quarta-feira, 26 de junho de 2013

MINHA OPINIÃO SOBRE O FRACASSO DA MARCHA DA SOCIEDADE CIVIL


MINHA OPINIÃO SOBRE O FRACASSO DA MARCHA DA SOCIEDADE CIVIL

"Separados como os dedos de uma mão, mas unidos pela palma da mão." Adaptado de Booker Washington, activista dos direitos humanos que eu não gosto.

A Sociedade Civil (SC) organizou uma manifestação de repúdio à violência para o dia 25 de Junho de 2013 na Cid...ade de Maputo, a qual seria caracterizada pela realização de uma marcha que tinha um itinerário já desenhado.

Estranhamente (?), a marcha foi cancelada por fraca aderência dos cidadãos, o que levanta questões de diversa ordem que não vou tentar aqui discuti-las todas, trazendo apenas uma.

A causa, que acho que é motivo principal deste fracasso, é o deficit da cidadania que caracteriza estes momentos actuais. Este deficit, para mim, é provocado pela nossa nova religião: a anarquia.

Explico: ultimamente há uma cultura que é encorajada até por intelectuais de renome, que passa principalmente pelo desrespeito às instituições. Nós estamos a encorajar este grande erro, uma vez que confundimos cidadania com o desrespeito às instituições, que, quando aparece alguém a insultar, a desconfiar ou mesmo a caluniar as instituições, dizemos logo que isso é que é o exercício da cidadania. Quanta ignorância!

Cidadania é o respeito pelas instituições, uma vez que elas é que executam e supervisionam a execução das leis para a harmonia social (cidadania), e sem elas o que cultivamos é a anarquia. Isto é, uma sociedade é regida por leis, e, o pleno funcionamento e harmonia destas é da competência das instituições específicas, uma vez que é impossível que cada cidadão aplique uma lei por si só, em razão de que isso poderia trazer um congestionamento, e logo uma anarquia.

Qualquer país que se preza e se gaba do exercício da cidadania é que há respeito pelas instituições, uma vez que são estas o garante da convivência pacífica entre os cidadão.

Alguns dirão que as instituições não funcionam em Moçambique, e blá, blá, blá... Mas para que funcionem é necessário que os cidadãos as respeitem e as pressionem a prosseguir com as suas atribuições (vide o exemplo da pressão dos cidadãos aquando da detenção do Dr Arroz)! Sem essa cidadania de recurso e controlo às instituições, estamos a entrar no mato! Estamos a semear uma anarquia que teremos dificuldades em eliminá-la; estamos a deixar um legado perigoso aos mais novos!

Com este encorajamento à anarquia (os motivos justificam?), estamos a criar um precedente que ninguém terá capacidade de dar uma voz de comando para cessar. Ninguém!

Moçambique deve ser nossa referência, apesar das nossas diferenças. Moçambique é o país nosso, e as instituições são nossas, quer queiramos, quer não. E são estas instituições que devemos construir sem que isso nos diminua ou nos faça perder qualquer coisa que seja.

Temos as nossas diferenças (principalmente políticas), mas isso não pode fazer com que estraguemos o país, uma vez que a guerra política é também civilizada, e pode ser feita sem a cultura e o encorajamento da anarquia. Unidade na diversidade.

Só assim, penso eu, é que podemos fortalecer o espírito de cidadania nos moçambicanos, e só assim é que podemos construir um país, e quiçá, uma Sociedade Civil forte e vibrante, e também marchas lentas, alegres e cheias de cidadãos!

Actualmente encoraja-se o insulto, a negação, a desconfiança, a calúnia, o combate violento e até a supressão das instituições... Eh eh eh eh eh...

PS: Tente ler pelo menos quatro posts dos teus amigos hoje, e reflicta neles com base neste texto.
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  • You, Dilman Mutisse and 5 others like this.

  • Gaby Lomengo o problema é o cidadão já não confia às instituições devido a mau exemplo dos seus líderes. e o governo tem feito pouco para remediar o problema. o nosso governo só fala de negócio, investimento com mega projectos. agora como falar da cidadania neste contexto? o que interessa hoje é dinheiro, poder e mulher. Mas déficit como não, o sentimento geral do povo é rumo à mudança. E isso já nas próximas eleições.

  • Américo Matavele Gaby Lomengo, porque o cidadão não confia nas instituições? O que o Governo deve fazer?

