domingo, 5 de janeiro de 2014

A Paz Futura



 


Escrevo a partir de Maringue. Vim, unicamente, testemunhar os horrores da guerra: casas abandonadas, lares destruídos, mulheres enviuvadas, filhos órfãos, rostos desesperados e sem perspectivas quanto ao futuro. Toda uma vida edificada em 21 anos foi destruída em menos de uma semana e, por aquilo que vejo, os próximos meses, vão continuar a ver o desenrolar do drama que, desde Abril de 2013, é seguimento da guerra a que se cuidou que a Paz firmada em Roma tinha posto termo. A persuasão falaz de que não mais se travaria conflito de magnitude comparável à que havia tido o de 1976/92, fez que se chamasse a este conflito «guerra pela democracia», e ainda hoje é corrente vê-lo designar assim. Contudo, pode já verificar-se, à luz das realidades, que a guerra que pareceu, em 1992, findado, não era a maior de que o país podia ser teatro, e é possível verificar-se também que, em 1976, o que principiou e não teve ainda interregno, foi antes a transformação rápida com que se pretendia sair do colonialismo ao país independente. A convulsão que tem sorvido dezenas de vidas e devorado já a riqueza como jamais o país vira acumuladas, dura há nove meses.

Se não houver travões contra a animosidade que move a Renamo Resistência Nacional Moçambicana, muito mais vasta e profunda terá, sem dúvida, de ser aquela a que assistimos, e os nove meses já volvidos após ela haver encetado a sua marcha arrasadora de princípios, normas e instituições consideradas antes como assentes para todo o sempre, porventura marcam somente os primeiros passos da mudança para que o país caminha, através de acontecimentos cuja natureza e alcance hão de ser de cada vez mais extraordinários e subversivos. A nova guerra deflagrada em 2013, e cuja razão aparente foi a invasão da sede da Renamo em Moxungue, é já, nesta hora, a luta de duas forças pela sua hegemonia no país. As FADM e FIR de um lado e os guerrilheiros da Renamo, por outro, disputam, com efeito, a missão de a comandar. Mas para lá dos horizontes que limitam os campos de batalha e dos objectivos das forças que dirigem a guerra, já despontam, claramente, outros objectivos, sustentados por circunstâncias porventura mais fortes ainda, porque, sobrepondo-se aos interesses das forças em luta, representam aspirações espirituais e económicas, irreprimíveis e indomináveis, dos homens que essas forças aglomeram e aglutinam. Até aqui é cedo para dar razão a uma das partes, encontrando-se todas elas na fase da mobilização da opinião pública para que ela esteja do seu lado. E também é cedo para prever se o desfecho da guerra será pela derrota de uma das partes. Às aspirações que adquirem consistência crescente na consciência colectiva, e cuja justiça é inegável, é que pertencerá a última palavra, se não na guerra, com certeza na Paz, para ela poder ser verdadeira e profícua.

Se a inteligência e a previsão esclarecida dos homens que não souberam evitar a guerra e a dirigem agora, e, sobretudo, a inteligência e previsão daqueles que um dia hão de construir os alicerces da Paz não tiverem em suprema conta que, para além das forças que lutam, existem milhões de moçambicanos que iniquidades e desequilíbrios económicos e sociais afligem progressivamente, à guerra de sobrevivência que ora devasta Gorongosa, Maringue, Moxungue e ameaça Inhambane, sucederá, como flagelo maior ainda a escala nacional. Quando voltarão os homens capazes de firmar a paz nos tratados e nos espíritos e não somente a paz para a preparação de novas guerras, paz que dure, ao menos, também 21 anos? É o que a ninguém, por enquanto, é dado prever ao certo.
    • Osvaldo Mauaie Isto poderia ter sido evitado, mas os desejos mundanos fizeram isto ser assim. Isto prova que Mozambique eh mesmo um pais pobre e k eh mais probre mental k materialmente. Nunca imaginei que governar fosse tao importante que a vida das pessoas. E se essas duas partes materem a nos todos a quem vao ficar a governar?
    • Nkadibuala Arlindo O povo moçambicano não merece isso! Guebuza e Dlhakama devem deixar o seu orgulho de lado, sentem se e resolvem o problema que o país hoje vive. Nós sabemos que qndo as pessoas atigem a fase de menopausa do seu racicioneo, o radicalismo é maior. Deixe nos em paz, esse país é de todos moçambicanos e não de duas pessoas k têm os poderes absulutos de mandar matar.
