Convite a uma breve visita ao triângulo de Segurança Estratégia aos meus queridos camaradas:
ACEITAÇÃO: a segurança da ideia, do grupo, da família ou mesmo da integridade física depende da aceitação que tiver no meio em que se insere. PROTECÇÃO: a ideia ou o grupo para subsistir e prevalecer, precisa de protecção física permanente, com vigilantes de plantão a todo o tempo para assegurar e garantir a sua não destruição. PRESUASÃO: a ideia ou o grupo mantem-se à custa da demonstração de musculatura de violência como promessa de represálias violentas e instantâneas a qualquer tentativa de ataque ou ameaça. O partido FRELIMO, enquanto frente aglutinadora de todos os moçambicanos do Rovuma ao Maputo, sobreviveu muito tempo (cerca de 30 anos de 1962 a 1992) porque assentou a sua estratégia na aceitação. Porque aceite, o povo moçambicano bem como toda a comunidade internacional apoiou a Frelimo contra inimi...gos internos e externos, desde o regime colonial, passando dos ataques do regime de Ian Smith até à guerra movida pelo Apartheid. De 1992 até mais ou menos às eleições gerais de 2009 também superou os seus adversários políticos porque tinha alguma aceitação numa significativa franja da sociedade moçambicana, nem que alguns dos seus apoiantes mais fanáticos recorressem à algumas fórmulas menos democráticas para assegurar as vitórias. Nestas eleições autárquicas em curso, estamos a ver um partido Frelimo consciente da sua rejeição socorrendo-se das duas últimas estratégias de segurança. Queremos chamar a atenção ao facto de que, além do efeito de curto prazo, a protecção e a persuasão são estratégias extremamente caras e insustentáveis para um partido Político. Abusar da simpatia histórica e tradicional que o Partido goza de todos os segmentos da sociedade para manipular a seu favor instituições e serviços públicos como por exemplo a FIR, a PRM e as FADM a fim de garantir a subsistência do Partido e condicionar o voto nas urnas, mais do que trazer a sobrevivência do Partido, acelera dramaticamente a sua extinção. A FIR, a PRM ou qualquer oficial do exército pode intimidar alguns eleitores num e noutro momento. Mas depois, eles mesmos cansam-se. Os outros eleitores saturam-se. O processo eleitoral perde credibilidade. Os protestos aumentam de todos os lados e a anarquia instalar-se-á até que um Partido Político ACEITE pela maioria seja reconhecido efectivamente através do voto ou de qualquer outra forma de decisão pública pacifica ou violentamente. A Frelimo tem que voltar a trabalhar para ser aceite e não para ser temida. O esforço necessário para manter a protecção e persuasão política pelo uso de meios violentos não leva a lado nenhum. Na Beira, em Quelimane e em Nampula a FIR bateu e matou que baste. Mas qual foi o resultado? Parem e pensem, camaradas.See more
Convite a uma breve visita ao triângulo de Segurança Estratégia aos meus queridos camaradas:
ACEITAÇÃO: a segurança da ideia, do grupo, da família ou mesmo da integridade física depende da aceitação que tiver no meio em que se insere. PROTECÇÃO: a ideia ou o grupo para subsistir e prevalecer, precisa de protecção física permanente, com vigilantes de plantão a todo o tempo para assegurar e garantir a sua não destruição. PRESUASÃO: a ideia ou o grupo mantem-se à custa da demonstração de musculatura de violência como promessa de represálias violentas e instantâneas a qualquer tentativa de ataque ou ameaça. O partido FRELIMO, enquanto frente aglutinadora de todos os moçambicanos do Rovuma ao Maputo, sobreviveu muito tempo (cerca de 30 anos de 1962 a 1992) porque assentou a sua estratégia na aceitação. Porque aceite, o povo moçambicano bem como toda a comunidade internacional apoiou a Frelimo contra inimi...gos internos e externos, desde o regime colonial, passando dos ataques do regime de Ian Smith até à guerra movida pelo Apartheid. De 1992 até mais ou menos às eleições gerais de 2009 também superou os seus adversários políticos porque tinha alguma aceitação numa significativa franja da sociedade moçambicana, nem que alguns dos seus apoiantes mais fanáticos recorressem à algumas fórmulas menos democráticas para assegurar as vitórias. Nestas eleições autárquicas em