sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O GOVERNO DE GESTÃO E MINHAS INQUETAÇÔES



Caros amigos/amigos 
Moçambicanos/Moçambicanas.
Todos nós temos acompanhado de certeza tudo o que tem aconteceido em Moçambique. Temos acompanhado o desenrolar da história do povo moçambicano principalmente sobre a FRELIMO, RENAMO e como o nosso sistema politico e de governação em Moçambique tem sido implementado pelo governo no poder (FRELIMO) e também temos acompanhado de como a RENAMO, o maior partido da oposição tem procurando solucionar junto com governo as questões que de verdade tem afetado a vida da maioria do povo moçambicano. Mesmo assim a FRELIMO tem ignorado tudo em busca de se manter no poder a todo custo, num dito popular " Doe a que Doer". Nestas eleições de 2014 houve fraudes. Fraudes essas que não são primeiras, digamos que em todas eleições a FRELIMO se proclamou vencedor através de fraudes com apoio dos seus aliados nacionais e internacionais, mas mesmo assim a RENAMO soube manter a calma mesmo sendo ignorado pela FRELIMO por muito tempo. O que me inquieta tanto é que durante todo este processo desconcertante que tem perturbado os nossos avanços democráticos, o tal dito Sr. Presidente Armando Emilio Guebuza esteve sempre na linha da frente representando a FRELIMO nas negociações com a Renamo assim como Presidente da Republica. O Guebuza sabe muito bem os problemas que Moçambique enfrenta e em nenhum dia ele quis solucionar para que todos sejamos moçambicanos dignos na nossa pátria, ao em vez disso Guebuza mais uma vez meditou, organizou, planejou e executou uma fraude que jamais vista em Moçambique simplesmente para se manter no poder e defender seus interesses econômicos. Todos nós sabemos que a escolha do Filipe Nyusi foi uma obra do Guebuza. Ele escolheu Nyusi porque conhe-o muito bem e sabe muito bem que com Nyusi na frente do país, ele Guebuza poderia muito bem continuar no comando. Assim, Fraudes era único caminho, pois o Quebuza sabia que o povo está realmente apto para mudar o sistema em Moçambique nas eleições de 2014. Então, fico indignado e confuso quando o nosso irmão Antônio Muchanga diz que após a recusa da proposta do governo de gestão pela FRELIMO na Assembleia da Republica, então a Renamo pretende levar o caso para outras instâncias nesse caso refere-se que a Renamo irá apresentar a proposta ao tal dito PR. da Republica Armando Guebuza. Eu na qualidade de um simples moçambicano, pergunto:
Para qual Guebuza que a Renamo pretende apresentar a proposta de governo de gestão? O mesmo Guebuza que preparou toda confusão de fraudes ou o outro? Porque é que a Renamo ignora o fato de que a FRELIMO não quer colaborar com a Renamo para o bem estar do povo moçambicano? Eu aconselho a Renamo e em particular ao Sr. Antônio Muchanga para pensar mais uma vez a quem apresentar essa proposta.
O Sr. Antônio Muchanga e Presidente da Renamo Afonso Dhlakama devem conhecer muito bem, o Sr. Guebuza, do que nós outros; pois estiveram juntos desde acordo de Roma até hoje. Não acredito que o Guebuza possa aceitar a tal proposta, uma vez que foi ele quem nomeou o Nyusi e quem organizou tudo para o Nyusi se declarar vencedor por meio de fraudes, e ele Guebuza sentado calado e escondido atrás de tudo se fazendo de quem não sabe de nada.. Essas são minhas inquietação na qualidade de moçambicano.

