sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pacheco com passado sujo

Embora seja o pré-candidato com
mais experiência de governação –
entrou no Governo em 1995 como
vice-ministro da Agricultura –, José
Pacheco tem um passado com acções...
que comprometem os seus sonhos
de ser o Chefe do Estado. Em 1998,
como governador de Cabo Delgado,
houve morte de 150 membros da
Renamo por asfixia nas celas onde
estavam detidos, em Montepuez, por
protestarem os resultados das
eleições gerais de 1999.
Ainda em Cabo Delgado, Pacheco foi
associado à compra, pelo governo
provincial, de viaturas “quentes”.
Como ministro do Interior, já no
Governo de Armando Guebuza, José
Pacheco foi recebido com o crime
violento e a execução sumária de
elementos da polícia – a maioria da
brigada Mamba – e quadrilhas
perigosas, com operacionais como
Mário Mandonga e Agostinho
Chaúque.
A 1 e 2 de Setembro de 2010, uma
manifestação violenta sacudiu as
cidades de Maputo e da Matola.
Pacheco, impaciente, chamou os
manifestantes “vândalos” e marginais,
o que reacendeu a manifestação e
contestação ao Governo, além de
debates acalorados desencadeados.
Na mesma aparição, Pacheco negou
que a polícia tivesse usado balas
verdadeiras. O saldo das mani­
festações foi de 15 mortos pela polícia
e mais de 100 feridos. O caso do
menino Hélio – baleado mortalmente
pela polícia quando regressava da
escola – foi o mais dramático.
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