  • Ivan Dumace Chihale Carissomos leiam este POST vai elucidar mais o nosso pensamento, e o MEU POST que diz que devemos respeitar o Presidente (instituição do Estado), quer gostemos, queiramos ou nao....CC: Jose Alexandre Faia, João Calado Antunes, Clesio Peres, Angela Maria Serras Pires, Carlos Benildo....

  • Ivan Dumace Chihale Caro Américo Matavele gostei do POST e livraste me de insultos que tenho sido alvo, por ter POSTADo que devemos respeitar a Instituição do Presidente da Republica....espero que leia e saim elucidados....

  • Gaby Lomengo o governo deve ajudar na sensibilização e consciencialização sobre a cidadani começando a dar exemplo sobre o respeito pelo bem público. os nossos governantes parece que não se preocupa nisso tudo. com guebuza o que interessa é negócio. assim fica difícil. recordo me que há países que tem ministério só para educação cívica e cidadania com plano estratégico contudente. porque não aqui?

  • Gaby Lomengo Ivan Dumace Chihale, o respeito pelas instituições é algo que surge a partir da confiança. E a confiança começa no dialogo aberto entre cidadao e o governante. não pode ser imposto o respeito e tem que se trabalhar para chegar até ai que do lado do governo quer do lado do povo. mas nem sempre acontece isso

  • Ivan Dumace Chihale Concordo Gaby Lomengo, e se o governo nada fizer? desrespeitamos? Enfim s podemos esperar por um dia vislumbrante, lutar para que nossa nação seja melhor para todos nos e nossos filhos e netos...

  • Américo Matavele Gaby Lomengo, o grande erro das pessoas é de pensar que o Estado é que tem que fazer isto mais aquilo. Puro erro! Os cidadãos é que moldam o Estado. Se o cidadão esperar o Estado para fazer algo é melhor arranjar uma cadeira. É assim em qualquer parte do mundo. O cidadão é que devem conduzir as instituições até à perfeição que ele quer, através da pressão, supervisão e denúncia se for possível. Essa visão comparativa, o olhar para as pessoas e não para instituições, faz com que cada um de nós, individualmente e não como uma sociedade, façamos esforços para sermos como as pessoas que olhamos. Assim dilui o sentido de sociedade e cada um avança como quer. Ficamos felizes com aplausos efémeros sobre temas destrutivos que insistimos neles, e até chegamos a acreditar neles! É isso que está a acontecer connosco. Estamos cegos e estamos numa descida que é quase impossível parar.

  • Eusébio A. P. Gwembe O pior é que quem desrespeita as instituições é precisamente aquele que era suposto saber e conhecer o seu valor: o instruído. Há muitos pregadores do desprezo, ultimamente! ):

  • Ivan Dumace Chihale Mto forte estas entrelinhas de pensamentos maduros..."Ha muitos pregadores do desprezo...." "os cidadaos é que moldam o Estado, e conduzi-lo a perfeição que quer, através da pressão, supervisão e denúncia se for possível. É assim em todo mundo. Estamos cegos aplaudindo discursos intriguistas, destrutivos, populistas e alarmistas....Mto bom e em total harmonia!

  • Gaby Lomengo nao sabia que pensar diferente é pregar desprezo

  • Beto Pikles Nao sei se entendi, a quem diz que cidadania eh o respeito pelas instituicoes e o contrario nao eh. No entanto, quem nao se fez a marcha organizada pela sociedade civil nao esta em pleno gozo do exercicio da sua cidadania? Eh isso?

  • Américo Matavele Nada! Nem estava a ver as coisas nesse prisma. A cidadania é, sim, o respeito pelas instituições e pelas leis que são o elo de ligação entre as instituições e os cidadãos. Na minha visão, a Sociedade Civil é o espelho de como está organizada a sociedade, de como é exercida a cidadania. É através da existência de aderência a diferentes grupos da SC que a cidadania é fortalecida. Ora, vimos uma marcha organizada pela SC, que aparentemente deveria ser o espelho da consciência cidadã dos membros da sociedade a ficar deserto. Eu só quero entender o porquê disto, e avancei uma das causas. E, claro que quem não foi exerceu a sua cidadania. Mas será que a nossa cidadania é essa de acomodados? Acho o motivo da marcha muuuuuito importante, que uma sociedade consciencializada da sua cidadania, deveria ter estado em massa, na minha opinião.

  • Beto Pikles Uma questao, para posteriormente avancarmos. O senhor Americo Matavele esteve la?

