A RENDIÇÃO DE Dhlakama - RENAMO NÃO TEM MATURIDADE PARA GOVERNAR O PAÍS
É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Mas as pessoas devem conhecer o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas.Numa democracia, como a nossa, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania, possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade como advoga Rocha, (2010).
Em primeiro lugar temos que aceitar a ideia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas a questão que se coloca é, como identificar um bom político?
É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que o nosso representante anda fazendo. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. Não a matar populações indefesas como tem feito alguns políticos. Recorde-se que a cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático.
É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que o nosso representante anda fazendo. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. Não a matar populações indefesas como tem feito alguns políticos. Recorde-se que a cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático.
Rocha, (2010), defende que o voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. O voto inconsciente pode ter conseqüências negativas sérias no futuro, sendo que depois é tarde para o arrependimento. Geralmente quando os políticos frustraram as expectactivas dos governados, é comum ouvirmos dizer " já não voto mais, não quero saber mais de política".
Mas é extremamente importante participar na vida política do país, como nos ilucida Guilhermina, (2010).
Primeiro, porque, se não votamos, estamos nos omitindo do processo e delegando a terceiros a definição do rumo dos nossos municípios e, por extensão, do nosso país . E estaremos abrindo mão, ao mesmo tempo, de um direito e de um dever, que é o de construir e aprimorar a democracia, tantas vezes atacada e comprometida.
Segundo, porque é através do exercício do voto que realizamos o sagrado direito de escolha e, com isso, podemos mudar os governantes ou representantes, que não honraram com suas promessas de campanha. Mais do que escolher candidatos individuais, é através do voto que podemos, pelo menos teoricamente, garantir o princípio democrático de alternância entre governo e oposição.
Terceiro, porque é pelo voto, com acertos e erros, que cada eleitor aprimora sua escolha, procurando a cada eleição a melhor opção entre os partidos e candidatos. Portanto, a omissão não contribui para avanço das escolhas e da própria democracia. Daí a necessidade da reflexão e da análise das melhores opções existentes.
Esta mais do que claro que, o poder não se conquista a força, muito menos com manobras dilatorias como a renamo pretende nos mostrar. Todas forças vivas da sociedade são unânimes em afirmar que a Paz é um bem que se deve preservar e, que o diálogo é a única via para se pôr término a instabilidade político-militar que se vive no País. Os moçambicanos devem estar atentos nas pretenções da renamo, tudo tem a ver com o alcance do poder a força, nem que para isso seja necessários escangalhar todo quadro legal para realização de eleições num país democrático.
A renamo devia se organizar, revitalizar as suas bases, ao em vez de matar, criar simpatia com o povo, por forma a concorrer em pé de igualdade com outros partidos organizados, como a FRELIMO, o MDM, entre outros, isto por forma a reverter o quadro de derrotas que tem vindo a somar deste as eleições de 1994. Só para recordar, Nas primeiras eleições multipartidáriasrealizadas em 1994, foi eleito o candidato do partidoFRELIMOe Presidente da República desde 1986, Joaquim Chissano. Na mesma ocasião, a Frelimo ganhou também a maioria dos assentos na Assembleia da República. Depois de vários meses de protestos, o principal partido da oposição e anterior movimento guerrilheiroRENAMOaceitou os resultados.
Nas eleições de 1999, Joaquim Chissanofoi reeleito com 52,3% dos votos e a FRELIMOpassou a ocupar 133 dos 250 assentos do parlamento. O candidato do principal partido da oposição, Afonso Dhlakamada RENAMO, obteve 47,7% dos votos e o partido ocupou os restantes 117 assentos parlamentares. Nas eleições presidencial e parlamentar de 2004, realizadas nos dias 1e 2 de Dezembro, Armando Guebuza, o novo candidato da FRELIMO, ganhou 63,7% dos votos, mais do dobro do candidato da RENAMO, Afonso Dhlakama(31,7%). Na votação para o parlamento, a FRELIMO ganhou 62% (1,8 milhões) dos votos, a Renamo-União Eleitoral 29,7% (905 000 votos) e 18 partidos minoritários partilharam os restantes 8%. Assim, a FRELIMO ocupou 160 assentos e a Renamo-UE, 90.
A 2 de fevereirode 2005, Guebuza tomou posse como Presidente da República, sem o reconhecimento de Dhlakama e da renamo, que não participaram na cerimónia de investidura. A renamo, contudo, concordou em participar no parlamento e no Conselho de Estado, mas até então tem vindo a gazetar neste orgão.
No dia 28 de Outubro de 2009, os moçambicanos elegeram o seu Presidente da República, os deputados da Assembleia da República e, pela primeira vez, os deputados das Assembleias Provinciais. Guebuza foi reeleito com 75% dos votos válidos, seguido do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, com 16% dos votos. Quanto às eleições para a Assembleia da República, a Frelimo, o partido do governo, conseguiu 191 deputados, com mais dois eleitos nos círculos da emigração, a Renamo 49 deputados e o MDM alcançou oito.
Este quadro mostra que Dhlakama é um fracassado, passa a redundância, um verdadeiro fracasso em pessoa. A renamo chegou até a grangear simpatias a quando da reevendicação da revisão do Pacote Eleitoral, apesar da forma belicista como o fez, com certa dose de justiça foi interpretada a sua reenvendicação por parte de alguns segmentos da sociedade. Mas com as reevendicações do controlo efectivo das Forças de Desefa e segurança, a renamo mostrou a sua imaturidade política, mostrou que é uma criatura estranha, parida de forma precoce sem chances de ganhar forma em nenhuma incubadora, seja ela tradicional ou moderna. A renamo primeiro inviabilizou o processo do recenseamento eleitoral, chegando até a influenciar seus membros e simpatizantes a não aderirem ao recenseamento, depois compactuou com o processo, mobilizou os mesmos a afluirem em massa ao processo, pediu que o processo fosse prorrogado, o Governo como sempre cedeu, cedências atrás de cedências. Dhlakama mesmo na parte incerta, conseguia influenciar seus representantes a fazerem exigências absurdas. Mas o Governo para mostrar que sempre esteve comprometido com a paz, até chegou a recensea-lo na mata onde se encontra, lá onde perdeu quilos a ponto de camuflar-se em trages XXL para desfarçar o quão moribundo esta. O Governo tem se esforçado demasiadamente em resolver este embróglio com o Sr das armas, mas o mesmo quer fazer de tudo para arrastar essa catombe, a ponto de enviabilizar as eleições que se avizinham. Até hoje a renamo não aceita desmilitarizar-se porque quer continuar a matar civis inocentes e usar essas armas como meio de pressão e, pretende arrastar essa situação até o início da campanha eleitoral. Esta mais do que claro, que a renamo não tem maturidade para governar o país, mas interessa ao Governo e a todas forças vivas da sociedade que a renamo participe nas eleições para consolidar o Estado democrático de que o país se orgulha. Agora, estes Senhores terão de fazer muito esforço para conseguir pelo menos 2% dos votos.
Eurico Nelson Mavie
JORNAL DOMINGO – 25.05.2014
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