sábado, 3 de janeiro de 2015

Chefe do Estado Islâmico é agente da CIA?

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Foto de arquivo. Abu Bakr al-Baghdadi, líder do EI


Apesar dos ataques aéreos que a coalizão liderada pelos Estados Unidos realiza contra as posições do Estado Islâmico, destacamentos deste grupo continuam a avançar na Síria e no Iraque. Surge mesmo a impressão de que, após o início desses ataques, o EI até reforçou sua ofensiva.


A imprensa árabe nos últimos dias está ativamente discutindo o fenômeno do EI. Este grupo foi criado ainda em 2006, mas até recentemente, praticamente não se tem manifestado. Agora ele, de fato, ofuscou a Al-Qaeda. Como isso pôde ter acontecido? A este respeito há muitos rumores e suposições, incluindo as mais inesperadas. Há mesmo quem acuse Bashar Assad ou o Irã de apoiarem o EI.

Mas há também explicações menos paradoxais. Eis o que diz a esse respeito o diretor do Centro Árabe de Estudos Políticos e Sociais Riadh Sidaoui:

“Quem está apoiando este grupo? São, obviamente, o Qatar e a Arábia Saudita. E isso não é apenas uma suposição minha, nem apenas a opinião de todo o tipo de jornais e cientistas políticos. Anteriormente, o vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden disse com toda a franqueza que os terroristas na Síria eram financiados por Riad e Doha. Da minha parte, só posso acrescentar que as monarquias não poderiam agir sem a aprovação dos Estados Unidos, ou até mesmo fizeram-no sob ordens diretas de Washington. Tudo isso esta sendo feito a fim de destruir a Síria e derrubar o regime de Bashar Assad”.

Quanto aos objetivos dos extremistas, podemos contrariar o perito. É muito provável que os objetivos sempre são mais abrangentes. O que não contradiz a ideia de que o EI tem patrocinadores secretos. Mas quais?

Alguns estão convencidos de que o líder dos militantes Abu Bakr al-Baghdadi é um agente da CIA. A esse respeito tem sido publicadas referências a certos vazamentos, mas ainda nunca foram apresentados dados ou documentos confiáveis.

No entanto, a versão do possível envolvimento dos serviços de inteligência norte-americanos é indiretamente confirmada pelo fato de que al-Baghdadi estava na prisão de Camp Bucca, mas depois foi liberado. Segundo dados oficiais do Pentágono, ele esteve preso de fevereiro a dezembro de 2004. Embora tivesse havido relatos de que o ex-chefe da prisão, o coronel Kenneth King, tinha mencionado um prazo diferente. Ostensivamente Baghdadi teria permanecido lá até 2009, e depois foi transferido às autoridades iraquianas. E essas últimas libertaram-no.

Estes dados, por si só, fazem pensar, acredita o orientalista russo Viacheslav Matuzov:

“A história de al-Baghdadi coincide em muito com a vida de um dos terroristas líbios, Abdel Hakim Belhadj. Como se sabe, ele liderou a ofensiva contra as tropas de Muammar Kadhafi, depois tornou-se governador militar de Trípoli, e depois foi através da Turquia lutar contra as forças do governo sírio. Ele também esteve preso numa prisão norte-americana, e mais tarde foi libertado. Aparentemente, ambos foram recrutados de uma forma ou outra, justamente enquanto estavam presos. Um depois disso tornou-se líder dos terroristas na Líbia, e o outro, no Iraque e na Síria.

Quanto aos objetivos da coalizão norte-americana, eu verifico nisso a vontade dos Estados Unidos de envolver os países árabes, assim como a Turquia e o Irã, no conflito sírio, o que servirá de início de uma guerra civil sangrenta e levará a um caos ainda maior no Oriente Médio. Entretanto, eu não acho que os norte-americanos pretendem se apoiar eternamente no terrorismo islâmico internacional.