    • José Francisco Narciso Se o Exército Moçambicano é incapaz de eliminar esse lixo de VAGABUNDOS ARMADOS, porqué que não aceita a ajuda dos Exércitos dos Países vizinhos? E como é que o Estado e governo até aqui não declara ao braço político dos VAGABUNDOS, como movimento terrorista? O governo junto o resto dos partidos políticos democráticos devem tomar cartas no assunto mais terrível que o País tem. No meu entender, eu creio que o assunto dos BANDIDOS ARMADOS, é mais importante que todas descobertas mineiras juntas. Há um dito aqui na Espanha que diz : é preferível viver pobre, mas honrado. Que vê a fizer o mesmo : viver pobre mas em PAZ! Se Moçambique vê incapaz de eliminar a esses assassinos através das nossas Forças Armadas, pois que busque outras fórmulas, mas por favor, que não permita mais devastação e destruição de seres humanos em particular e de infraestruturas em geral.
      Ah, por certo, Moçambique a dia de hoje sigue sendo o primeiro País do mundo que paga salários aos seus verdugos, ainda na sede da soberania Nacional. Isso é insólito!
    • Eusébio A. P. Gwembe Narciso, duvido muito que as forças estrangeiras consigam aniquilar a Renamo que, diga-se em abono da verdade, está a controlar a situação no interior destas bandas. E a época lhe é propícia para se reorganizar. Era esperança do exército, pelo menos de alguns que comandam as operações, que houvesse rotura de munições, e houvesse rendição natural. Mas parece ser uma miragem que tal aconteça. Vi pais temendo pelo futuro dos filhos, antes que sejam mobilizados para as fileiras da Renamo. Solução negocial é, no meu ponto de Vista, ainda possível.
    • José Francisco Narciso Doloroso ouvir isso. E qual é o papel dos membros desses indesejáveis no Parlamento? Ainda há motivos de seguir pagando lhes salários?
    • Chinhacuza Joaquim Verdade caro Eusebio a sua ideia é valida pois a unica saida é dialogo serio entre ambas partes.
    • Juvencio Luis Timotio Jose Francisco, tens um pensamento d um tipico frustrado . Vce pensa ke sera por via violenta qe este pblema podera ser resolvido? Lembre-se qe a guerra dos 16 foi assim mesmo. A Paz é alcançada pela Paz e a guerra desenvolve-se pela guerra.
    • Chinhacuza Joaquim Narciso, esta guerra nem com a juda de maior força do mundo nunca as forças governamentais sairao vencedora, porque a tatica usada pela renamo que é de guerilha é propicio para desorganizar as forças governamentais tambem a renamo goza de forte apoio do povo ou populacao dessas zonas pois as nossas forças governamentais nao gozam de mesma simpatia.
      Continuo a dizer k a unica saida é o dialogo pork a renamo nao tem nada a perder, e nao carrega nenhuma resposabilidade, e tudo esta nas mao do governo.
    • Chinhacuza Joaquim Falando de arte de guerra, a mesma vence se com apoio do povo na zona de manobra, alguns dizem se vecemos a guerra contra o colonialismo portugues com todos meios k tinham e como nao se pode vencer a renamo fragilizado do que durante a guerra de 16anos onde nao tem apoio do regime apartheid. A resposta esta nas taticas usadas e na situacao e responsabolidade que possue, na FRELIMO usou a tactica de guerrilha mas as nossas forças hoje nao pode fazer o mesmo.
    • Eusébio A. P. Gwembe Por aquilo que vi, está dificil manter as forças armadas aqui. É minha convicção que as armas não garantem a paz, pelo contrário, elas destroem o que a paz construiu. É o que vi e provavelmente continuarei a ver, sei lá por quanto tempo.
    • Eusébio A. P. Gwembe Quanto aos deputados no parlamento, penso que eles não têm culpa de nada, que se entendam eles com a ala militar se o quiserem. Mesmo afastados sem motivo nao teremos paz. As energias devem ser postas nos homens que comandam acções a partir do mato
    • Stive Northon Os ojbectivos dos superiores de ambas as partes aindam nao foram alcancados por exa razao ficam orgulhosos pork o djakama ve k a xperenx de xtar n puder algum dia e menor por isso pouco lhe interessa a paz e do outro lado entregar o puder por bem pode ser um atendado pork sao pexoas envolvidas no caso de trafico de drogas k deixando o puder podem ser investigados da origem das riquezas acumulads no geral m povo xta mal o nosso futuro xta em jogo.
