O Presidente da República, Filipe Nyusi, advertiu aos ministros hoje (19/1) empossados que a equipa governativa foi formada para servir o povo moçambicano e não o contrário. O Chefe de Estado disse, ainda, que o facto de fazerem parte da máquina não significa que são os únicos para tal.
“Estamos aqui para servir o povo e não o contrário. Não basta termos um governo de cidadãos somente porque somos resultado de uma eleição democrática, ou porque queremos ser ou falar o que o povo quer ouvir. Temos sim de agir cada ser melhor de forma a inspirar a confiança do nosso povo. Nosso papel como governo é muito claro. Devemos promover o desenvolvimento social, económico e cultural de Moçambique”, alertou Nyusi.
“A vossa indicação para ocupação das pastas ministeriais não significa que são os únicos ou melhores. Ela traduz a nossa confiança na capacidade e competência de cada um de vós que têm vindo a demostrar nas áreas específicas”, subsidiou o PR, falando para os 22 ministros (as) e 18 vice-ministros (as) que acabavam de prestar o juramento de desempenhar com todas energias e dedicação às funções que lhes foram incumbidas.
Nyusi afirmou que o legado deixado pela anterior administração é positivo, porém assegurou que ainda há muitos problemas por se resolver. O novo Mais Alto Magistrado da Nação disse ao ministros que quer ver solucionado os problemas de transportes públicos, carência de alimentos e subnutrição, emprego, habitação, saúde pública, educação, energia e qualidade de energia, água potável, vias de acesso, e a criminalidade.
“Este governo deve saber hierarquizar estas expectativas de maneira objectiva e clara. Tem de responder os anseios dos cidadãos de forma realista. Senhores ministros! Não podemos prometer o que não temos, mas também não devemos gastar de qualquer maneira o pouco que conseguimos”, avisou.
“Num país que conta com tantas terras férteis com disponibilidade de recursos hídricos, e com tantas pessoas que querem trabalhar não há razão alguma para se falar de fome e sofrimento. Apliquemos políticas claras que dinamizam mais investimentos na agricultura, pescas, indústria e em outros sectores de economia”, exortou.
O timoneiro dos destinos do país apelou aos novos membros do governo para privilegiarem a interacção com o povo.
“Todas nossas missões exigem a capacidade de interacção com gente de todos estatutos sociais para não planificar e nem agir no escuro, apenas com base na necessidade teórica e técnica dos dirigentes. As tarefas exigem de cada um de nós uma postura de total integridade. Ser honestos é mais do que apenas não usar mal o bem comum, não desvia-lo e não deixa desviar. É também pregar com eficiência e transparência sem esbanjamento de recursos.”
“Assim, o combate a corrupção e a defesa da ética é a forma como vão lidar com a coisa pública. Esses devem ser métodos permanentes na maneira de ser e de estar neste governo”, recomendou.
(Dalton Sitoe)
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