sexta-feira, 12 de julho de 2013

Agentes da FIR fazem-se passar por homens da Renamo e assaltam civis

Agentes da FIR fazem-se passar por homens da Renamo e assaltam civis

O comando da PRM em Manica não confirmou o facto, mas alguns agentes da corporação reiteraram o facto
Cinco agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR) encontram-se en­carcerados no seu quartel, no Bairro 7 de Abril, no Chimoio, província de Manica, acusados de se fazerem passar por homens armados da Renamo e protago­nizarem assaltos a civis na Estra­da Nacional número 1 (EN1).
Trata-se de elementos envolvi­dos no contingente policial que se encontrava em serviço de guarni­ção no posto de controlo de trá­fego e mercadorias de Inchope, no distrito de Gondola, afectos àquele unidade desde finais do ano passado, altura em que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, fixou-se em Santungira, no posto administrativo de Vunduzi, distri­to de Gorongosa, Sofala.
Fazendo aproveitamento da si­tuação e violando a missão para que foram incumbidos, os agen­tes, envergando roupa civil e em­punhando armas de fogo, simu­laram assaltos na região de Muda Serração, a aproximadamente 10 quilómetros do posto de Inchope.
O comando provincial da PRM de Manica continua a gerir sigi­losamente esta informação. Por isso, negou ter havido detenção de elementos da FIR.
“A polícia não tem nenhuma informação à volta de uma pro­vável detenção que envolva mem­bros da FIR e, se tivéssemos tido, não estaríamos a nos pronunciar porque estas atitudes não dignifi­cam a corporação e não teríamos porquê escondê-los”, disse o chefe do Departamento de Relações Pú­blicas do Comando Provincial da PRM em Manica.
Fontes da corporação em Mani­ca confirmaram à nossa equipa as detenções. De acordo com o nosso inter­locutor, cinco elementos da FIR foram detidos em consequência deste acto. Questionados sobre motivos pelos quais o Comando da PRM preferiu não se pronunciar, as fon­tes garantiram que há receio de que esta informação venha causar impacto negativo, numa altura em que o país vive momentos de tensão.
O PAÍS – 12.07.2013

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