Human Rights Watch Bombardeamentos na Síria têm zonas residencias e hospitais civis como alvo
Após dois anos de guerra civil na Síria - que completou a 15 de março o seu segundo aniversário - as sanções não têm sido suficientes para pôr fim à crescente onda de violência no país, denuncia um relatório hoje divulgado pela Human Rights Watch. O saldo é macabro, e os mais de 70 mil mortos (dados da ONU) pelas tropas do regime de Bashar al-Assad são na maioria civis.
Desde julho de 2012, revela a Human Rights Watch, foram mortos mais de 4300 civis. Os ataques das forças governamentais contra as cidades ainda sob o controlo da oposição também deixaram milhares de feridos, destruíram propriedades e infraestruturas em Alepo, Idlib, Hama, Deir al-Zor, Damasco, Dara, Homs e Raqqa, entre outras.
No relatório, acompanhado de vídeos, a Human Rights Watch diz que esses bombardeamentos aéreos "indiscriminados e deliberados contra civis", inclusive a hospitais, constituem sérias violações da legislação internacional humanitária (leis da guerra).
A ONG defende que a Força Aérea e o Governo sírios devem ser julgados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.