comments

1
Leitor said in reply to ekile...
Caro Ekile
Ate que nem seria má ideia governar juntos mas quando ha mistura de democratas e ditadores tudo torna dificil. Desde que morreu Matsangaissa quantas eleicoes internas a Renamo ja realizou? e nao acha que no tal governo-juntos a Renamo poderá contaminar aos outros partidos a nao realizar eleicoes e ficarmos sem mais eleicoes em Mocambique? O Maior problema é que a renamo só quer governar e nao quer a democracia de que tanto fala.
2
ekile said...
Já que está tão mal assim:
"Nem a RENAMO tem capacidade para governar Moçambique, nem a FRELIMO como já sabe todo o mundo"...nem que o raio o parta podem governar Moçambique...
QUAL é A IDEIA ENTÃO?
"Afonso Dhlakama deixou se enganar pela esperteza do Joaquim Chissano e pela tal comunidade internacional..."
não houve, troca de urnas, nem sumiço de editais, nem mesmo a CNE nao escondeu editais, nem lideres comunitários foram encontrados com boletins de votos, nem o puto do MDM que denunciou foi baleado mortalmente, tudo o que aconteceu em Tsangano e outras partes de Moçambique com relação aos ilícitos eleitorais não aconteceram...mas sim Afonso Dhlakama deixou-se enganar...
A olhos vistos que aconteceu...não aconteceu, mas sim Afonso Dhlakama dexou-se enganar...
Ok, bla bla bla... QUAL é A SAÍDA MESMO
Eu voto a favor para um governo inclusivo (Freli, MDM e Rena) p governarem em conjunto
3
Francisco Moises said in reply to Jose Carlos Cruz...
Caro senhor Jose Carlos Cruz,
Penso que o senhor lanca aqui uma pergunta que na melhor das hipoteses tera respostas teoricas. O certo e que a derrocada da Frelimo teria posto fim a ditadura, a tirania e o totalitarismo da Frelimo e as pessoas teriam respirado um novo ar -- um ar de mudanca, talvez nao exactamente de grande liberdade e democracia. Talvez nao isto.
A grande noite do obscurantismo e barbaridades da Frelimo teriam tido o seu fim. Para isto bastaria a Renamo declarar o fim da guerra e proclamar que a paz e para todos incluindo os que lutaram para a Frelimo e para a Renamo e que nao haveria represalias contra os membros da Frelimo e sem banir a Frelimo e admitindo que outros formem tambem outros partidos. Esta era a politica da Renamo e nao a da freimo do Samora Machel
Dependedo de como a Renamo teria agido, o governo da Renamo teria tido a paz e nao uma guerra. Penso que Dhlakama, que conheco pessoalmente, nao imporia uma ditadura dura. E se seria uma democracia como tenho na mente, tenho as minhas duvidas visto que para haver uma democracia e preciso que as pessoas estejam educadas sobre os seus direitos e os governantes estejam preparadas para implantar uma nova cultura de liberdade democratica. O pior para a Renamo seria a falta de exemplo de paises livres na regiao austral e em toda a Africa.
Depois da revolucao de 25 de Abril de 1974, Portugal transformou-se rapidamente em democracia visto que tinha que satisfazer o que dissera aos paises europeus que queria fazer parte da tradicao democratica europea. Portugal nao tinha opcoes visto que a sua admissao na Uniao europea dependia da introducao da democracia naquele pais. Nada mais nem menos.
Ninguem me engana que a democracia pode se implantar pelo melo dizer de que se e democatico. As democracias europeas nao eram democracias no nosso sentido presente. Se na verdade houve paises que foram mais liberais do que muitos outros tais paises eram o Reino Unido e a Holanda onde a democracia completa veio aos bocados por evolucao do que por revolucao como quase sempre foi o caso da Franca e outros paises que eram influenciados pelos acontecimentos na Franca.
Conhecendo o Dhlakama como tive a ocasiao e a oportunidade de conhece-lo de perto, ele teria instituido um governo que seria inclusivo, nao um de exclusao, embora nao exactamente equitativo.
Dhlakama teria evitado o favoritismo que fazia aos ndaus durante a guerra visto que estaria aberto aos olhos dos mocambicanos que nao era muito claro durante a guerra.
No tempo de grande desespero antes da Tanzania enviar as suas tropas para socorrer os zimbabweanos visto que a tropa da Frelimo estava praticamente derrotada (BBC, 1983), ela tinha prometido a Frelimo que re-abriria o campo de Nachingwea para treinos da guerrilha contra o governo da Renamo mal que a Frelimo caisse e a Renamo tomasse o poder.
