de qualidade de vida do cidadão, a Renamo procura semear a tempestade.
Dizem-se moçambicanos mas se vangloriam de matar moçambicanos quando querem e lhes apetece, assim como de destruir bens individuais e propriedades do estado. Julgam-se senhores da guerra e da paz em pleno século XXI, e segundo o próprio chefe, como estratégia tácita para obrigar o governo a fazer as cedências por ele pretendidas.
Estas são as credenciais da Renamo e não são de hoje. Quem conhece a Renamo sabe qual o seu DNA. Formam um embuste político herdado do AGP, apontado directamente ao coração dos patriotas moçambicanos. Moçambique não está em guerra, mas o espelho da paz vive há muito quebrado por uma Renamo cuja postura política e militar foi sempre um bloqueio à democracia.
A Renamo, através do seu porta-voz, vem propalando vitórias quando diz ter morto vários militares moçambicanos. Onde estão os corpos? Ou a fotografia das vítimas?
O desespero da Renamo é total. A estratégia de alto risco montada por seus assessores estrangeiros de pressionar o executivo com imposições inconstitucionais não produziram o efeito desejado. Um acordo político esteve sempre fora de questão, há que se respeitar o princípio de separação de poderes, e o governo jamais irá contra a Carta Magna. Por outro lado a Constituição da República não dispõe de artigos a preverem a paridade no CNE e STAE.
Assim, a Renamo corre o risco de ficar fora de todo o processo político legal moçambicano e por culpa própria. Este comportamento tipológico da Renamo, sempre à beira do precipício, apenas poderia ter como fim o suicídio político.
No início do seu historial com o suporte financeiro e matéria dos racistas sul-africanos tentaram derrubar o regime anterior. Não tendo conseguido, agora com orientação estratégica dos seus assessores também estrangeiros, intentaram ingloriamente contra a democracia com propostas inexequíveis.Com efeito o que Renamo pretendia com a paridade era dar uma machadada ilegal à democracia e vir aí à tona reclamar um pressuposto governo de transição ou de unidade nacional, conforme alguns dos seus líderes andaram por aí a pregar.
Nessa estratégia furada da Renamo viu-se a ambição desmedida do poder e a falta de respeito e quase desprezo a partidos do MDM e aos partidos extraparlamentares. Quem saiu gravemente enfermado de frustração neste esvaziado diálogo é a própria Renamo.
O desarmamento incondicional da Renamo seria panaceia indispensável a mediar a transformação da Renamo em partido político, no entanto a premissa não encontrou o eco desejável da beligerante liderança tribal da organização. Os moçambicanos lidam com uma forma idiota de fazer política, aplaudida por um ou outro dos ditos parceiros económicos que por motivos de interesse foi considerando legal o jogo letal de chantagens, embora conscientes de que nos seus respectivos países este tipológico comportamental seria inadmissível e punido perante a lei.
O governo deve estar ciente que ao defender a integridade da Carta Magna não irá acalmar as hostes e quadrantes adversários internos e externos do regime, que por motivos ideológicos e económicos estarão sempre do lado contrário da barricada. Se a tão propalada proposta de revisão à Lei eleitoral da parte da Renamo não chegou a tempo ao parlamento, cuja sessão extraordinária encerrou há poucas semanas, foi mais uma oportunidade perdida pela Renamo. No fundo a Renamo nunca esteve interessada em participar nestas eleições, porque o que interessa à organização de Dhlakama não é a democracia mas o poder a qualquer preço. A mudança do líder da Renamo de Nampula para Satundjira enquadrava-se nesse contexto estratégico, tendo em vista pressionar o executivo com as suas exigências.
Não pode haver uma revisão pontual da constituição apenas para acomodar as pretensões e agenda da Renamo contra a vontade e participação de todos moçambicanos. Ora, com as eleições autárquicas à porta e as legislativas e presidenciais para o próximo ano, tendo em conta as ameaças de boicote aos escrutínios eleitorais, o governo reserva-se no direito a uma acção preventiva; e face à relutância da Renamo em desarmar-se, as FADM e o povo moçambicano devem estar preparados para tudo. O povo moçambicano deseja paz e estará sempre do lado do partido Frelimo e do governo contra os inimigos da soberania nacional.
A opção colocada ao governo moçambicano na conjuntura actual, não sendo fácil, obriga a ponderar várias opções contra os agentes da desestabilização entre as quais aquela que talvez menos apelativa ao momento de desenvolvimento económico. Os moçambicanos têm sido pacientes e escutado impropérios contra o Chefe do estado, manifestações tribalistas e chantagens de todo tipo, incluindo potencial declaração da independência de uma província ou a divisão do país ao meio. Perante este quadro, uma acção armada em nome da Constituição da República contra o tribalismo animal desenpacotado em Sutundjira é uma opção a ter em conta. Há muito que o líder da Renamo e alguns dos seus líderes se transformaram em forças de bloqueio económico num ambiente de guerra não declarada. É preciso fundar uma economia em torno do velho conceito de prosperidade, que é algo mais que crescimento económico ou riqueza material. Temos recursos naturais em abundância e recursos humanos formados e em formação que nos enchem de esperança num quadro mais regulado em conformidade com padrões universais para almejarmos uma vida melhor com a estabilidade desejável.
Não somos pela guerra mas o recurso às armas foi a única opção que nos foi colocada aquando do colonialismo. Hoje perante as evidências que o adversário é contra o desenvolvimento de Moçambique e de todos nós independentemente do credo político ou religioso. O futuro não pode ser adiado e os mocambicanos não podem viver prisioneiros do medo.
A Luta Continua!
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