“Pôr Armando Emílio Guebuza completamente no ridículo!”
Reflexão (161)de: Adelino Buque
A expressão que assume o título desta reflexão está no último parágrafo do editorial do semanário Canal de Moçambique, de 11 de Setembro de 2013, página 6. Para uma melhor compreensão do estimado leitor que, eventualmente, não tenha lido esse semanário, aqui reproduzo na íntegra o referido parágrafo: "mas, sinceramente, sentimonos lisonjeados com os programas elogiosos a um Guebuza omnipresente e omnipotente, porque finalmente isso permite-nos elogiar quem conseguiu de facto fazer o que nós ainda não tínhamos conseguido: pôr Armando Emílio Guebuza completamente no ridículo”. O sublinhado é meu. Tratando-se de um editorial que, segundo as regras jornalísticas, reflecte o posicionamento da linha do jornal, fica esclarecida a agenda do semanário Canal de Moçambique: “pôr Armando Emílio Guebuza completamente no ridículo”, feito que, de acordo com o editorial, ainda não tinha conseguido lograr. Interessante é trazer o título do referido editorial que é “GUEBUZA É QUE FEZ, GUEBUZA É QUE FAZ?" que pretende debruçar-se sobre as peças seguidas de debate sobre "Balanço da Governação do Presidente Armando Emílio Guebuza”.
Nem Vladimir Putin nem Barack Obama venceram
Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Frente a frente na Síria
Lavrov e Kerry podem fazer história…
Para quem tinha dúvidas sobre o fim real da hegemonia unipolar, os últimos acontecimentos na Síria, travão dos bombardeamentos americanos e regresso à diplomacia são mais do que elucidativos.
Numa jogada como que de mestre de xadrez o presidente russo depois de uma recusa persistente de aprovar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU veio com uma genial ideia para evitar o confronto militar generalizado numa região sensível do mundo.
Sua proposta que é basicamente colocar o arsenal químico sírio sob controlo internacional veio desanuviar o ambiente político naquela região.
Os defensores de um ataque demolidor viram-se obrigados a recuar nas suas pretensões. Os po vos de todo o mundo aplaudem.
Perguntas do Zé Povinho Perguntador
Canal de Opinião por Adelino Timóteo
Agora que alguns órgãos de comunicação públicos se desdobram a falar das realizações do Presidente, um cidadão, Zé Povinho, perguntador, veio ter comigo. Perguntou-me porquê tudo se centra na pessoa do Presidente, tal como se o Presidente seja um Hércules. Ele disse assim:
Ninguém fala dos governadores, ninguém fala dos administradores, nem dos PCA’s, muito menos dos chefes dos postos administrativos.
Ninguém fala de mais ninguém que não seja o Presidente. Ninguém fala dos presidentes das autarquias.
Pior do que isso, ninguém fala dos operários, dos humildes trabalhadores. Dizem que tudo foi o Presidente que fez e parece que na construção da Ponte de que ele próprio é patrono não havia mais ninguém senão ele a conduzir toupeiras. Parece que nenhum projecto existiu antes dele.
15/09/2013
A CONCP, A SOLIDARIEDADE ENTRE IRMÃOS
A CONCP, Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, quando se criara, assentava em organizações nacionais e visava coordenar, em particular, a acção diplomática. A sua criação, em 1960 em Rabat, no Marrocos, deu maior projecção à nossa causa comum de libertação nacional. Numerosos países e organizações da África, da Ásia e do Leste da Europa assistiram à criação da CONCP.
De Angola participou como fundador o MPLA. Elegeu-se para Presidente Mário Pinto de Andrade, que dirigia o MPLA. Agostinho Neto, na altura sem qualquer julgamento detido pela PIDE e deportado para Cabo Verde, não ocupava posições nos órgãos de direcção do MPLA, embora a organização o houvesse designado Presidente de Honra. Marcelino dos Santos representou a UDENAMO e elegeram-no Secretário-Geral da CONCP. No número 6 da Rua Paul Tirard, em Rabat, instalou-se a sede da CONCP, que aí funcionou até 1965, altura em que se mudou para a Argélia.
