- 02 Abril 2013
- Bastidores
Lisboa – O gabinete presidencial indeferiu parcialmente alguns nomes que constavam numa lista de proposta do Ministério do Interior destinadas a proceder com nomeações a nível das estruturas máximas da polícia nacional. Tratam-se de propostas ao qual o comandante-geral, Ambrósio de Lemos, havia aprovado numa reunião do CDN, realizada com os quadros, no passado dia 14 de Fevereiro.
Fonte: Club-k.net
Salvador “Dodó” chumbado para 2º Comandante-geral
O nome do inspector-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Salvador José Rodrigues “Dodó”, que fora proposto para ocupar o lugar de 2º Comandante Geral da PN para a Área de Protecção e Intervenção terá sido relegado. Esta é a segunda vez que o gabinete presidencial desconsidera o nome de Salvador Rodrigues “Dodó”, a quem se diz não gozar da estima de José Eduardo dos Santos (JES).
A primeira vez que o mesmo foi proposto ao cargo de 2.º Comandante Geral da PN, foi em finais de 2006, tendo, na altura, o gabinete presidencial optado pela nomeação do comissário-chefe, Alfredo Manuel Mingas “Panda”.
Em meios que acompanham o dossiêr, invocam que a recente suspensão por parte do gabinete presidencial terá sido precipitada, em função da movimentação lobista de alguns comandantes/visados descontentes (José Alexandre Canela, Francisco Massota, António Sita entre outros) que terão movido influências junto de sectores da Casa Militar da Presidência da República para inversão do processo.
O comandante do Zaire, Comissário Francisco Massota que estava prestes a ser nomeado como director da escola de formação da Ordem Pública "Capolo II", em Luanda, terá manifestado sinais de recusa para o novo cargo. O mesmo aconteceu com o actual director Nacional da Polícia Económica, José Alexandre Manuel Canela que estava destinado a dirigir o comando da policia no Kwanza-Norte. José Canela terá já se manifestado, em fóruns próprios, de que não vai trabalhar para aquela província.
Há conhecimento de que numa reunião recente, o Comando Geral da PN voltou a reiterar a sua decisão de reestruturação do CGPN apostando mais em quadros jovens. A percepção mais corrente é de que, cada dia que passa, o comando geral da polícia vê a sua autoridade/posição fragilizada, em função das influências dos descontentes, a qual descrevem como “derrota do CGPN”.
No entender de observadores, foram as (movimentações lobistas dos descontentes) que causaram os atrasos deste processo de nomeações. Acrescenta-se, também, a este impasse, a ausência do Ministro do Interior, Ângelo Viegas Tavares, que voltou de férias no dia 29 de Março. Cabe ao mesmo analisar e remeter as propostas de nomeações do comando geral, a Presidência da República para serem confirmadas por despacho presidencial.
Tema relacionado: Mexidas na Polícia: “Dodó” proposto a 2º comandante geral
Sem comentários:
Enviar um comentário
MTQ