Homem está acusado de nove crimes, um deles na forma tentada porque foi apanhado pela polícia. No total, cobrou cerca de 276 euros a mais do que deveria.
Um taxista que fazia serviço na praça do aeroporto de Lisboa foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de furto e nove crimes de especulação, um deles na forma tentada. O homem, que está em prisão preventiva por outro processo, chegou a cobrar até oito vezes acima do preço normal da viagem.
A 15 de Setembro de 2011, o taxista cobrou 55 euros por uma viagem do aeroporto de Lisboa até ao Hotel Vip Inn Veneza, na Avenida da Liberdade. O preço certo seria 6,90 euros – ou seja, cobrou oito vezes mais do que deveria. Mas o crime era recorrente.
Numa nota publicada nesta quarta-feira, a Procuradoria-geral Distrital de Lisboa (PGDL) faz uma lista dos crimes, que praticava sem ligar o taxímetro e entregando facturas de recibo de outros veículos. No total, cobrou mais 276,48 euros do que deveria.
O primeiro crime foi detectado em 2010: a 27 de Dezembro, o arguido cobrou 35 euros pelo transporte do aeroporto de Lisboa para o Hotel Sheraton, em Picoas. Deveria ter cobrado 6,15 euros.
A 11 de Fevereiro de 2011, foi "surpreendido pela PSP" a transportar clientes do aeroporto com o taxímetro desligado, diz a PGDL. "Só por isso", continua, "não logrou cobrar preços ilegais". Mas nem isto o demoveu. A 25 de Fevereiro, uma viagem do aeroporto até ao Marquês de Pombal rendeu-lhe mais 27,5 euros do que era suposto: em vez de 7,50 euros, cobrou 35.
Em Maio, três novos crimes detectados pela polícia. No dia 9, o transporte de clientes até ao Centro Cultural de Belém custou-lhes 45 euros, quando deveria ter custado 10,35 euros. No dia 18, pela viagem desde o aeroporto até à estação de autocarros de Sete Rios cobrou 40 euros – o preço certa seria 6,75 euros. A 20 do mesmo mês, em vez de 11,72 euros pelo transporte até Frielas, Loures, cobrou 38 euros.
A 17 de Setembro, no transporte do aeroporto até ao Hotel Mercure, na Praça de Espanha, os turistas pagaram 39 euros, quando deveriam ter pago 8,15. Em Outubro, no dia 16, nova viagem que rendeu quase sete vezes mais do que devia: entre o aeroporto e o Hotel Corinthia, na zona de Sete Rios, cobrou 55 euros, quando o taxímetro deveria contar 8 euros.
A PGDL diz ainda que o arguido está actualmente em prisão preventiva "à ordem de outro processo", sem referir a que diz respeito esse mesmo processo. Segundo a nota, o Ministério Público deduziu acusação pedindo o julgamento em tribunal colectivo.
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