quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Aparente dificuldade das FDS pode obrigar a região a mandar tropas




 Deterioração da situação politico/militar no país

- Apesar de não ter sido ainda feita qualquer declaração de guerra, a África do Sul terá já consultado as autoridades moçambicanas sobre a possibilidade e necessidade de envio e instalação, no país, de um contingente da African Capacity for Immediate Response to Crisis, segundo escreve o Africamonitor...

Com o cenário de cada vez deterioração da situação politico/ militar no país, caracterizado por confrontação armada quase permanente, particularmente nalgumas regiões da província de Sofala, está, a cada dia que passa, a aumentar o nível da atenção e preocupação internacional em relação a realidade moçambicana.

Nisto, a África do Sul, que tem uma extensa linha fronteiriça com Moçambique, terá já entrado em contacto com as autoridades moçambicanas no sentido de abordar o possível envio de um contingente militar no âmbito das actividades da African Capacity for Immediate Response to Crisis (ACIRC), segundo avança na sua última edição o Africamonitor intelligence. “A África do Sul, agindo aparentemente ciente de que o regime de Moçambique se encontra “em dificuldades” terá consultado as autoridades moçambicanas tendo em vista a instalação no país de um contingente da ACIRC (African Capacity for Immediate Response to Crisis - Capacidade Africana para a Resposta Imediata a Crises) criada por sua iniciativa com a adesão de outros países africanos como Uganda, Tanzânia, Etiópia, Argélia, Angola, Chade, Gana, Níger e Sudão”- escreve o africamonitor.

De acordo com o africamonitor, as autoridades sul africanas “vêm num conflito interno em Moçambique indesejáveis riscos de contágio regional”.

Fonte: Media fax – 22.01.2014
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  • Aurélio Bull Guebuza Não há necessidades
  • Aziza Throne de morrerem africanos
  • Jeremias Luis Chauque Consta-me que nalgumas frentes onde os combates eram frequentes as FDS conseguiram controlar a situacao. Um dos exemplos eh Nampula. Ha informacoes seguras de que em Inhambane nos ultimos dias as actividades da RENAMO tam foram abortadas ainda nos primeiros momentos. Na N1, apesar da frequencia dos atentados parece que nos ultimos dias a situacao tende a melhorar. Por conseguinte nao consigo perceber a pertinencia de envolvimento de forcas externas. Mais alegacoes de que o regime mocambicano se encontra em dificuldades me parece falacioso, na medida em que nao me parece que as DFS estejam a usar todos os meios a sua disposicao, nem vejo avancos da RENAMO susceptiveis de abalar a estrutura governativa do pais
  • Rogerio Daniel Naene as forças da RENAMO tem uma Grande vantage de n estarem em pontos fixos e identificados, usam a estrategia de sabotagem e retirada de emediato, ao contrario das FDS que se sabem onde e em q momento os encontrar, basta emboscar um ponto na N1 entre Save a Muchugwe e de seguida colcar se em Fuga. Essa é a unica estrategia que a RENAMO usou desde os tempos de Matsangaissa.
  • Carlos Nuno Castel-Branco Os problemas com este tipo de guerra de desgaste de baixa intensidade são os seguintes: 1) não é possível usar todos os meios, pois alguns, mais adequados para combate de confronto, e com demandas logísticas altas, são inadequados e podem ficar isolados ou denunciar as operações; 2) a guerrilha retira-se sempre que aumenta signifcativamente a concentração de tropas regulares num ponto, mas as tropas regulares não podem aumentar ao mesmo tempo em todos os locais - se o movimento da guerrilha não for parado, as tropas regulares vão ficando concentradas onde não são necessárias e a guerrilha vai somando vitórias tácticas e estratégicas; 3) a intensidade da guerra é irregular; 4) a demanda de meios é muito assimétrica - dois guerrilheiros isolados e emboscados podem criar muitos problemas, os quais serão combatidos por uma unidade militar regular muito maior (para começar, ninguèm realmente sabe quantos guerrilheiros estão numa emboscada); e 5) é o desgaste e a incerteza que afectam a estrutura governativa em vez de operações de grande envergadura. O segredo reside na informação e mobilidade das tropas regulares e na capacidade de cortar o movimento e aniquilar as forças vivas da guerrilha, o que todos os guerrilheiros sabem e tentam a todo o custo evitar. Estudámos coisas destas, incluindo olhando para a nossa experiência (luta de liberatção nacional) e de outros povos (Vietname, China, Argélia, movimentos de resistência anti-nazis na Europa, etc.), quando eu ainda estava nas FPLM, já lá vão mais de 30 anos. Portanto, é muito difícil dizer como a guerra está a andar sem sabermos muito mais sobre movimento, natureza dos combates, baixas reais, etc. Se alguém conseguisse apanhar as gravações dos debates com Samora Machel durante a guerra de libertação nacional e a guerra dos 16 anos, vai poder ouvir relatos de decisões de entregar bases ao inimigo (deixar o inimigo entrar) depois de evacuar homens e material de guerra (para evitar grandes scombates e perdas de efectivos); bem como a frustração dos principais comandantes quando oficiais davam relatórios sobre o número de acampamentos destruídos e palhotas queimadas mas sem destruição efectiva das forças vivas do "inimigo". Por isto, muitas destas guerras só acabam com acordos políticos.
  • Rogerio Daniel Naene O verdadeiro Teste da capacidade Militar da Renamo, era oucupar um certa Vila ou um Distrito, ai poderiamos saber se são capazes de resistir claramente as ofensifas das FDS... no actual cenario, so nos resta um acordo e com uma boa solução pós-Guerra

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