A detenção de Sócrates cai COMO uma bomba. Por ora são indícios, suspeitas que vêm confirmar os rumores que circulavam nos últimos dias de que alguma coisa estava para acontecer. A vida do ex-governante em PARIS, e não só, tornou-se assim nesta prisão em Lisboa. Agora falta provar. A dúvida não pode prolongar-se como sempre acontece na Justiça.
Sócrates será interrogado mas o facto é que sobre ele recai um novo caso: depois do Freeport, depois do Face Oculta, depois da licenciatura e de outras tantas polémicas que nos últimos anos se agarraram ao ex-primeiro-ministro.
Politicamente, a detenção de Sócrates é demasiado tóxica para o PS de António Costa. O nome do ex-primeiro-ministro, usado em força como arma pela direita nas eleições europeias, voltou à baila nos últimos tempos. E a alta velocidade.
Se para SEGURO o passado socrático sempre foi de difícil gestão, a verdade é que com este PS esse mesmo passado não tinha sido ainda plenamente assumido. Costa aproximou-se muito mais dessa herança mas não demasiado. A uma distância segura. Nas primárias, por exemplo, nunca apareceu com o ex-primeiro-ministro na campanha. E agora o que fará?
Esta detenção torna-se por tudo isto um enorme pedregulho no caminho do (quase) líder socialista
O PS, em silêncio profundo na noite da detenção, está a votar este sábado e DOMINGO. Costa será eleito debaixo desta nuvem tão carregada e vai a congresso no próximo fim de semana. O encontro em Lisboa será certamente diferente agora que tudo isto aconteceu. A direita está à espreita. Será que já esfrega as mãos? 2015 é ano de eleições e depois de hoje, se Sócrates já era garantidamente tema certo de campanha, agora passou a ser muito mais. Tornou-se num novo fôlego para a narrativa da direita.
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