Iraque não precisa de operação terrestre das tropas estrangeiras contra EI

McCain: 

Foto: AP/Gerald Herbert

Foto de arquivo. Senador John McCain

O Iraque não necessita do apoio externo na forma de uma operação terrestre para combater os militantes da organização extremista Estado Islâmico, declarou este sábado, em Bagdá, o senador norte-americano John McCain.

McCain chegou a Bagdá na sexta-feira passada com uma visita não anunciada. A duração da sua estada no Iraque não foi divulgada.

"O Iraque não precisa da introdução de tropas estrangeiras para combater terroristas. O governo iraquiano, liderado pelo primeiro-ministro Haider al-Abadi, fez progressos consideráveis na esfera política e no campo de segurança", cita a agência iraquiana AIN a declaração de McCain.

Após sua chegada à capital iraquiana, na sexta-feira passada, McCain manteve uma reunião com o político sunita iraquiano, presidente do parlamento Salim al-Jabouri, durante a qual discutiu o armamento por parte dos norte-americanos das tribos sunitas das regiões do norte do país, a maioria das quais foi invadida por militantes do EI.

O presidente do Parlamento do Iraque pediu às autoridades norte-americanas para fornecer uma garantia internacional de que as armas que serão entregues às tribos sunitas para combater o EI não saiam do controle do governo central iraquiano.

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Há alguns meses, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.
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