domingo, 14 de dezembro de 2014

EUA: “SOU UM HOMEM NEGRO; NÃO TENHO OS MESMOS DIREITOS”

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    EUA: “Sou um homem negro; não tenho os mesmos direitos”Manifestantes fecham os olhos e com as mãos fazem uma corrente humana/ JIM BOURG (REUTERS)
    Cinquenta anos depois do Congresso dos Estados Unidos aprovar as suas grandes e admiráveis leis contra a segregação racial, uma nova onda de indignação teve lugar junto ao Capitólio, em Washington. O motivo foi a violência policial, que nos últimos meses resultou na morte de cinco afro-americanos, e contra um sistema judicial que castiga a minoria negra.
    Milhares de pessoas provenientes de todo o país marcharam pelas avenidas da capital até ao Congreso, de onde reclamaram aos legisladores, ali reunidos, para aprovar reformas efectivas para que “a Constituição seja igual para todos”, como proclamou o reverendo afro-americano Al Sharpton, líder da National Action Network, uma das organizadoras do protesto.
    A manifestação de Washington congregou os familiares das vítimas como Eric Garner, Michael Brown, Tamir Rice, Akai Gurley e Trayvon Martin. Desde um estrado abarrotado, no meio de uma intensa emoção e raiva contida, não lenge da Casa Branca, todos eles reclamaram justiça.
    “Esta não é uma marcha de gente negra contra gente branca. Esta é uma marcha dos americanos, pelos direitos dos americanos. Não pedimos nada extravagante: apenas que se aplique a lei, a Constituição, de igual maneira para todos”, proclamou Sharpton, acompanhado pela velha guarda de organizações de direitos cívicos (Black Women’s Round TableNational Association for Advancement of Colored People ou la National Urban League, entre outras).
    “Pode ser que os nossos filhos não estejam aqui de corpo presente, mas estão todos vocês”, afirmou Gwen Carr, mãe de Eric Garner, ante uma audiência empolgada pese o frio reinante.
    O protesto de Washington, que congregou milhares de pessoas chegadas de autocarro desde Nova Iorque, Nova Jersey, Delaware, Maryland, Carolina do Norte, Flórida e outros Estados, não foi a única. Em cidades como a própria Nova Iorque, Boston, San Francisco e outras, também houve concentrações a culminar a denominada Semana da Indignação. A celebração em Manhattan foi uma das mais concorridas.
    Abaixo, algumas imagens dos protestos
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    Os manifestantes protestam de punho no alto na avenida Pensilvania, frente ao Capitólio/CHIP SOMODEVILLA (AFP)
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    Milhares de pessoas se concentram frente ao Capitólio/JONATHAN ERNST (REUTERS)
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    O motivo da manifestação foi repudiar a violência policial, que nos últimos meses cobrou a vida de cinco afro-americanos/Edu Bayer
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    Em outras cidades como Nova Iorque também houveram protestos contra a violência policial/EDUARDO MUNOZ (REUTERS)
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    O reverendo Al Sharpton, líder pelos direitos civis, encabeçando a manifestação. No centro da foto, Lesley McSpadden, a mãe de Michael Brown/Edu Bayer
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    Os participantes na marcha protestam alçando as mãos/BRENDAN SMIALOWSKI (AFP)
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    Um manifestante exibe um cartaz contra a violência policial/BRENDAN SMIALOWSKI (AFP)
    Modificado em 

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