curso, estamos a ver um partido Frelimo consciente da sua rejeição socorrendo-se das duas últimas estratégias de segurança. Queremos chamar a atenção ao facto de que, além do efeito de curto prazo, a protecção e a persuasão são estratégias extremamente caras e insustentáveis para um partido Político. Abusar da simpatia histórica e tradicional que o Partido goza de todos os segmentos da sociedade para manipular a seu favor instituições e serviços públicos como por exemplo a FIR, a PRM e as FADM a fim de garantir a subsistência do Partido e condicionar o voto nas urnas, mais do que trazer a sobrevivência do Partido, acelera dramaticamente a sua extinção. A FIR, a PRM ou qualquer oficial do exército pode intimidar alguns eleitores num e noutro momento. Mas depois, eles mesmos cansam-se. Os outros eleitores saturam-se. O processo eleitoral perde credibilidade. Os protestos aumentam de todos os lados e a anarquia instalar-se-á até que um Partido Político ACEITE pela maioria seja reconhecido efectivamente através do voto ou de qualquer outra forma de decisão pública pacifica ou violentamente. A Frelimo tem que voltar a trabalhar para ser aceite e não para ser temida. O esforço necessário para manter a protecção e persuasão política pelo uso de meios violentos não leva a lado nenhum. Na Beira, em Quelimane e em Nampula a FIR bateu e matou que baste. Mas qual foi o resultado? Parem e pensem, camaradas.See more
ACEITAÇÃO: a segurança da ideia, do grupo, da família ou mesmo da integridade física depende da aceitação que tiver no meio em que se insere. PROTECÇÃO: a ideia ou o grupo para subsistir e prevalecer, precisa de protecção física permanente, com vigilantes de plantão a todo o tempo para assegurar e garantir a sua não destruição. PRESUASÃO: a ideia ou o grupo mantem-se à custa da demonstração de musculatura de violência como promessa de represálias violentas e instantâneas a qualquer tentativa de ataque ou ameaça. O partido FRELIMO, enquanto frente aglutinadora de todos os moçambicanos do Rovuma ao Maputo, sobreviveu muito tempo (cerca de 30 anos de 1962 a 1992) porque assentou a sua estratégia na aceitação. Porque aceite, o povo moçambicano bem como toda a comunidade internacional apoiou a Frelimo contra inimi...gos internos e externos, desde o regime colonial, passando dos ataques do regime de Ian Smith até à guerra movida pelo Apartheid. De 1992 até mais ou menos às eleições gerais de 2009 também superou os seus adversários políticos porque tinha alguma aceitação numa significativa franja da sociedade moçambicana, nem que alguns dos seus apoiantes mais fanáticos recorressem à algumas fórmulas menos democráticas para assegurar as vitórias. Nestas eleições autárquicas em curso, estamos a ver um partido Frelimo consciente da sua rejeição socorrendo-se das duas últimas estratégias de segurança. Queremos chamar a atenção ao facto de que, além do efeito de curto prazo, a protecção e a persuasão são estratégias extremamente caras e insustentáveis para um partido Político. Abusar da simpatia histórica e tradicional que o Partido goza de todos os segmentos da sociedade para manipular a seu favor instituições e serviços públicos como por exemplo a FIR, a PRM e as FADM a fim de garantir a subsistência do Partido e condicionar o voto nas urnas, mais do que trazer a sobrevivência do Partido, acelera dramaticamente a sua extinção. A FIR, a PRM ou qualquer oficial do exército pode intimidar alguns eleitores num e noutro momento. Mas depois, eles mesmos cansam-se. Os outros eleitores saturam-se. O processo eleitoral perde credibilidade. Os protestos aumentam de todos os lados e a anarquia instalar-se-á até que um Partido Político ACEITE pela maioria seja reconhecido efectivamente através do voto ou de qualquer outra forma de decisão pública pacifica ou violentamente. A Frelimo tem que voltar a trabalhar para ser aceite e não para ser temida. O esforço necessário para manter a protecção e persuasão política pelo uso de meios violentos não leva a lado nenhum. Na Beira, em Quelimane e em Nampula a FIR bateu e matou que baste. Mas qual foi o resultado? Parem e pensem, camaradas.See more
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