    • José Francisco Narciso Tristeza e mais tristeza para meu País, aqui no exterior toda gente falava de Moçambique extraordinariamente bem, e o povo assistindo com impotência, como pouco a pouco o País vai se mergulhando no sofrimento. Isso é pura mentira de que os VAGABUNDOS ARMADOS tem apoio da população, eles dominam a população através de uma violência bárbara extrema, isso é o que faz o Dhlakama e seus BANDIDOS. Se o governo e sociedade civil no seu conjunto se vê desbordados face aos VAGABUNDOS ARMADOS, o qué esperam para explorar outras vias?
    • Mateus Kelvin Cossa MA=Eúsebío nao sei se tou erado + m permite afirmar que" Aprendemx nøs na hístória de África que já foram criadas varias organizaçoes que Moçambique faz parte => que velam pela liberdade, independencia, ajuda mutua, apoío na resoluçao dox conflitox entre naçoes. E o senhor conhece essas organizaçoes! AGora pergunto pork eles continuam no silënçio enquanto cada segundo k passa A Renamo vaí liquidando, varíox inoçentex á escala naçional,podendo deixar crianças orfaox,víúvas e sofrimento patente nas varías carax dox k foram vitíma dexxa onda d violençia...
    • Eusébio A. P. Gwembe Eu tambem vi, Narciso. É falsa a ideia de que o povo está com a Renamo, pelo menos por onde passei. O que impera é o temor/medo de ser assassinsei caso pretenda fugir e quem chega a Gorongosa onde estao as forcas do governo respira de alivio. A maior ameaça é a Renamo
    • Tony Ciprix Eusebio A. P. Gwembe, boa reportagem hein! Sugiro um titulo para o futuro livro:" A causa das armas. a psicologia de uma guerra nao declarada em Moçambique". Assim ombreias com Geffray. Ja que a arrogancia parece é o que está tambem por detras dessas matancas...
    • Eusébio A. P. Gwembe Mateus, no direito internacional tais organizaçöes podem agir se o governo legitimo dar mostras nesse sentido. Mas também se grupo de cidadãos desse pais mostrarem sinais no mesmo sentido. Não podemos esquecer que os governos africanos sao mais unidos quando o assunto é a manutenção do poder. Penso que ainda o futuro esta nas nossas proprias maos.
    • Eusébio A. P. Gwembe Arrogância de quem, Tony?
    • José de Matos Eusébio A. P. Gwembe, é falso o que estas a afirmar, os teus camaradas estao a cometer muitos desmandos e duvido mesmo que a Renamo seja a maior ameaça!

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      “Vimos soldados que dizem ser da Renamo, uns estão armados outros não. Não fazem nada a ninguém e nem roubam a ninguém. Quando vão às residências compram bens com o seu dinheiro, mas nós temos medo que se possa repetir o que aconteceu durante a guerra” )de 16 anos, terminada em 1992), acrescentou ela.
      De acordo com os entrevistados, os referidos homens armados dizem ter “uma actividade” a realizar naquelas localidades durante três meses.
    • Tony Ciprix Do que é sabido, caro Eusebio A. P. Gwembe. ProporcaoxParidade. Depois do livro, vamos instituir um Prémio Nobel de puxa-saquismo. Vais concorrer com o G40. Por acaso estás de ferias? Amanha r trabalho na UP e vc está
    • Eusébio A. P. Gwembe Jose, vi pessoas desejosas de sair das zonas em conflito e o destino é Gorongosa. La nao e a força da Renamo a fazer proteção. Essa de Inhambane é diferente porque trata-se da infância da sublevação. Não vale a pena apresentar a Renamo como mansa. As pessoas estao a ser forçadas a permanecer nas zonas de perigo, contra sua vontade. As pessoas estao sendo coagidas a dar comida aos homens do e no mato e nao é que gostem.desse comunismo. Ainda estou na area.
    • Tony Ciprix Vc está nas matas a fazer reportagens sobre a guerra. Ou faz parte da pesquisa de campo, numa altura em que estamos a curtir a ociosidade oficializada. Vc abandonou a chocas-mar e foi-se instalar em Gorongosa e Maringue e desloca-se com tanta facilidade de um distrito para outro...irmao, a minha vigilancia epistemologica manda-me ter reservas ao que pode ser mera propaganda em tempos de conflito. Vou assistindo a esse video-game!
    • Eusébio A. P. Gwembe Tony, na UP apenas dou aulas e nem exames de admissão foram feitos, porque devo estar la?