Mesmo se isto acontecesse, nao viria como e que os mocambicanos iriam correr para a Tanzania para se treinarem e infiltrar Mocambique para uma guerra terrorista para re-instaurar o regime de terror stalinista.
No tempo do colonialismo, muitos o fizeram pelo desejo de quererem ser livres do colonialismo.
A Tanzania nao encontraria o apoio para ajudar a mover uma guerra terrorista contra um novo regime em Mocambique que seria mais prospero do que o regime da Frelimo e o proprio regime inapto da Tanzania. O Malawi nao se aventuraria em apoiar uma Frelimo derrubada tanto como o Zimbabwe que um regime de Mocambique podia enforcar com sancoes. Estes regimes todos iriam simplesmente cooperar com o novo regime da Renamo.
Mocambique tornaria-se prospero e o regime da fome perpetua que o regime da Frelimo criou para melhor dominar o pais como Staline e Mao fizeram na Uniao Sovietica e na China Popular iria desaparecer. Enquanto nas zonas da Frelimo morria-se de fome e se dependia de doacoes de comida de fora, as zonas da Renamo produziam comida em abundancia e vi certa desta comida a ir ser vendida no Malawi.
Qual era o segredo disto?
A Renamo restituia a liberdade aos populares e camponeses de viverem onde queriam viver e trabalhar nas suas terras ou em terras onde queriam trabalhar nas suas regioes tradicionais.
Nas zonas da Renamo que constituiam quase 85 por cento do teritorio, as pessoas moviam muito livremente e sem guias de marcha e sem incomodos. Ninguem controlava os movimentos de pessoas entre o Malawi e Mocambique. Todas as fronteiras de Mocambique com o Malawi estiveram nas maos da Renamo. Isto eu o vi como os meus proprios olhos e nao foi o caso de ouvir dizer.
O problema principal do Dhlakama e de nao reter pessoas de capacidade que ele consegue ter e de prestar ouvido a intrigas, o que faz com que ele perca pessoas de capacidade. Penso que a pressao de ter que governar duma maneira para satisfazer a comunidade internacional havia de forcar Dhlakama a se corrigir.
Em conclusao, peco que ninguem entenda a critica que eu e o brilhantissiomo Khanga Hanha Muzai fazemos a Dhlakama como odio. Gostariamos que ele aprenda a modificar-se e nao continue a cair nas jogadas da Frelimo. Simpatisamos por ele, embora nao sendo membros da Renamo e da Frelimo, nem e preciso dizer, nao o somos.
A democracia faz-se com criticas e nao com elogios, lambebotismo e culto de personalidade e com o reconhecimento das liberdades civis incluindo a liberdade de expressao. O Muzai e eu nao estamos em posicao de sermos hostis a Frelimo e a Renamo ao mesmo tempo. O Muzai ja se referiu a Dhlakama como General Lendario e nao se pode acusa-lo de ser hostil a Dhlakama e a Renamo por criticar o Dhlakama. E nem eu devo ser acusado de hostilidade contra o Dhlakama por critica-lo.
Aprendamos a ser livres com a liberdade de expressao.
Muito obrigado pela pergunta.
Muito respitosamente, subscrevo-me
Francisco Moises
P.S.: Quem tem diz que o teu casaco nao te da bem e teu amigo e nao aquele que te diz que o teu casaco te da bem enquanto ele nao tem da bem.
4
umBhalane said in reply to umBhalane...
Faz algum tempo que AQUI escrevi sobre os estádios da vida dos Povos, que não são iguais/idênticos, de modo algum.
Os patamares sociológicos são muito distintos, e têm explicações várias.
Nessa altura até referi a Papua Nova Guiné como um dos patamares mais baixos.
Parece-me evidente que entre a Suécia, Canadá, Japão,...e a Papua hão muitos estádios intermédios.
Hão países que souberam dar o SALTO (em 30, 20 anos).
Na maratona da vida, da concorrência feroz, ninguém vai parar para esperar o Outro.
É a vida.
Na vida interna dos países é a mesma coisa.
Em poucos é mais esbatida a diferença.
Nalguns até e acicatada/induzida.
Outros, quiçá a maioria, nem estão aí, para aí virados - cada um é como cada qual, e ninguém é como evidentemente.
Agora...comprar TUDO FEITO, haja paciência.
Não é para quaisquer uns. Não é mesmo, para todos.
A história terá que ser cumprida, vivida, percorrida,... doa a quem doer.
Quem tiver juízo fá-lo-á de melhor jeito maneira.
Quem não tiver, o corpo vai pagar, isto é, continuar a pagar.
O resto é bula-bula, só mais nada.
E África AINDA não concluiu.
Moçambique da FIRlimo/FRAUDElimo DESconcluiu faz muito tempo.
E continua de DES..., DES..., DES..., só DES…