  • Angela Maria Serras Pires O respeito ganha se, nao se impoe...

  • Beto Pikles Correcto, olha na minha opiniao o conceito de cidadania esta aquem do desejado em nossas sociedades. Ha aqui uma questao de se misturar as coisas, sociedade civil vs situacao actual situacao do pais, ate que nem actual no seio de alguns. Esse podera ter sido um dos grandes motivos que fez com que as pessoas nao aderissem a marcha pela paz. Ademais li um dia num dos post que a SC tera sido corrompida pelo sistema( eu nao sei se eh verdade). Portanto, eh preciso na minha opiniao adequar-se o termo cidadania ao real estagio do desenvolmento social do pais em que estamos.

  • Romua Shommar interessante. belo ponto para o debate.

  • Américo Matavele Mano Beto Pikles: Quase chegava ao meu ponto de vista. Primerio, a marcha era para repudiar o estágio actual do país (conflito armado), e justificava-se que a SC estivesse cheia, porque é um assunto perigoso para toda uma sociedade; segundo, se a sociedade está como está (como disse), há necessidade de ela tomar uma atitude; terceiro, nós próprios é que encorajamos a sociedade a ser acomodada, a ficar de longe a atirar pedras, sem nenhuma acção concreta do exercício da cidadania. Aliás, nós dizemos que aquilo é que é cidadania. Por tudo isso, é que tivemos aquele resultado estranho no dia 25 de Junho.

  • Beto Pikles E o que eh preciso para que das proximas a SC esteja cheia? Se o nivel de percepcao do termo SC varia em grande escala e sem o minimo de correspondencia bilateral entre o governante e governado... Como eh possivel fazer perceber as massas que na minha opiniao sao as menos esclarecidas? Sera que ha uma necessitade de concentrarmos as nossas bacterias em prol de tirar as pessoas de concitos tradicionais aos modernos? De que forma isso pode tornar-se realidade?

  • Eusébio A. P. Gwembe uma sociedade cicil que tem como objecto a accao do governo e nao a accao do povo condena -se. a accao governativa deve ser deixada para os politicos e para os partidos. a nossa sociedade civil e muito simpatica para com a oposicao e ate acaba trocando lugar ao reproduzir a postura daquela.

  • Beto Pikles e ja havia me referido num dos comentarios acima.

  • Bayano Valy tenho problemas sérios com este texto. infelizmente ano muito ocupado para questionar o seu autor linha por linha.
    mas diga-me uma coisa: o que é que o nível de cidadania tem a ver com o respeito às instituições? não percebo bem porque a não aderância
    à marcha tem algo a ver com o respeito ou não às instituições. estás a dizer que os cidadãos não foram porque respeitam as instituições ou porque não respeitam as instituições? onde é que está a conexão? não entendo. faça-me entender.

    a fraca aderência não pode se dever ao facto de que o nível de cidadania é fraco? e porque é fraco é o que devia ser o cerne de qualquer análise nossa e não essa tese de que o respeito ou não respeito das instituições é que constitui problema.

    ilucide-me. volto mais logo e espero que até aí me tenhas dado uma resposta plausível.

    abraços

  • Ser - Huo Mano Américo Matavele, eu te vou (re)citar, porque Mocambique eh Pais de muito intelectual (alias, Pais dos doutores), mas vezes a ignorancia eh tao extrema que damos razao soberana ao Guebuza quando apregoa a ideia de pobreza absoluta. Irrita tanto ligar tua TV, ligar teu xirico, ler um jornal, e dar de cara e olho com um "intelectual de renome" que simplesmente encorajam o tal desrespeito às instituições. e infelizmente muitos caimos nas lamurias desses, heroicizamos os seus insultos e logo se chega a tua conclusao e dos demais. Ora, se ja identificamos os arrogantes (malta Guebuza e co.), a questao eh, quem eh o ignorante, aquele que fala tamanha babuzeira, ou os que seguem a legiao?
    Eusébio A. P. Gwembe, tudo bem?

  • Américo Matavele Mano Bayano Valy: A cidadania pressupõe o respeito pelas instituições, porque elas é que são o garante da harmonia social. As instituições é que supervisionam e fazem a síntese das aspirações comunais dos cidadãos, e só com o recurso a elas é que podemos viver em harmonia, isto é, é que podemos exercer a cidadania (o vice-versa é válido). Ora sem este sentimento de algo que nos une, epa... Veja, mano Bayano, a ligação entre as instituições e os cidadão é com base na lei, mas nós nem nos preocupamos em saber das leis, e vamos ao encontro das instituições cheios de ar na cabeça.