O Governo Marroquino, o Rei Mohamed V, o Ministro para Assuntos Africanos, Dr. Abdel Remane Khatibe e o poeta e Ministro da DefesaAhardane, apoiaram a CONCP, ofereceram o seu país para o treino dos combatentes do PAIGC e do MPLA. O Grupo de Casablanca que integrava os Estados mais progressistas do continente e que reconheciam o GPRA, Governo Provisório da República Argelina. O Gana, a Guiné (C), o Mali, o Egipto, o Marrocos e o GPRA integravam o grupo.
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JHAU - do coração do Estado de S.Paulo para o mundo
Crónicas de Sylvia Gallanni publicadas em O AUTARCA da cidade da Beira(Moçambique).
Leia aqui
14/09/2013
Guebuza exonera Paulo Zucula e nomeia para o seu lugar Gabriel Muthisse
O Presidente da República, Armando Guebuza, exonerou hoje Paulo Francisco Zucula do cargo de Ministro dos Transportes e Comunicações.
Num outro dispositivo legal, o chefe do Estado exonerou Gabriel Serafim Muthisse do cargo de Vice-Ministro das Pescas e nomeou-o para o de Ministro dos Transportes e Comunicações.
Zucula exercia o cargo desde de Marco de 2008, sucedendo António Munguambe.
RM/AIM – 14.09.2013
Mandatos presidenciais dividem burundeses
A CLASSE política burundesa mantém-se dividida no debate em curso no país sobre a interpretação exacta dos textos de lei sobre o número preciso de mandatos presidenciais autorizados, na aproximação das eleições gerais de 2015.
O Conselho Nacional para a Defesa da Democracia/Forças de Defesa da Democracia (CNDD-FDD) iniciou o debate no domingo, por ocasião da celebração do terceiro aniversário da vitória do partido presidencial nas eleições gerais de 2010, sustentando que o actual chefe de Estado, Pierre Nkurunziza, eleito pela primeira vez em 2005, no sufrágio indirecto pelo Parlamento, pode candidatar-se novamente em 2015 sem violar a lei fundamental vigente no país.
De acordo com o presidente do CNDD-FDD, Pascal Nyabenda, em 2015, o Presidente cessante candidatar-se-á a um segundo e não um terceiro mandato “no sufrágio universal”, porque, em 2005, não houve convocação de toda a população com idade de votar, mas antes a dos deputados e senadores.
De acordo com o presidente do CNDD-FDD, Pascal Nyabenda, em 2015, o Presidente cessante candidatar-se-á a um segundo e não um terceiro mandato “no sufrágio universal”, porque, em 2005, não houve convocação de toda a população com idade de votar, mas antes a dos deputados e senadores.
Autarquia de Mueda com crise de água potável
A vila municipal de Mueda, extremo norte da província de Cabo Delgado, encontra-se mergulhada numa severa crise de água potável, uma situação que caminha para o terceiro mês consecutivo.
De acordo com o director do Sistema de Abastecimento de Água de Mueda, Cristiano André, a crise do precioso líquido é resultado da fraca precipitação pluviométrica registada no início do presente ano, facto que não contribuiu para a sua retenção na fonte, concretamente no sistema de captação de Chude, arredores daquela urbe. Afirmou que nos próximos dias a situação poderá agravar-se devido à pressão dos consumidores que se aglomeram nas torneiras abastecidas pelo sistema de Chomba que, neste momento, garante o mínimo do precioso líquido aos munícipes da vila de Mueda.
