Renamo prepara vandalização de Moçambique
A Renamo tem e teve sempre uma agenda mista e difusa. Presentemente, está na forja um movimento de incitação à juventude para esta desencadear manifestações ao estilo das "revoluções" ocorridas recentemente nos países árabes, liderado pela Renamo. A nossa juventude revela um grande défice de educação cívica e patriótica, porque o nosso sistema de educação falhou neste domínio. Fracassada a tentativa de chegar ao poder por via das armas e de eleições democráticas, a Renamo agora pretende aproveitar-se da ignorância ou inocência patriótica, cívica e política da nossa juventude para criar caos social no país. O périplo do líder da Renamo pelo Centro e Norte do País visa avaliar o potencial de sucesso na vandalização do país, com recurso ao aproveitamento da ingenuidade política da juventude. Está mais do que claro que o Afonso Dhlakama está a ser usado pela classe pensante—politicamente e materialmente ambiciosa—no seio da Renamo para forçar a sua integração no Governo de Nyusi. Eles (esses renamistas falsos) querem o poder político a todo custo, mesmo que isso implique paralisar o País. E até chegam a dizer publicamente que vão paralisar o país. Ora, isto chama-se chantagem política!
Duas perguntas podem colocar-se:
1) Dá para confiar em chantagistas?
A resposta à esta pergunta é óbvia—NÃO!
Mas, então, fica a seguna pergunta:
2) Como resolver este problema?
Neste texto tento propor uma resposta para esta última pergunta.
Recentemente, assinamos o acordo de cessação de hostilidades militares, durante as quais o teatro de operações eram as estradas rurais no Centro do País. Agora a Renamo prepara o início de uma nova onda de hostilidades: o vandalismo. O teatro de operações destas hostilidades serão as cidades e vilas. Antevê-se que estas hostilidades se vão saldar em mortes e destruição de propriedade, com as culpas atiradas à Frelimo e ao seu Governo. É isto que Renamo quer ver acontecer, para poder aparecer como força política alternativa para governar o este país.
Nas suas incursões para o acesso ao poder, a Renamo vem contando sempre com o apoio de alguns dos nossos "parceiros de cooperação". Há, entre os nossos parceiros de cooperação, aqueles com pretensões neocolonialistas, incluindo Portugal, Itália, Estados Unidos e Reino Unido da Grã Bretanha, entre outros. Estes nossos "parceiros de cooperação" têm muito apetite pelos nossos recursos energéticos [carvão, gás, petróleo e urânio (sim, Moçambique tem reservas de urânio!)] para alimentar as suas economias. Porém, não querem pagar o preço justo pela exploração destes recursos.
A solução que as economias fortes ocidentais encontram para não pagar preços justos pelos recursos que exploram noutros países é forçar a mudança de regimes políticos nesses países, de modo a causar uma instabilidade política aparente. Fazem isso via formação e financiamento de pseudo-partidos políticos. A Renamo e o MDM são dois exemplos de tais pseudo-partidos em Moçambique. Não há nem haja engano aqui. A ascensão ao poder de qualquer destes dois partidos só vai fazer recuar o desenvolvimento de Moçambique, porque os seus mentores vão exigir recompensas exageradas e chantagistas, estrategicamente destinadas a colocar a nossa economia sempre dependente das suas próprias economias. Nós sabemos disto, porque ainda está presente na nossa memória o elevado preço que ainda estamos pagar pelo apoio que recebemos no passado, vindo da antiga União Soviética e dos seus aliados. No cômputo bem específico, o que alguns dos nossos "parceiros de cooperação" pretendem é que os países africanos sejam apenas mercados para a venda dos produtos produzidos pelas suas empresas. É esta a nova manifestação do colonialismo—o colonialismo económico.
As democracias emergentes nos países africanos—forçadas a seguirem o modelo de democracias ocidentais—não passam de um mecanismo engendrado pelas economias fortes ocidentais usam para subjugar de todas as formas os países com economias fracas. A solução dos nossos problemas em Moçambique passa por compreendermos bem esta estratégia neocolonialista. O diálogo que eu advogo entre nós (Frelimo, Renamo, MDM,…, sociedade civil) é aquele que nos permita compreender que o nosso desenvolvimento não interessa às economias fortes—não interessa aos "donos do dinheiro"—porque isso significaria que nós iriamos disputar com eles o mercado global. Eles querem ser os únicos a vender e que nós sejamos apenas comparadores dos seus produtos. É por isso que a África negra não tem indústria. As nossas lideranças políticas ficam entretidas a disputar o poder político—literalmente emprestado pelas economias fortes para o bem dos seus interesses—sem investir no pensamento e na promoção de debates sobre estratégias de desenvolvimento. Confesso que esta visão míope das lideranças políticas africanas me repugna bastante.