  • Bayano Valy continuo a não perceber-te, Américo. o que é que tem a ver com o facto de as pessoas não terem aderido ao apelo para marcharem pela paz? ainda não me explicaste. apenas estás a falar do pressupostos pressupostos da cidadania. (mais tarde venho aos pressupostos pressupostos). explique-me a cena da fraca aderência com relação ao tal respeito

  • Antonio A. S. Kawaria Vou ler o post para entender o cerne da questão.

  • Américo Matavele O facto de se encorajar ao não respeito às instituições cria uma sensação de individualismo nas pessoas, que estas já não se identificam como parte de um todo. Assim, todo o chamamento de uma organização é vista com desconfiança pelas pessoas, porque foram e estão a ser ensinadas que as instituições não são sérias.

  • Josina Malique E essas praticas um dia passam a fazer parte da nossa cultura. O perigo nisto eh que hoje sao um instrumento ao servico dos criticos ou opositores ao Governo do dia mas um dia o feitico voltar-se-a contra o feiticeiro. Involuntaria e tao normalmente porque ja serao a nossa forma de ser e de estar perante as instituicoes e autoridades do Estado.

  • Bayano Valy ah... parece que começo a perceber-te um pouco. mas diga-me lá: eu sempre pensei que quando as pessoas começam a não respeitar as instituições, é que têm uma maior tendência de saír à rua. afinal é o contrário? é que se repareres para as razões dadas por estudiosos sobre o crescimento dos movimentos reivindicativos, invariavelmente aponta-se o facto de não se acreditar nasinstituições. ora, as pessoas não saíram à rua, o que pode encerrar uma outra razão.

    eu vejo, por exemplo, a massiva presença da fir em tudo o que é manifestação ou marcha não "sancionada" pelo regime do dia como uma das possíveis razões para não se saír à rua. não acha o mano Américo que essa pode ser a razão fundamental? outrossim, torna-se-me difícil ver porque não saíriam à rua quando, como dizes, elas não respeitam as instituições.

    por outras palavras, tem que quer a percepção da não seriedade das instituições que leva as pessoas a marcharem ou manifestarem-se. e isso acontece em quase todo o mundo. foi assim com a chamada primavera árabe, foi assim com o movimento de ocupação, está sendo assim na turquia.

  • Américo Matavele Mano Bayano, nessas revoluções de que fala, antes de acontecerem as pessoas sabiam respeitar as instituições ou mesmo pressioná-las quando não cumprissem com as suas missões. O que acontece connosco é a cultura do individualismo inconsciente! Os cidadão descobrem que as instituições não são sérias quando são encorajadas a frequentá-las, diferentemente do que fazemos que é exactamente pregar o afastamento das pessoas. A presença da FIR é garanti da segurança, aliás, o cidadão que conhece a lei e os seus direitos (não só deveres como fazemos nosotros), não pode temer essa presença! Dei o exemplo da pressão popular para a libertação do Dr Arroz, e acho que por si só encerra o que disse neste post. Sobre a não seriedade das instituições, disse num dos comentários que as instituições são a imagem do comportamento dos seus cidadãos. Um amigo italiano disse-me que para perceber o desenvolvimento da cidadania num país é só olhar para o trânsito (fora de tempo este exemplo). Portanto, as instituições são moldadas pela forma como se exerce a cidadania. A seriedade das instituições depende da seriedade dos cidadãos. Mana Josina Malique, uma bomba com efeitos retardados metida no bolso.

  • Bayano Valy Américo duvido que a nossa sociedade seja tão individualizada quanto as sociedades ocidentais. portanto, não cola o nexus que tentas estabelecer. e também não fica claro é que o individualismo tem a ver com o respeito às instituições.

    no teu texto par
    eces querer dizer que os moçambicanos não respeitam as instituições, ou estou enganado? sendo que, porque não as respeitam então? e se não as respeitam, não seria esse motivo suficiente para marchar a exigir uma outra postura? concordo que provavelmente a seriedade das instituições depende da seriedade dos cidadãos. mas diga-me uma coisa: quantas vezes não se reclamou sobre a actuação da polícia? e o que aconteceu? mandra que tento desdém tem pelos direitos humanos já foi exenorado?

    a fir está lá para garantir a segurança de quem? do cidadão? o que aconteceu com os desmobilizados? o que aconteceu com a classe médica a primeira vez que saíram à rua? parece que estamos a viver em países diferentes, ó Americo!

