não estudou não saiu do local de partida.Dlhakama diz-se General, quando não passa de reles guerilheiro sanguinário, e já com um curriculum invejável de matança de nacionais inocentes.Para enganar os incautos do centro e norte do pais fez jus a sua tese tribalista, ao afirmar que apenas mata gente do sul de Moçambique.Sinceramente não sei como o fez quando atacou as FDS.
Apesar do historial psicopata sangrento de Afonso Dlhakama, não o tememos, e o que é dele está guardado.E se até ao momento o governo vem dialogando e aturando as suas tiradas e artimanhas manobras dilatórias, foi por acreditar haver esperança na conversão democrática do homem, e não por simpatia à cartilha tribalista e regionalista, com que gere a sua política, nem na sua postura de cacique.Esperávamos (Frelimo, MDM e Renamo) pudessem de mãos dadas, começar a VIII legislatura,mas a Renamo ao tentar travar que o processo democrático siga os seus trânmites, e ao tentar obter o poder à força, entrou em confronto com a Lei.A validação pelo Conselho Constitucional da vitória de Filipe Nyusi e do partido Frelimo, não deveria deixar rasura de dúvida, a qualquer quadrante político,e não deixou.Dlhakama em vez de reconhecer a derrota, preferiu a farsa,fazendo rufar o tambor étnico tribal.Como sempre pretente condicionar o novo executivo, e desta a fazer cedências político e económicas.Filipe Nyusi tem um desafio em frente, e nós o povo, estaremos ao seu lado para ajudá-lo a enfrentá-lo.
Se não atingirmos o estado de total emancipação económica e financeira, teremos sempre uma democracia condicionada, ou melhor monitorizada pelo estrangeiro.Para tal temos de aumentar os índices de produção e produtividade, e diversificar a economia para além do gaz natural, carvão e pedras preciosas.A agenda de alguns parceiros não é a mesma que a nossa, e nesta tentativa de desestabilização socio politica e economica à cargo da Renamo, o factor externo é mais do que evidente.É a soberania do país que está em causa.Confiamos em absoluto na capacidade das FDS, na sua missão de defesa da soberania e integridade territorial, e no comando militar unificado da Sadac.Governo autónomo regional ou lá o que seja, só por cima dos nossos cadáveres.Dlhakama ao ambicionar o alheio pode acabar por perder aquilo que por direito amealhou.O estado moçambicano e a Sadac devem agir com a devida cautela, e reagir em função do desafio neocolonista na região,e de seguida empregar a força necessária, em defesa da constituição, pondo cobro a este manifesto atentado contra a soberania nacional.A farsa de Dlhakama em regeitar os resultados eleitorais, era um prenúncio do que estava para vir,.... O tudo ou nada de estrangeiros aliados aos ultracolonialistas.Este esforço de Afonso Dlhakama em desacreditar o estado de direito, coloca-o numa posição vulnerável à critica de quadrantes políticos, e da classe intelectual, e com esta aberração torna-se um alvo legítimo da justiça ou das FDS.
Bem haja senhor presidente Filipe Nyusi. A luta continua!
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Inácio Natividade
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