Lembre-se da estratégia da Frelimo em http://ambicanos.blogspot.pt/2013/06/liquidar-renamo-para-intimidar-o-mdm-e.html
O cenário de uma deterioração da estabilidade em Moçambique, por efeito directo de uma acentuação de tensões políticas e/ou ressurgimento de um ambiente de violência, tornou-se nos últimos dias “mais provável”.
Factores especialmente considerados em análises sobre o assunto: a) as disputas políticas entre o regime e a Renamo caíram num impasse contrário a tendências do antecedente; ambas as partes têm dificuldades em superar o impasse pela via negocial por receio de danos como “perder a face”; b)o regime não denota intenção de fazer concessões à Renamo ou só aceita fazê-lo de forma mitigada e numa posição de força, por forma a que o seu gesto possa ser considerado de magnanimidade e não uma cedência; c)a Renamo não tem margem de recuo para as exigências que apresentou ao Governo e de cuja satisfação fez depender o fim do “acantonamento” do seu líder, Afonso Dhlakama; empregou toda a sua capacidade de pressão política para impôr as suas exigências e, por esgotamento da mesma, tenderá a passar a “uma fase superior de luta”, como alternativa ao seu próprio desprestígio/definhamento.
Entre os factores que mais decisivamente terão contribuído para o anuviamento por que a situação passou, afastando-a de uma realidade anterior, diversa (AM 760), avultam a chamada “complicação” diálogo Governo/Renamo e a ocorrência de um incidente militar grave – assalto a um paiol militar, em Savane, periferia da Beira. A causa do esmorecimento do diálogo é remetida para o Governo. O fito, conforme se conjectura, foi o de inviabilizar uma solução negociada num momento em que tal desfecho poderia ser visto como uma concessão destinada a compensar a fraqueza revelada pela Polícia em dois incidentes com a Renamo. A autoria do assalto ao paiol não está apurada, mas prevalecem internamente rumores de que se tratou de uma acção de interesse difuso do regime – ou da sua fracção mais dura, que associa a conservação do seu poder a um clima de instabilidade. São conhecidos desabafos de dirigentes, em privado, segundo os quais um eventual clima de instabilidade não afectaria os investimentos em curso na exploração de gás, devido a factores como a sua concentração no mar. Na exploração política e psicológica que as autoridades fizeram do assalto ao paiol foram notados dois propósitos interligados: a) exasperar/ofuscar a Renamo, prontamente acusada de autoria da acção; b)justificar uma reacção “manu militari” adequada.
Antes da presente “deriva”da situação, as autoridades puseram em marcha discretos planos de remobilização militar de antigos operacionais – ao todo 600. O facto também é considerado demonstrativo de implicações do regime na actual escalada (preparação prévia para a mesma).
Em meios de Maputo corre que um dos remobilizados, já visto envergando uniforme de combate, é o antigo “Comando” Paulo “Danger Man”, acusado de envolvimento no assassinato de Carlos Cardoso. (AFRICA MONITOR)
O cenário de uma deterioração da estabilidade em Moçambique, por efeito directo de uma acentuação de tensões políticas e/ou ressurgimento de um ambiente de violência, tornou-se nos últimos dias “mais provável”.
Factores especialmente considerados em análises sobre o assunto: a) as disputas políticas entre o regime e a Renamo caíram num impasse contrário a tendências do antecedente; ambas as partes têm dificuldades em superar o impasse pela via negocial por receio de danos como “perder a face”; b)o regime não denota intenção de fazer concessões à Renamo ou só aceita fazê-lo de forma mitigada e numa posição de força, por forma a que o seu gesto possa ser considerado de magnanimidade e não uma cedência; c)a Renamo não tem margem de recuo para as exigências que apresentou ao Governo e de cuja satisfação fez depender o fim do “acantonamento” do seu líder, Afonso Dhlakama; empregou toda a sua capacidade de pressão política para impôr as suas exigências e, por esgotamento da mesma, tenderá a passar a “uma fase superior de luta”, como alternativa ao seu próprio desprestígio/definhamento.
Entre os factores que mais decisivamente terão contribuído para o anuviamento por que a situação passou, afastando-a de uma realidade anterior, diversa (AM 760), avultam a chamada “complicação” diálogo Governo/Renamo e a ocorrência de um incidente militar grave – assalto a um paiol militar, em Savane, periferia da Beira. A causa do esmorecimento do diálogo é remetida para o Governo. O fito, conforme se conjectura, foi o de inviabilizar uma solução negociada num momento em que tal desfecho poderia ser visto como uma concessão destinada a compensar a fraqueza revelada pela Polícia em dois incidentes com a Renamo. A autoria do assalto ao paiol não está apurada, mas prevalecem internamente rumores de que se tratou de uma acção de interesse difuso do regime – ou da sua fracção mais dura, que associa a conservação do seu poder a um clima de instabilidade. São conhecidos desabafos de dirigentes, em privado, segundo os quais um eventual clima de instabilidade não afectaria os investimentos em curso na exploração de gás, devido a factores como a sua concentração no mar. Na exploração política e psicológica que as autoridades fizeram do assalto ao paiol foram notados dois propósitos interligados: a) exasperar/ofuscar a Renamo, prontamente acusada de autoria da acção; b)justificar uma reacção “manu militari” adequada.
Antes da presente “deriva”da situação, as autoridades puseram em marcha discretos planos de remobilização militar de antigos operacionais – ao todo 600. O facto também é considerado demonstrativo de implicações do regime na actual escalada (preparação prévia para a mesma).
Em meios de Maputo corre que um dos remobilizados, já visto envergando uniforme de combate, é o antigo “Comando” Paulo “Danger Man”, acusado de envolvimento no assassinato de Carlos Cardoso. (AFRICA MONITOR)
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