O resultado de tudo isto é que o padrão típico do comportamento africano é o consumismo. Somos mais consumidores da tecnologia para coisas fúteis do que para produzir soluções para os nossos problemas de desenvolvimento. Nunca encontrei uma explicação racional para, por exemplo, as pessoas usarem dois aparelhos de telefone celular, senão o consumismo excesso dos africanos, em geral, e dos moçambicanos, em particular. E, ridiculamente, medimos o nosso ‘status’ social exibindo uma pilha de celulares em todos os lugares por onde passamos. Isto acontece assim enquanto os donos da Nokia, da Apple, da Samusung, da Motoroal, da Alcatel, da BlackBerry, etc. só usam um único aparelho de telefone celular de cada vez, e só quando estão na rua ou em movimento. Então, quem pensamos que somos nós…? Esta é uma pergunta que me faço sempre quando paro para apreciar as nossas exibições de ‘gadgeteria’.
A Renamo está ai a exibir a sua musculatura bélica. Os fabricantes das armas que se usam na exibição de tal força olham para nós e se riem triunfalmente. É para isso que Renamo e MDM foram criados: para funcionarem como obstáculos ao desenvolvimento de Moçambique. Vai daí que nunca reconheceram nenhuma derrota eleitoral. Os seus mentores é que lhes ditam como se devem comportar em cada pleito eleitoral. O objectivo último é pôr o povo moçambicano a viver perpetuamente na insegurança, que é para não haver tempo para pensarmos na solução dos nossos problemas. E, curiosamente, aceitamos isto.
Já é tempo de Renamo compreender que está a funcionar como um instrumento do imperialismo moderno para neocolonização de Moçambique. O MDM idem. Compatriotas, saíam dessa escuridão e se integrem no convívio político saudável neste país de todos nós. Digam ao l Afonso Dhlakama para acordar. O mercenarismo político não serve nem a ele próprio, mas aos seus mentores. Digam ao Afonso Dhlakama para parar com discurso irresponsável que ele vai pronunciando por onde passa, porque dessa forma ele só está a instigar uma convulsão social que não vai trazer benefícios para ninguém. Digam para ele parar com a política de "terra queimada" que é a via pela qual quando perde as eleições, para poder sobreviver. Vamos dialogar proficuamente, de modo a aprendermos uns com outros como fazer política que permita edificar um Estado civilizado, de direito democrático.
E que a Frelimo continue sempre aberta ao diálogo. Deixemos de olhar para as outras forças políticas com desconfiança. A propósito, por intransigência da nossa bancada parlamentar na Assembleia (refiro à banca da Frelimo da AR), o país perdeu uma soberba oportunidade de discutir o conceito do "governo de gestão"—que a Renamo advoga—e a viabilidade de sua aplicação no nosso contexto. Apuremos o grau de envolvimento de "mão externa" nos nossos assuntos, antes de falarmos dela. Falemos com os nossos compatriotas para que eles percebam que estão a ser usados contra eles próprios e contra todos nós, povo moçambicano. Falemos com os nossos "parceiros de cooperação" para que pautem pela honestidade no relacionamento connosco. Mostremos a eles os perigos associados tentativa de instigarem lutas entre nós, para nos subjugarem economicamente.
Vamos parar com "querelas de quintal" e nos concentrarmos no desenvolvimento sustentável do nosso país. Doutro modo, continuaremos eternamente colonizados, a fingir que somos independentes.
O pais precisa de mudancas radicais! Mesmo a frelimo junta-se a estrangeiros e faz vida negra ao povo; praticamente ha neocolonialismo; para um mocambicano comum, tratar uma licenca leva no minimo 1 ano para ter a primeira resposta(nao a licenca) mas o extranjeiro e' facilitado pelos governantes a tratar tdo em tempo recorde; isso tudo ja nos cansou, queremos mudancas, queremos outras praticas modernas que respeitem o ser humano; queremos tratamento condigno e digno; basta tdo ser so para um punhado de pessoas; ja basta o estilo " ser conhecido" . Sr Juliao J Cumbane, conheca um pouco mais o pais antes de defender besteiras; nos estamos cansados de viver humilhados; se queres materia me procure vou te fazer denuncias que vao lhe fazer sentir frio; se o senhor esta a viver bem tenho certeza que e' frelimo ou tem familia que e' frelimo e isso nao pode ser assim; mocambique e' de todos mocambicanos e todos temos direito de viver bem e dar ideias que contribuam para boa vida de todos; ninguem deve achar que e' mais que outros; oposicao Sr Juliao j cumbane existe para corrigir o que estak' errado e existe em todo o mundo por isso nao se masse em tentar pensar que Renamo e MDM devem deixar de existir; ta errado Sr Juliao
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