"39 Anos Depois" o re-encontro de Rui de Campos com o cheiro da terra Moçambicana
Histórias verídicas dum regresso à terra moçambicana
Nasceu na capital moçambicana quando ela era conhecida como Lourenço Marques. Regressa 39 anos depois de ter saído, reencontrou amigos de infância, juventude, lugares que conheceu, hoje com uma vida diferente. Reencontrou o cheiro da terra. Da sua terra.
Ouça aqui
Chama-se Rui de Campos. Gosta de escrever. Uma amiga professora de Português diz-lhe que tem dom para a escrita. E assim nasceu, e renasceu, 39 anos depois como pessoa e em livro. Um livro que será publicado no dia 27 deste mês. O título? “39 Anos Depois”
Rui começou por escrever e publicar curtas histórias na sua página no Facebook que lhe valeram palavras de encorajamento de amigos e conhecidos. Queriam mais. E o seu reencontro com Moçambique serviu de pano de fundo para estórias, de vários tamanhos, de e com varias pessoas. “39 Anos Depois.”
Rui começou por escrever e publicar curtas histórias na sua página no Facebook que lhe valeram palavras de encorajamento de amigos e conhecidos. Queriam mais. E o seu reencontro com Moçambique serviu de pano de fundo para estórias, de vários tamanhos, de e com varias pessoas. “39 Anos Depois.”
13/09/2013
Pedimos a responsabilização de quem entregou armas do Estado à Macro Segurança
Canal de Correspondência por Membros da PRM
Exmo Sr. Director/Editor do Jornal Canal de Moçambique
Na sua edição de 28 de Agosto de 2013, o vosso semanário publicou um artigo com o título “Empresa de Khalau usa armas do Estado”, assinado pelo Jornalista Matias Guente. É sobre este assunto que nós, membros da PRM, gostaríamos, com a vossa permissão, de tecer algumas considerações.
A empresa de segurança privada Macro Segurança, Limitada, pertence de facto ao Inspector-Geral da Polícia, Jorge Henriques da Costa Khalau, Comandante-Geral da PRM, o qual detém 50% das acções, sendo que 30% pertencem ao General na reserva João Facitela Pelembe e 20% ao senhor Amândio da Graça Vasco Zandamela.
Portanto, o nome do filho do Comandante Khalau como accionista é uma fachada, uma vez que Khalau por lei não pode registar a empresa em seu nome. Normalmente os oficiais da Polícia registam estas empresas em nome das esposas, mas como se sabe que Khalau não tem esposa fixa optou por registar em nome do filho.
Quando Moçambique ficou independente em1975, João Facitela Pelembe, Major-General na reserva, um dos accionistas da Macro Segurança, foi nomeado primeiro Governador da Província de Inhambane e o Jorge Henriques da Costa Khalau o primeiro Comandante Provincial do então Corpo da Polícia de Moçambique (CPM) naquela Província, portanto é onde surgiu esta parceria que une os dois generais até hoje.
"Viva Guebuza, guia incontestável de todos nós"
Canal de Fotografia por Borges Nhamirre
O primeiro hino nacional de Moçambique, da República Popular de Moçambique, começava assim: “Viva, viva a FRELIMO, guia do povo moçambicano…”
Pelos vistos a Frelimo encarnou-se no seu actual presidente. Vejamos hoje quem é “o guia de todos nós” (fotografia tirada quinta-feira no Estádio Nacional do Zimpeto).
CANALMOZ – 13.09.2013
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Guebuza é que fez, Guebuza é que faz?
Há cerca de dois meses, a Televisão (Pública) de Moçambique (TVM) iniciou a projecção de “programas”, seguidos de debate, intitulados “Balanço da Governação do
Presidente Armando Emílio Guebuza”. Longe de neles se fazer o balanço do desempenho do Governo de Moçambique na sua dimensão plena, do desempenho – positivo e negativo – da máquina da administração pública do Estado moçambicano, centra-se tudo na pessoa do chefe de Estado, Armando Guebuza, como se não existisse mais ninguém a trabalhar no País, como se tudo o que se fez tenha sido feito só por Guebuza e como se o que não se fez Guebuza não tenha culpa disso. São peças televisivas espectaculares porque nelas a culpa de tudo o que está mal é dos outros. Guebuza só fez coisas boas. Que maior atestado de incompetência se poderia passar aos outros!? Nunca visto!
