sexta-feira, 31 de maio de 2013

Associação Médica de Moçambique

  • Caros colegas e compatriotas

    Os profissionais de saúde na Cidade de Maputo estiveram reunidos na praia da Costa do Sol num encontro de reflexão sobre o evoluir da greve. Nos outros pontos do país a greve mantem-se e com adesão alta.

    O processo negocial sofreu um grande retrocesso na medida em que do lado do MISAU, houve uma troca da equipe de negociação com um posicionamento diferente à da equipe anterior, voltando agora a questionar a legitimidade de se negociar em simultâneo com a CPSU e a AMM.

    Como confiar nas promessas de uma equipe que nos enganou/aldrabou em Janeiro? Equipe essa chefiada por um representante oficial do Governo, S.Excia o Ministro da Saúde, o Dr Alexandre Manguele.

    Colegas:
    - a greve é um direito constitucional e aderir à greve é um dever, e quem viola é quem não adere à greve.
    - a legitimidade da greve é conferida segundo o direito, segundo a justiça e segundo a razão.

    Por que é que a greve agora é legítima, segundo os porta vozes do Governo, e quais são as consequências prácticas do reconhecimento dessa legitimidade?

    A nossa greve não é para lutar pelo reconhecimento do direito à greve, mas sim pela valorização da nossa autoestima, melhoria de condições salariais e de trabalho, por forma a garantir a prestação de cuidados de saúde em geral e dos actos médicos em particular, segundo o comunicado da Ordem dos Médicos de Moçambique.

    Como é que por um lado este Governo dá legitimidade à greve e por outro lado apoia a detenção do Dr Arroz?

    Queremos aqui lembrar que o Governo tem a responsabilidade total e absoluta, segundo a Constituição da República, de garantir a assistência médica aos moçambicanos, e ao permitir que a greve se perpetue está a violar este direito constitucional deixando sofrer o seu povo, enquanto o Presidente da República está no Japão a comer sushi e bebendo saqué.

    O Gabinete de Informação da AMM
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