Violência na Ucrânia volta a crescer e pelo menos 200 morreram nas últimas 24 horas/Foto: Gleb Garanich / Reuters
Mais de 200 soldados ucranianos morreram nas últimas 24 horas em combates com forças insurgentes pelo controle do estratégico aeroporto de Donetsk, informou nesta segunda-feira o comandante adjunto do Estado-Maior das milícias separatistas da cidade, Eduard Basurin, à imprensa russa.
"As baixas entre os soldados ucranianos chegam a mais de 200 e também há quase 300 feridos", afirmou Basurin.
O comandante acrescentou que, entre os insurgentes, 16 guerrilheiros morreram e 62 ficaram feridos, segundo a agência russa Interfax. "Durante os combates defensivos, os rebeldes destruíram 27 tanques e 20 blindados", acrescentou.
Em contradição com as afirmações do governo de Kiev, Basurin ressaltou que os rebeldes assumiram o controle das instalações aeroportuárias e lançaram uma operação de limpeza dos arredores.
"Todas as tentativas das tropas ucranianas de achatar a resistência dos nossos combatentes no aeroporto não tiveram nenhum resultado", disse.
Basurin denunciou o uso, pela primera vez em vários meses, por parte das forças governamentais, de armamento pesado como artilharia de grande calibre, plataformas delançamento de mísseis e bombardeamentos aéreos.
Além disso, ele responsabilizou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pela morte de muitos soldados ucranianos sem experiência em combate. "Conhecendo a situação real no aeroporto, ele lançou os seus recrutas ao ataque, condenando-os todos à morte", disse.
Antes, Poroshenko justificou a ofensiva lançada contra as milícias rebeldes no aeroporto deDonetsk como uma resposta às contínuas violações da trégua em vigor por parte dos separatistas.
"Anteontem ordenei responder uma só vez, já que nos impediam de evacuar os nossos feridos e mortos do aeroporto de Donetsk", disse Poroshenko ao se reunir em Kiev com a primeira-ministra polaca, Ewa Kopacz.
O presidente reconheceu que, desde 7 de janeiro, nas regiões de Donetsk e Lugansk, não é respeitada a trégua declarada pelos dois lados do conflito em 9 de dezembro, segundo a imprensa local.
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