  • Américo Matavele Mano Bayano Valy, a sociedade está noutro estágio de bem estar mano. Eles também tiveram o seu Gólgota, e conseguiram ultrapassá-lo. Por isso não gosto de tomar como paradigma aspectos de sociedades diferentes da que me refiro. Sorry. Quanto ao respeito, acho que está a ser repetitivo nisso, pois acho que já abordamos isso noutros comentários, mas, vamos lá: O não respeito que digo neste post está ligado ao afastamento, ao insulto e à vontade de supressão das instituições, e isso é feito com os olhos no umbigo. Isto é, os cultores dessa "anarquia", fazem-no olhando para o umbigo e mensagem chega assim mesmo aos destinatários, e é implementada assim mesmo. Daí que há mais apego aos direitos que aos deveres, e na minha parca visão, os deveres é que são a base da união comunal, sem querer dizer que os direitos não o são. Sobre a sua dúvida se a FIR está para assegurar os manifestantes, eu digo que sim. O que aconteceu com os desmobilizados? Eles estavam a se dirigir ao edifício onde estava o Conselho de Ministros todo. Se fosse comandante da FIR deixava-os mano Bayano? E quanto aos da saúde, o fechar as instituições com cadeados, incluindo armazéns e dispensas de medicamentos não é greve, é sabotagem. O resto são percepções, mano. Acho eu.

  • Bayano Valy Américo não vamos ser dogmáticos. qualquer análise que formos a fazer tem que se fundar em alguma coisa. qualquer enquadramento teórico que formos a fazer tem que radicar de algum canto. não cola que não possamos tomar em conta aspectos doutras sociedades. aliás, és suspeito porque quando te interessa, recorres aos exemplos dos outros países. portanto, haja coerência do teu lado.

    ademais, podes usar o teu brada italiano para explicar outras coisas mas já não se pode usar outras sociedades para tentarmos explicar a nossa? quid coerência?

    nada é repetitivo quando é pare se avançar. as conversações ou seja lá o que está a acontecer no centro de conferências não pode ser considerado repititivo. é preciso esmiuçar isso. quando algo tem buracos, devemos encontrar uma forma de tapá-los. quando entro num debate, procuro não apenas rebater as posições do outro mas também ajudá-lo a melhorar o seu argumento. e continuo a achar que o teu argumento não alcança as tuas conclusões. mas não quero ser juiz de causa própria. deixo isso aos outros para aferirem.

    pois bem, vamos acordar que o não respeito às instituições cultua anarquia. se aceitarmos esta hipótese como válida, como então explicamos a ausência dos cidadãos na rua? é que os anarquistas adoram estar na rua a causar... anarquia. é verdade ou não?

    quanto aos umbigos, essa pode ser uma crítica feita também a ti e outros. melhor não trazeres as motivações das pessoas porque há muito que se lhe diga.

    estavam mesmo a dirigir-se ao edifício do pm? tens a certeza? se nem os deixaram chegar ao repinga. como é que podes ter a certeza que se dirigíam ao gabinete do pm?

    estou a falar da classe médica que estava a marchar. não falo de se trancar armazéns com cadeados. falo de pessoas que estavam a reunir-se. vais me dizer que a fir esteve presente porque trancaram armazens com cadeados?

  • Antonio A. S. Kawaria Mano Américo Matavele, acabo de ler o teu texto, agora vou aos comentários para eu entender o que querias dizer. Acho que no texto não disseste do que pensas que tenha causado a fraca aderência à marcha. Tiveste receios para tal? Mas deixe-me vou ler os 29 comentários. Até já.

  • Antonio A. S. Kawaria Eusébio A. P. Gwembe, obriga-me a apressar para o interpelar. Lembras-te das minhas lamentações sobre a questão da construção do Estado de Direito Democrático? Lembras disso? O mais grave é mesmo de serem cidadãos instruídos que defendem que as instituições públicas sejam uma pertença de partidos políticos. Assim não dá, Eusébio.

  • Gito Katawala Américo, hehehehehe. Escreve de novo e diga o que vai dentro de ti; o que pretendias dizer. Esta nao serviu.

    Ja agora, que organizacao ou organizacoes da sociedade civil convocaram a tal marcha?

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