    • Eusébio A. P. Gwembe Tony, na UP apenas dou aulas e nem exames de admissão foram feitos, porque devo estar la?
    • Eusébio A. P. Gwembe Tony, na UP apenas dou aulas e nem exames de admissão foram feitos, porque devo estar la?
    • José Francisco Narciso Aproveito aqui para dar outra vez meus pesares a família futebolistica Moçambicana, pela morte do nosso compatriota Eusébio, ocorrido está madrugada em Lisboa!
    • José de Matos Eusébio A. P. Gwembe, nao inventes, niguem apresenta a Renamo como mansa, mas tambem nao tentes apresentar os camaradas como mansos, nao cola isso! E os relatos estao ai, do terreno, desmandos e frelimistas sem controlo, caos total, celeiros e bombas de agua destruidos, mulheres violadas, comida roubada, camponeses presos, possiveis fuzilamentos! Em vez de andares em metaforas, devias mas é tentar lutar pela Paz! Ontem apanhei um dos teus ilustres camaradas a inventar mentiras e a tentar sugerir perseguiçao a renamistas em Maputo! Temos de ser muito serios, nao estamos a falar de videogames!
    • Tony Ciprix Eusebio A. P. Gwembe, nao me fintes! Amanha vc deveria ir ao job. Quem está de férias sao os estudantes e nao os professores. Ouvi isso da boca da tua Pro-reitora para a graduacao. Posso voltar a consulta-la se o facto de ainda terem sido os exames de admissao os professores estao dispensados do trabalho e tiram tb ferias? Essas reportagens aqui sao de origem duvidavel.
    • Eusébio A. P. Gwembe Tony, não trabalho em Maputo e a minha ausencia é do conhecimento dos meus superiores. Alias, acho isso futil para o que aqui postei. Podes imaginar haver facilidades mas garanto que nao houve. Dentro de instantes, rumo para Chimoio e quem sabe la eu pense em fazer o livro de que me sugeriu. Jose, uma das grandes causas do porque a Renamo esta sendo dura é, segundo me contou alguem, a violacao das filhas e esposas feita por supostos elementos das FADM. Eu penso que o exercito deve lutar pela disciplina para ganhar simpatia no interior, longe dos acampamentos.
    • Eusébio A. P. Gwembe Vou sair um pouco, a carga do cell nao da para muito. Boa tarde a todos
    • José Francisco Narciso Tony Ciprix, mesmo se isso fora assim como você diz, seria muito de louvar a iniciativa do Eusébio Gwembe, de fazer chegar a gente, sobre todo para os que não vivem no País, como é no meu caso. O que ele narra aqui são informações que a média, quer a favor ou em contra de qualquer lado em conflito não informa e através de pessoas de boa fé como cidadão Eusébio A.Gwembe nos faz chegar, a situação político - militar incluso social que o País está atravesando. Muito obrigado amigo Gwembe por este labor, apesar dos contras, que sigas assim.
    • Candido Junior Se a RENAMO política pretende continuar a ser parte da solução ou seja, continuar a dar seu contributo na fiscalização da acção governativa, deve desassociar se imediatamente do seu braço armado sob o risco de ser a fonte moral das acções de desestabilização, assassinatos e pilhagens levadas a cabo por estes pseudo homens imbuídos pela irracionalidade. O Governo não deve continuar a gastar energias e recursos do ESTADO com gente que procura destruir o próprio ESTADO.
    • José de Matos Candido , se esse é o argumento, nao hesitem, ilegalizem a Renamo, quero ver bem esse videogame! Quantos de voces teem coragem de se disassociar dos desmandos das forças governamentais? Ate agora nao vi nenhum de voces!
    • André Thomashausen Toda a gente fala da paz como se fosse a sorte grande. Nimguem aceita que o preço da paz é a justiça que tem com base os direitos fundamentais de todos os Moçambicanos incluindo os tanto desprezados "Renamos". A comunidade internacional deu a paz aos Moçambicanos gastando 700 milhões de dolares na operação Unomoz. Mas os Moçambicanos só tiveram desprezo pela paz. Querem a guerra de novo porque ficaram sem saber quem teria ganho na primeira volta. Desta vez nimguem virá ao socorro. Se todos se quiserem matar uns aos outros e praticar de novo as piores barbaridades: que o façam. Nao afectara mais nimguem senão os Moçambicanos.
