segunda-feira, 1 de abril de 2013

Executados membros da Al-Qaida, incluindo ex-líder - Globo - DN

Executados membros da Al-Qaida, incluindo ex-líder

por Lusa, texto publicado por Sofia FonsecaHoje3 comentários
O Iraque anunciou hoje a execução de quatro membros da Al-Qaida, incluindo o ex-chefe da rede terrorista em Bagdad, ignorando mais uma vez os apelos da comunidade internacional, que defende uma moratória sobre a pena de morte.
"Estes terroristas foram executados por enforcamento. Foram responsáveis por ataques criminosos contra o povo iraquiano, nomeadamente em Bagdad e em Anbar [província ocidental]", indicou o Ministério da Justiça iraquiano, num comunicado.
Manaf Abdel Rahim al-Rawi, o antigo líder do comando militar da Al-Qaida na capital iraquiana, foi detido em março de 2010.
Rahim al-Rawi, um iraquiano nascido em Moscovo em 1975, integrou a Al-Qaida em 2003, logo após a queda do regime de Saddam Hussein, e foi designado pela rede terrorista "governador" de Bagdad em 2008.
O iraquiano supervisionou os atentados contra os Ministérios das Finanças e Negócios Estrangeiros iraquianos em agosto de 2009, que fizeram 106 mortos e 600 feridos.
Segundo dados compilados pela agência noticiosa francesa AFP, o Iraque executou pelo menos 22 pessoas desde o início do ano.
Deste total, 18 pessoas foram executadas entre os dias 14 e 17 de março por "atividades terroristas".
Em 2012, as autoridades iraquianas procederam a 129 execuções.
Em março passado, o ministro da Justiça iraquiano, Hassan al-Chammari, assegurou que o Iraque não tem qualquer intenção de acabar com as execuções.
O núcleo da Al-Qaida no Iraque alegou recentemente que a vaga de atentados anti-xiitas, que fizeram 56 mortos no passado dia 19 de março, devia ser considerada como uma "vingança" por todas as pessoas "executadas" pelas autoridades iraquianas.
As execuções realizadas pelas autoridades iraquianas provocam regularmente a indignação da comunidade internacional.
A missão das Nações Unidas no Iraque, o Reino Unido, a União Europeia e várias organizações não-governamentais, como a Amnistia Internacional ou a Human Rights Watch, são algumas das vozes que têm exortado o governo de Bagdad a aplicar uma moratória sobre a pena de morte.

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