terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FIDEL CASTRO REAPARECE: 'NÃO CONFIO NOS ESTADOS UNIDOS'

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    Fidel Castro reaparece: 'Não confio nos Estados Unidos'
    Fidel Castro pronunciou-se pela primeira vez sobre o acordo de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, anunciado a 17 de dezembro. O ex-líder cubano, que se afastou do poder por problemas de saúde em 2006, disse que não confia nos Estados Unidos e que não participou nas negociações.
    "Não confio na política dos Estados Unidos nem troquei uma palavra com eles. Isso não significa – longe disso – uma rejeição a uma solução pacífica dos conflitos", escreveu Fidel numa carta à Federação Estudantil Universitária. A mensagem foi lida na noite desta segunda-feira na televisão cubana.
    A carta rompe um longo silêncio de Fidel Castro, que demorou mais de um mês para se manifestar sobre a histórica reaproximação diplomática anunciada pelo actual líder cubano Raúl Castro, seu irmão mais novo, e pelo presidente americano Barack Obama. A ausência de Fidel durante o processo voltou a alimentar rumores sobre o seu estado de saúde, hoje com 88 anos. O comandante da revolução cubana não aparece em público desde janeiro de 2014.
    Apesar de 'não confiar' nos americanos, Fidel evitou criticar directamente o acordo assinado entre Havana e Washington e defendeu na sua carta a cooperação com 'adversários políticos'. "Defenderemos sempre a cooperação e a amizade com todos os povos do mundo e, entre eles, os nossos adversários políticos. É o que estamos a reivindicar para todos", completou o ex-presidente de Cuba.
    Reaproximação – Num acordo costurado durante 18 meses de negociações secretas no Canadá e no Vaticano, Obama e Raúl Castro concordaram em dezembro em deixar para trás décadas de hostilidades. As medidas do acordo afrouxam restrições comerciais e financeiras sobre Cuba, abrindo o país para as telecomunicações, construção e serviços financeiros dos EUA. Outros decretos também permitirão viagens de americanos à ilha sem terem de pedir permissão antes, desde que viajem por motivos de educação, religião ou outras razões aprovadas. O fim de todas as sanções, porém, ainda depende da aprovação do Congresso.
    (France-Presse)
    Modificado em 

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