Quando Moçambique se tornou independente em 1975, o governo de Samora era composto por 15 ministérios e três vice-ministros.
Em 2004, passou-se para 22 ministérios e 15 vice-ministros, 113 direcções nacionais, 107 instituições subordinadas e organismos vinculados, 28 comissões nacionais e comissões interministeriais.
João Mosca e Gilles Cistac analisaram os 22 ministérios e notaram que havia 31 áreas de sobreposição. Hoje, há escassos dias do fim do mandato, o governo de Moçambique é composto por:
• 28 ministérios
• 31 ministros
• 23 vice-ministros
Só para comparar
• A França, 14 ministérios
• Portugal tem 15 ministérios
• Espanha tem 16 ministérios
• Suécia tem 11 ministérios
Todos stes são mais ricos que nós; a França tem o triplo da população moçambicana; a Espanha 47 milhões; Suecia, aproximadamente 10 milhões de Habitantes, etc.
Algumas perguntas
1-Em 40 anos de indepdência e três tipos de presidentes da República, a tendência dos dirigentes foi ter “governos populosos”, muitos ministérios e diversas direcções nacionais, para além de comissões de especialidade. Porquê isso foi assim?
O que é que a tendência dos governos grandes nos sugere? Sofisticação? O que mais pode se falar sobre esta tendência?
Quais são os determinantes para um estado eficiente? Muitos ministérios? Poucos ministérios? Competência dos titulares de cargos? A combinação de uma das três?
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