Nas ditas “reportagens” e nos depoimentos, Armando Guebuza é tido como um ente omnipresente, cuja obra individual alcança todos os sectores, como se de um ser omnipotente se tratasse.
Renamo reafirma interesse do seu líder em dialogar com Guebuza
Em qualquer parte do país
A Renamo considera “infundado e falacioso” o discurso segundo o qual Afonso Dhlakama não quer encontrar-se com o Presidente da República, Armando Guebuza. Para o maior partido da oposição, este encontro pode ser realizado em qualquer parte do país.
Assim, a “perdiz” convocou a imprensa, ontem, para reafirmar o interesse do seu líder Afonso Dhlakama, em se encontrar com Armando Guebuza em qualquer parte do país. A Renamo reiterou que o Governo deve retirar os homens das Forças de Defesa e Segurança instalados em Gorongosa. “Como é que se escapa se ele tem uma equipa a tempo inteiro, que discute todas as segundas-feira, dias de folga do ministro Pacheco, com o Governo. Reafirmamos a predisposição do presidente Afonso Dhlakama, para se encontrar com o senhor Armando Guebuza, investido nos poderes de Chefe do Estado e Comandante em chefe das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique”, disse o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga.
Mamparra da semana: Tribunal Administrativo
Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
O mamparra desta semana é mais uma vez o Tribunal Administrativo (TA), que acaba de ser mamparrado pelos doadores que financia(va)m as suas actividades.
Os fundos daquela instituição, cuja primordial tarefa é fiscalizar as contas do Estado, estavam a ser abusivamente usados por parte dos cérebros daquela instituição. O dinheiro estava a ser usado para o corte de cabelo!!!!!
Que raio de Presidente da República é o nosso “querido Guebuza” que ainda não se pronunciou sobre esta roubalheira? Sabemos nós, pela Lei-Mãe, a nossa Constituição da República, que quem mais poderes tem é ele. Quem pode demitir e nomear outras pessoas para ocuparem o cargo mais alto no TA também é ele!
Porque ainda não o fez o nosso Presidente? Estará a leste do assunto? Em tempos não muito remotos, veio à superfície a roubalheira que andava no Concelho Constitucional e o então ilustre Presidente daquele órgão, Luís Mondlane, cuja esposa tratava dos dentes em Lisboa, Portugal, com o dinheiro dos contribuintes, acabou por ser afastado.
EDITORIAL: Os pregadores da auto-estima
Não há nada mais obsceno do que ter o destino de uma nação confiado a um grupo de pessoas vaidosas que, por alguma carga de água, se considera “dono do país”. Não existe algo mais repugnante e, ao mesmo tempo, revoltante do que um Governo que sistematicamente demonstra desprezo absoluto por alguns direitos fundamentais da população moçambicana.
Hoje parece que ninguém tem dúvidas de que o único sentido de economia que os “donos do país” conhecem é o de esbanjamento dos bens públicos. E, de forma inescrupulosa, pregam a doutrina de auto-estima, à semelhança dos fervorosos pregadores neopentecostais que “vendem” esperança ao já sofrido povo moçambicano.
Na verdade, os empreendedores evangélicos, que brotam a cada esquina do país qual cogumelos depois da chuva, têm alguma réstia de sentimento, porque, em troca de dízimos e ofertas alçadas, prometem curas milagrosas e prosperidade. Porém, não é o caso dos pregadores da auto-estima. Estes são asquerosos, insensíveis e, em lume brando, prosseguem, indiferentes ao eleitor, ao povo e à opinião pública.
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