Pergunta, questiona, duvida, analisa, vê mais melhor.
PENSA BEM, pensa junto comigo.

É BOM ACORDAR DE VEZ.
FUNGULANI MASO.
A LUTA É CONTÍNUA
5
umBhalane said...
Faz algum tempo que AQUI escrevi sobre os estádios da vida dos Povos, que não são iguais/idênticos, de modo algum.
Os patamares sociológicos são muito distintos, e têm explicações várias.
Nessa altura até referi a Papua Nova Guiné como um dos patamares mais baixos.
Parece-me evidente que entre a Suécia, Canadá, Japão,...e a Papua hão muitos estádios intermédios.
Hão países que souberam dar o SALTO (em 30, 20 anos).
Na maratona da vida, da concorrência feroz, ninguém vai parar para esperar o Outro.
É a vida.
Na vida interna dos países é a mesma coisa.
Nuns é mais esbatida a diferença.
Noutros até e acicatada/induzida.
Noutros nem estão aí, para aí virados - cada um é como cada qual, e cada qual como evidentemente.
Agora...comprar TUDO FEITO, haja paciência.
Não é para quaisquer uns.
A história terá que ser cumprida, vivida, percorrida,... doa a quem doer.
Quem tiver juízo fá-lo-á de melhor jeito maneira.
Quem não tiver, o corpo vai pagar, isto é, continuar a pagar.
O resto é bula-bula, só mais nada.
Os patamares sociológicos são muito distintos, e têm explicações várias.
Nessa altura até referi a Papua Nova Guiné como um dos patamares mais baixos.
Parece-me evidente que entre a Suécia, Canadá, Japão,...e a Papua hão muitos estádios intermédios.
Hão países que souberam dar o SALTO (em 30, 20 anos).
Na maratona da vida, da concorrência feroz, ninguém vai parar para esperar o Outro.
É a vida.
Na vida interna dos países é a mesma coisa.
Nuns é mais esbatida a diferença.
Noutros até e acicatada/induzida.
Noutros nem estão aí, para aí virados - cada um é como cada qual, e cada qual como evidentemente.
Agora...comprar TUDO FEITO, haja paciência.
Não é para quaisquer uns.
A história terá que ser cumprida, vivida, percorrida,... doa a quem doer.
Quem tiver juízo fá-lo-á de melhor jeito maneira.
Quem não tiver, o corpo vai pagar, isto é, continuar a pagar.
O resto é bula-bula, só mais nada.

Pergunta, questiona, duvida, analisa, vê mais melhor.
PENSA BEM, pensa junto comigo.

É BOM ACORDAR DE VEZ.
FUNGULANI MASO.
A LUTA É CONTÍNUA
6
Jose Carlos Cruz said in reply to Francisco Moises...
Permita-me uma pergunta Dr Francisco Moisés. O que acha que teria acontecido se a Renamo tivesse tomado o poder à força em 1992, em vez de ter feito o Acordo Geral de Paz?
A Renamo vitoriosa teria implantado a democracia multipartidária em Moçambique?
7
Francisco Moises said in reply to Manambua ...
Caro Manambua:
A sua intervençao é extramente brilhante e contem o fundo da questao or the heart of the matter, como se diz em inglês. Concordo, ninguem dos que temos tem a capacidade de governar DECENTEMENTE Moçambique por seja falta de capacidade e por gulas desmedidas que ditam que se dependam ou venham a se depender do uso da violencia bruta e sangrenta. Depender do estrangeiro para viver e prosperar para um pais tao rico em recursos naturais? Ha qualquer pais no mundo que tem o interesse dos moçambicanos no coraçao? Todos querem explorar e roubar e para fazer isto apoiam a ditadura, e nao a democracia, em Moçambique.
8
Manambua said...
Nem a RENAMO tem capacidade para governar Moçambique, nem a FRELIMO como já sabe todo o mundo. O problema é esse, é que ninguém está preparado para governar DECENTEMENTE Moçambique. Nâo vale a pena falarmos em eleiçôes porque NUNCA serâo justas, guerras que nâo nos levam a lado nenhum excepto dor e sofrimento, nem apoio do Ocidente, China, Russia, países arabes, etc. porque todos querem o mesmo, re-colonisar Moçambique pois o país é imensamente rico em recursos naturais mas extremamente pobre em recursos humanos. Conclusâo? Começar de novo. Como? Eliminando todos partidos com as mâos sangrentas (Renamo e Frelimo). Forças Armadas e Justiça independentes sem conexôes políticas, partidos políticos transparentes e controlados para evitar corruptelas, enfim, acho que peço o IMPOSSÍVEL! Triste mas verdade.
9
Francisco Moises said...
Francisco Moises said in reply to Jose Carlos Cruz...
Tembem para informar-lhe que a Renamo possuia armas anti-aéreas e o problema que a Renamo tinha era o de enfrentar tanques (Raul Domingos, entao chefe do estado maior da Renamo, 1989, falando da sua propria experiencia enterior como comandante da Renamo quando abriu a frente de Maputo). A Renamo tinha misseis Sam-7 (Afonso Dhlakama, falando a mim 1989), mas teria gostado obter os Stingers dos americanos que os americanos fornceram a Savimbi e aos mujahidins do Afganistao.
Muitas das vezes os guerrilheiros abatiam helicopteros com bazookas ou seja os RPG-7s (comandante Alberto da Renamo na Zambézia, 1988).
Obviamente, Afonso Dhlakama deixou se enganar pela esperteza do Joaquim Chissano e pela tal comunidade internacional a quem que queria satisfazer e foi negociar como um fraco em vez de vencedor.
Reply 27/11/2014 at 19:30

Sem comentários:

Enviar um comentário

MTQ