quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dhlakama terá mandado evacuar pai

 

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A polícia diz ter encontrado material bélico na residência do pai de Afonso Dhlakama, no distrito de Chibabava, em resposta a uma suposta denúncia e se apoiando num mandado judicial. Entretanto, o Dhlakama-pai não se encontrava na residência, aparentemente evacuado a mando do filho.
Jorge Khálau, comandante da Polícia, sustenta ser obrigação da corporação recolher as armas junto das residências, para evitar que as mesmas sejam utilizadas para assassinar cidadãos.
Fontes do ET disseram, no entanto, que Dhlakama-pai não se encontrava na residência quando a polícia entrou em acção, pois havia sido supostamente evacuado quando informadores da Renamo tomaram conhecimento da operação policial.
Dhlakama-pai terá sido levado, posteriormente, numa aeronave para um lugar seguro e incerto, aparentemente junto ao filho, cujo paradeiro ainda é desconhecido.
Na semana passada, dois helicópterios, que se julga militares, teriam aterrado no cimo de uma montanha, na Serra da Gorongosa, onde se suspeitava que Afonso Dhlakama se encontrava após ter sido escorraçado da sua residência de Santhundjira.
Ninguém sabe, ao certo, se os dois helicópteros – aterraram e levantaram voo em momentos diferentes – levaram consigo Afonso Dhlakama.
Os informadores do ET não dizem, em concreto, onde Afonso Dhlakama possa se encontrar, admitindo que “tanto pode estar ainda no interior do país” sem colocar a hipótese de o presidente da Renamo já se encontrar no estrangeiro “mas nunca nos países SADC” nem no continente africano.
Sem darem a cara, e perante insistência, acabam dando uma pista.
“Pode estar na Europa” assim como pode, ainda, se encontrar em território nacional. E para confundir ainda mais, as mesmas fontes anotam que Afonso Dhlakama “até pode estar na cidade de Maputo” de onde, admitem, pode estar a desenhar um plano estratégico de ataque final ao poder frelimista e a dirigir os ataques que têm acontecido um pouco pelas províncias de Sofala e de Nampula.
Santhundjira e Marínguè
Os informadores do ET insistem que Santhundjira era “residência” de Afonso Dhlakama, uma espécie de sala de visitas, onde recebia mediadores e jornalistas, e não uma base da Renamo.
Mesmo durante a guerra civil, que terminou em 1992, Santhundjira nunca foi base da Renamo.
A base era Casa Banana e Santhundjira apenas um local histórico da Renamo, onde existe uma pequena pista de aterragem, tal como em Marínguè.
Quando a tropa governamental atacou Casa Banana, nesse período de guerra civil, Dhlakama não estava lá, por ter fugido primeiro para Sananthundjira, de onde continuou a fuga dias antes do referido ataque, tal como na invasão militar de 21 de Outubro.
Santhundjira “é um local a conservar e a preservar”.
Marínguè está na mesma linhagem. Durante a guerra civil, Marínguè acolheu a base central da Renamo, tendo o agora partido se apoderado de todo o distrito.
Neste momento, de acordo com as fontes anónimas que temos vindo a citar, a antiga guerrilha está a combater a tropa de modo a recuperar Marínguè, tal como durante a guerra civil.
O objectivo “é permitir que a Renamo realize as suas incursões” a partir daquele distrito, e sustentam: “ainda bem que a população abandonou a zona, o que permite uma maior mobilidade dos desmobilizados da Renamo” contra a tropa.
Em Marínguè existem duas pistas de aterragem, uma maior que a outra. Uma das nossas fontes diz ter tomado parte na construção daquelas pistas, num processo penoso e feito manualmente, sem a ajuda de uma máquina.
As pistas recebiam aviões de pequeno porte, para o descarregamento de armamento e de mantimentos para os guerrilheiros e para a cúpula da Renamo.
Após a desmobilização, custeada pelas Nações Unidas, recordam os nossos interlocutores anónimos, os guerrilheiros construíram as suas residências, palhotas, umas próximas das outras, onde residiam com as respectivas famílias. No entanto, sempre disponíveis para o cumprimento de uma ordem, de tal modo que, na zona, tinham o seu comandante.
Os equipamento bélico, esse, havia sido escondido a escassos quilómetros da zona residencial, para onde se faziam uma rigorosa vigilância e sistemática manutenção, ao longo dos 21 anos que separaram a assinatura do Acordo Geral de Paz e aos nossos dias.
“Dado o alarme, as armas que estavam escondidas, foram recuperadas e já se encontram em poder dos desmobilizados” da Renamo, com as quais fazem frente à tropa.
O General António Elias, ex-Renamo e que supostamente teria comandado a tropa que invadiu a residência de Dhlakama em Santhundjira, “foi morto em Marínguè” após intensos combantes com os seus antigos colegas da Renamo.
António Elias desertara da Renamo ainda durante a guerra civil, indo para o Malawi, de onde teria regressado a Moçambique e agora ao serviço do governo da Frelimo “para mostrar o segredo da Renamo nas matas que muito bem conhecia”.
Em síntese, as fontes sublinham: Santhundjira e Marínguè “são para serem recuperados” por serem lugares históricos da Renamo, desde os tempos da guerra civil.
No caso de Santhundjira, os militares que se encontram a guarnecer o local, são sistematicamente atacados por homens armados. “Quando vão em busca de água, no rio próximo, são atacados; quando vão tomar banho, são atacados; qualquer movimento que realizam, são atacados”, sublinham os informadores do ET, acrescentando que os ataques são feitos por pequenos grupos de guerrilheiros, que fazem escalas até que psicologicamente os militares se sintam derrotados, “como já está a acontecer”.
EXPRESSO – 13.11.2013