    • Candido Junior Caro José de Matos ninguém está aqui a favor de desmandos de quem quer que seja e se tens conhecimento de algum ilícito denuncie o, até em tribunal. Agora o que não se percebe é essa filosofia dos homens do sub mundo que discordando do posicionamento do governo recorrem às armas ao estilo do velho Oeste!
    • José de Matos Caro Candido, é isso que eu tenho condenado, a parcialidade enquanto estao a morrer compatriotas alegadamente em defesa da proporcionalidade e paridade, inaceitavel isso! E depois estamos a testemunhar que as tropas governamentais desencadearam uma serie de abusos perante o silemcio de muitos que gostam de pregar falsa moralidade!
    • José Francisco Narciso O que lhe falta a esse frustrado defensor do terror, é ir ele mesmo a massacrar a população e a dinamitar as infraestruturas do País, para a sua satisfação pessoal. A esse já conhecemos todos caro Candido Junior, não tens nada que fazer e se lhe incistes entrar em raciocínio terminará bloqueando - te. Ele quer ouvir te dizer que VAGABUNDOS ARMADOS, assassinam por uma noble razão, segundo ele.
    • Eusébio A. P. Gwembe Caro Thomashausen, na verdade parece estarmos a deitar aquilo que muitas maos e cabecas, inclusive a sua, construiram: a paz. Eu sei que voce é mais ouvido pelo Dhlakama e aproveitar esta ocasião para um pedido especial... alternativas a paridade ja que o governo se mostra inflexível. Näo creio que o caminho da paridade seja o único possível.
    • Tony Ciprix José Francisco Narciso, quando eu disse para o Eusebio ter presente o Adam Schaff sabia porque e o pergunte ao meu ex-companheiro Jesuita. Na selecao dos factos historicos e sua interpretacao nao existe a pura objectividade. Sempre o fazemos dentro da tradicao e posicao ideologica a politica que nos condiciona. Tambem peço para nao nos insultar: o país anda cheio de vagabundos. Daqueles em Gorongosa vc tem medo porque estao armados. Nao se esqueça que há mais vagabundos neste país que lhes é recusada a condiçao de humanidade, embora tenham emprego publico e buscam com o seu trabalho construir este país. Mas a injustiça economica, fundamentada em questoes politico-partidárias leva a que esses vagabundeiem de um lado para outro em busca de fontes alternativas de sobrevivencia. Vc nao tem medo desses vagabundos porque nao possuem armas de fogo, senao apenas um canudo e a força da palavra num país do deixa falar!
    • Tony Ciprix Andre André Thomashausen, parece-me que alguns querem a reedicao da ONUMOZ para conseguirem algumas comi$$oes!
    • José de Matos Tony Ciprix, nao percas tempo com esse tal Narciso, nunca vais conseguir ter qualquer conversa racional, eu nunca fiz isso a ninguem mas tive de o bloquear por causa dos insultos!
    • Tony Ciprix Grato José de Matos. Mas deixa o camarada se aproximar que terá o que merece!
    • José de Matos Tony Ciprix, força ai!
      Eusébio A. P. Gwembe, esta ai a Guerra a ameaçar! Tu que tens bons contactos na hierarquia frelimista, nao podias fazer o favor de passar a mensagem de que é inaceitaveel alguem morrer por causa da proporcionalidade? Ja sugeriste o mesmo sobre a paridade!
    • Eusébio A. P. Gwembe Já, estamos a trabalhar no assunto Zé, porque o braço de ferro em nada nos vai ajudar. Todavia, quem está mais interessado na mexida da lei é quem devia sugerir planos alternativos excluindo o das armas.
    • José de Matos Se as leis nao servem ou sao a causa do conflito, eu penso que devia ser obrigaçao de todos a procura de planos alternativos, nao achas, Eusebio?
    • Tony Ciprix "Todavia" nem Eusebio?
    • Eusébio A. P. Gwembe Sim, Jose. Nos estamos felizes com as leis que temos e apenas uma minoria, a que iniciou com a guerra nas palavras de Guebuza, nao se conforma. Que sugira vias alternativas
    • José de Matos Nas palavras de Guebuza, nem? Mas claro que tu nao acreditas nessa versao! Eu tambem nao acredito nos videogames1
    • Eusébio A. P. Gwembe Eu acredito que são poucos, Jose. Basta ver quantos estao indignados pelo curso das coisas. Esperemos que amanhã haja comparência na Joaquim Chissano
    • Candido Junior Parece que o nosso amigo José de Matos acredita na supremacia militar da RENAMO a mesma que segundo um popular em Gorongosa, perante a aproximação de elementos das FDS despem a farda e misturam se com a população! Definitivamente não é por acreditarem na solução militar que promovem a guerra mas sim no prazer que sentem em matar indefesos e no radicalismo das soluções destes nossos compatriotas!