Em algum momento, tendo cumprido a sua missão, os militantes serão atacados pelos mesmos Estados Unidos. Vimos algo muito semelhante no Afeganistão durante a presença soviética no país. Os norte-americanos armaram e financiaram os Mujahideen. Depois começou a luta contra o Talibã – e vieram os norte-americanos. Dentro em breve os Estados Unidos pretendem retirar as suas tropas do Afeganistão, onde nesse tempo todo foram criadas cerca de dez bases militares que certamente permanecerão. Com a Síria e o Iraque, a história está se repetindo em detalhes”.

Os estados da região certamente entendem que alguém quer envolvê-los já agora numa grande guerra, e por isso reduzem a sua participação nas atividades da coalizão a um mínimo. E enquanto isso, os militantes estão avançando lenta mas determinadamente, forçando os árabes, os turcos e os iranianos para um canto. Podemos nos perguntar eternamente sobre o grau de independência dos extremistas. Mas não há dúvida de que esses extremistas são figuras num jogo muito grande.




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Comentários

#Antonio Aparecido 16 Outubro 2014, 06:57
esse estado islamico ja ta fazendo hora extra na terra !nao tem chanche contra usa ! vao servir p/ teste de novas armas da industria belica ! suicidas !


#Fernando Vasconcelos 16 Outubro 2014, 13:25
Surreal essa história de guerra. Parecem crianças brincando de jogos de estratégia. E são de fato crianças espirituais irresponsáveis. A tal teoria anunaki só pode estar correta. Idiotice completa.


#Manoel 17 Outubro 2014, 01:13
Então podemos ter certeza que os bombardeios não estão sendo executados para deter o EI, mas sim, para apoiá-lo. As posições bombardeadas devem ser posições alvos para o enfraquecimento dos países onde esses bombardeios acontecem. Estão guarnecendo a retaguarda da OTAN, sem dizer que estão.


#carl edfl cam 18 Outubro 2014, 23:10
Esta mesma técnica de armar dois adversários para que lutem entre si enfraquecendo-se e logo após destruir o mais sábio e humanista e logo colocar, o mais violento e fanático, por isso inconsequente e manipulável, no poder, onde poderá ser dirigido pelos verdadeiros governantes que mandarão de fora do pais sem aparecer como ditadores.Isto aconteceu com os nazistas que dividiram e arrasaram a Europa durante a segunda guerra, jogando-a nas mãos dos seus concorrentes industriais e banqueiros agora que estão se levantando em progresso e ciência querem que ela entre em guerra com a Russia e China, para atrasá-la junto com a Russia e China, querem que não haja a diluição do poder econômico-militar por diversos países. Os árabes não devem cair nesta manobra, uma coisa é preconização a outra e o que está acontecendo nos últimos sessenta anos, o fato real é que o resultado efetivo é a queda como dominó das reservas de petróleo nas mãos de manipuláveis ditadores em democracias falsas, a serviço de estrangeiros. Não é esta ordem que MAOMÉ, quis para o mundo árabe quando uniu as trezentas tribos em torno do monoteísmo, os povos árabes estão sendo enganados por falsos profetas, que na verdade são vendilhões da riqueza daquele povo. União Paz e Progresso,é este o triângulo que deve ser seguido, muçulmanos, acordem, vocês estão sendo aniquilados, de dentro para fora!!!!


#Carlos Alberto Bueno 19 Outubro 2014, 06:55
É pura manobra,dos,yankessionistas agora eles yankes estão falando que os terroristas tem 3 caças migue sirios ,para que os yankes ataquem as tropas sirias alegando que foram os terroristas do EI .... Russia e Irã de olho nesse terroristas da CIA YANKESCIONISTAS.........


#litlebit 26 Outubro 2014, 21:22
Este assunto é estúpido demais, espero que a Rússia e China não alinhem neste filme cómico e trágico. A solução está em uma ditadura global (já em implementação) ou em uma guerra global, por isso a inteligência está em conseguir pôr em prática a melhor opção com o mínimo de consequências. Na certeza porém de que tudo o que tem o rótulo "global" é por norma desastroso.

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