Comments

1
Francisco Moises said...
Tudo parece cheirar mal contra o Guebuza e o seu regime. O ataque a Sandjunjira assume um pouco, senao muito o desgraçado plano dos militares frances em Dien Bien Phu no Vietname do norte em 1954, onde os franceses tomaram de assalto uma posiçao militar dos Vietminhs e colocaram tanques e armas pesadas a espera dos vietminhs para atacar e para moe-los com a sua artilharia. E no fim ao cabo foram eles que foram moidos pela artilharia dos Vietminhs.
A Renamo, com os vietminhs reconheceram a fraqueza do plano francês, tambem reconhecem a franqueza do plano da Frelimo. Agora cercam a posicao frelimista, outrora do bandido armado-mor Afonso Dhlakama, impossibilitando toda e qualquer actividade pela tropa frelimiana: a soldadesca frelimiana nao pode ir cagar em arredores da base, nao podem passear, nao pode ir fazer patrulhas, nao pode ir buscar a agua or banhar no rio ao lado nem pode dormir em paz. O tempo esta ao lado da Renamo que aperta o cerco e embosca os esforços para abastecer a tropa frelimiana em Sandjunjira.
Tal como aconteceu aos franceses em Dien Bien Phu, os soldados da Frelimo poderao nao ter nenhuma outra saida senao renderem-se a Renamo ou serem moidos pelos combatentes da Renamo, o que ja esta acontecendo.
As armas dos terroristas Frelimo estao caindo nas maos dos bandidos armados da Renamo.
Quando o Guebuza vê os ses sonhos desbarratados poruqe os seus curandeiros lhe aconselharam mal, ele entra em confusao tremenda até nao sabendo o que falar. É como se os espiritos malagnos ja se amparraram dele e da sua pequena cabeça redonda. Ora diz que esta preocupado com o paradeiro do cidadao Dhlakama, ora convida o Dhlakama para ir a Maputo par aum encontro no dia 8 de novembro, ora diz que ao atacar Sandjunjira nao tinha o plano de assassinar Dhlakama e ora ordena o ataque a uma alegada base da Renamo em Morrumbala com a esperança de matar o Dhlakama
Quere ele convencer o Dhlakama que ele nao quere mata-lo? Ele ja viu Dhlakama a planear combates como Hercules, o tal mitico de guerra grego? Que aqueles que acreditam que eram os sul-africanos que planeavam para ele, que continuem a se iludir. Dhlakama pode ser um pulha na politica, mas nao é um pulha militar.
Nem Dhlakama precisou de viver em nenhum pais vizinho durante a guerra civil como os tais auto-proclamados libertadores faziam vivendo em Dar-Es-Salaam.
As novas das frentes sao muito desagradaveis para o Guebuza. Pouco a pouco, a sua desgovernaçao frelimista-frelimiana começa a perder o controlo em Maringue, que ja começa a se afirmar como uma nova zona libertada da Renamo; e em Gorongosa. A movimentaçao nas estradas esta sendo dificil nao so em Sofala como tambem em Nampula, onde tradicionalmente os Macuas sempre desgostaram da Frelimo -- macuas estes que forneceram o maior numero de combatentes para a Renamo durante a guerra civil.
Sera a questao de tempo antes que outras partes do pais no sul e no norte ardam.