    • José de Matos O parece nao me diz absolutamente nada, Candido, eu gosto de factos concretos, é que o parece pode leva-lo a insinuaçoes absurdas! Eu nao acreditao na violencia, na Guerra, principalmente se for em nome da proporcionalidade/paridade e muito menos em qualquer supremacia militar da Renamo ou do Governo/Frelimo! O que acredito sim é que certos discursos, pior quando teem carga politica, so servem para nos distrair do que na realidade se esta a passar no terreno! Eu ca por mim nao me deixo distrair, sou pela Paz!
    • André Thomashausen Amigo Eusébio e tantos outros: as alternativas à paridade na CNE não faltam. Uma delas é a simples entrega das funções do STAE ao sector privado - empresas de logística especializadas que já organizaram muitas dezenas de eleições pelo mundo fora. E adoptar a tecnologia que já foi implementada no Namíbia e que em 99% torna as fraudes eleitorais impossíveis. O que está a tramar o futuro de Moçambique é a fraqueza da sociedade civil e dos eleitores e dos membros e quadros dos partidos políticos de exigirem a responsabilização dos “chefes” que estão a tomar decisões fora dos colectivos, na terrível tradição dos ditadores Africanos, e unicamente pensando nos seus pequenos interesses próprios. Em soma, há falta de patriotismo. Há falta de vozes em todos os lados a exigir o respeito pelo estado de direito. Tal como ninguém deve e pode impedir a liberdade e a segurança de circulação e da movimentação dos Moçambicanos, também nenhum fardado deve e pode prender ou agredir um cidadão, ou destruir ou confiscar bens, sem ordem judicial, obtida no devido processo legal. Que tribunal autorizou o confisco da roupa pessoal e dos outros bens de Afonso Dhlakama e tantos outros que estavam com ele, para ser vendido em leilão no mercado informal da Gorongoza? Quem se responsabiliza pela detenção em completa ilegalidade e em condições selvagens do brigadeiro Jerónimo Malagueta? No Chile, a época dos desaparecimentos e das execuções secretas resultou noma revolta moral pelo mundo inteiro. Quem querará investir e vir viver para um Moçambique em que as pessoas se prendem de qualquer maneira, liquidam-se como se fossem galinhas, e onde os camponeses estão à mercê de milhares de fardados analfabetas e brutalizados que fazem o que lhes apetece. Ou será que as palhotas estão a ser queimadas e as terras e as fontes de água envenenadas por ordem do CEMG e do Presidente? Nesse caso deveriam explicar e responsabilizar-se na Assembleia pelas atrocidades e injustiças que estão a ser praticadas em nome da “paz”.
  • Eusébio A. P. Gwembe André Thomashausen, concordo com a proposta. Esta me parece caminhar para o que sugeri há dias: a profissionalização da CNE pois a paridade torna o processo mais privado e refém dos interesses de partidos políticos, sobretudo os com assento parlamentar e, ao mesmo tempo, compensa quem não trabalha nas bases. Mas, a bem da nação, julgo ser um projecto futuro e nunca o resultado desta chantagem militar que a Renamo está a promover. Quer dizer, devemos mexer a lei eleitoral em função das eleições de 2019 e não estas. José de Matos, o que acha?
  • Candido Junior Mais caro Eusébio, quem se mostra contra a "despartidazaçao" e profissionalização da CNE é a própria RENAMO que alega não existir sociedade civil em Moçambique, alega ainda que todo cidadão de bom senso é membro camuflado da frelimo. Para a RENAMO é "ou paridade ou morrem"
    Ora, não crível que alguém aceite negociar nestes termos, além de que a RENAMO revela uma grande imaturidade política ao optar pela via militar quando poderia aproveitar os inúmeros erros do governo para tirar dividendos políticos com vista às próximas eleições!
    A opção militar é em toda largura e extensão condenável e uma péssima opção sob todos os pontos de vista.
  • Eusébio A. P. Gwembe Verdade, Candido Junior. Por isso torna-se difícil compreender para onde a Renamo Resistência Nacional Moçambicana pretende jogar. É ela que se recusa da profissionalização da CNE, infelizmente. A paridade é mesmo uma entrada se saída, diga-se, um corpo de ferro com pernas de barro.
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