Membros da ONP denunciam falsificação de assinaturas.
Os mesmos dizem não ter participado em nenhuma reunião e não ter sequer subscrito qualquer documento que visasse candidatar Leopoldo da Costa à CNE.
A verdade sobre a polémica recandidatura de Leopoldo da Costa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) começa a vir à tona.
Afinal, o secretariado nacional executivo da Organização Nacional dos Professores (ONP) que assina o suporte da candidatura de Leopoldo da Costa foi dissolvido a 26 de Março último, uma semana antes da realização da suposta reunião que propôs o actual presidente da CNE como candidato.
O Parlamento recebeu no dia 10 de Abril, último dia do prazo, o documento propondo Leopoldo da Costa como candidato a membro da Comissão Nacional de Eleições, o qual foi assinado pela directora das Relações Internas e Externas de projectos da ONP, Safira Mahanjane.
Entretanto, a suposta eleição do presidente da CNE pela ONP aconteceu durante um encontro em que participaram alguns membros do secretariado nacional executivo e do Conselho nacional, órgãos que, curiosamente, já não estavam em funções.
Aliás, os novos membros destes órgãos ainda não foram empossados, sendo que a cerimónia da tomada de posse está agendada para o mês de Maio.
Curioso ainda é o facto de a tal reunião que escolheu Leopoldo da Costa ter sido realizada sem o conhecimento e nem presença da presidente e do vice-presidente deste sindicato, por sinal, os que coordenam a agremiação depois da dissolução do secretariado.
A suposta reunião, cuja acta também foi entregue à Assembleia da República, foi dirigida por Safira Mahanjane. A acta também terá sido assinada por Henriqueta do Rosário, presidente do Conselho Fiscal da ONP, um órgão que não faz parte nem do secretariado, nem do Conselho Executivo. Mais: Henriqueta do Rosário reside em Marromeu, província de Sofala, distrito onde exerce funções de Secretária Permanente.
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