Guebuza e o seu regime sao altamente impopulares. E as palavras GUEBUZA FORA se ouvem com frequencia no covil do proprio Guebuza de Maputo.
A populaçao que entra para viver nas matas nao gosta nada da Frelimo cuja soldadesca lhe roubou ou rouba patos, galinhas, porcos, cabritos, malas, sapatos e comida como o anciao Zequeu Manuel (Jequece Manueri) reclamou falando em lingua sena a um reporter da TV. Um outro fulando, falando em português imediatamente depois das declaraçoes do Zequeu Manuel, até chegou de se referir a Dhlakama como "o nosso lider."
A insegurança, muito desfavoral ao regime guebuzista, implanta-se no pais. A impresa Rio Tinto e a sua congenera brasileira encarregadas de explorador o carvao de Moatize entraram em panico, tendo a impresa britanica Tinto pedido aos familiares dos seus empregados para deixarem Moçambique.
Os americanos acabam de dizerem aos seus cidadaos para se meterem a pau da situaçao em Moçambique.
Os Tugas ja afluem a sua embaixada para se fazerem inscrever que é para poderem embarcar o mais apressadamente possivel para se salvarem as vidas na calmia da Tugalandia.
O Zimbabwe diz que alguns refugiados ja começaram a entrar no Zimbabwe e esperam um fluxo maior.
Tudo isto soa mal, o mano Guebuza! o situaçao vai malando. Ja esta arrumar as malas para Nachingwea, alias para Dar Es salaam? Voce sempre vivia em Dar Es Salaam. Nao podia aturar viver naquela mata de Nachingwea e muito menos das entao chamadas zonas libertadas da Frelimo.
2
ZACARIA said...
Boa tarde .,
Bem eu até posso acreditar que o Afonso Dhlakama estivesse em Maputo ,e até tenha ido ao palácio do A.Guebuza conforme o convite ,mas ele não estava lá,estava sim , em Gaza com os agricultores ........
Saudações Cordiais,.,
3
Rosania do rosario said...
Já se sabe que esta em casa de Chissano no Maputo.
4
umBhalane said in reply to umBhalane...
Passemos à matéria.
Um "bom" texto para encher pneus.
Nem para boi dormir já serve!
Até boi vai lhe recusar.
"Palha" de muito má qualidade - cabritos comem onde estão amarrados.
O líder incontestado, o sábio, ubíquo, omnipresente, altíssimo, o mais inteligente dos inteligente, o supremo guia espiritual, o grande condutor, ..., chirra, como cansa!
ele mesmo, já falou que Dhlakama não pode estar em todo o lado.
Lembram?
Agora...estes agitadores, apóstolos das desgraças, desencaminhadores do amado Povo, serventuários de patrões estrangeiros,...estão de complicar.

Eu penso de que Guebuza quer mandar Dhlakama para o "Céu".
Só isso.

Guebuza é muito religioso.

Na luta do povo ninguém se cansa

E sempre a dizer, sem cansar,
Fungula masso iué (abram os olhos)

A LUTA É CONTÍNUA
5
umBhalane said...
Sadjundjira, Santungira, Santunjira, Satungira, Satunjira, Santhunjira,…
…Santhundjira…
Esta, Santhundjira, já é nova!
Ainda nem tinha na minha colecção!
…, não sei mais outros.

Agora que já somos independentes, até que escrevemos conforme.
Eish…………

Na luta do povo ninguém se cansa.

E sempre a dizer, sem cansar,
Fungula masso iué (abram os olhos)
A LUTA É CONTÍNUA

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