Veríssimo marca reunião com agentes económicos e viaja sem se despedir

 

Abuso de poder?
Os participantes dizem que só receberam informação na sala de reuniões
O governador da Zambézia, Joaquim Veríssimo, havia marcado um encontro com os agentes económicos da província da Zambézia, encontro este que teria lugar na sala de sessões do governo na última segunda-feira, portanto dia 11 de Março corrente.
Uma fonte da Associação dos Empresários da Zambézia disse-nos que este encontro que havia sido marcado, tinha em vista de entre vários pontos, a situação económica da província.
Com gente vinda dos distritos para fazerem parte deste encontro, eis que quando chegaram a sala de sessões, local onde seria realizado o referido encontro, são informados de que o governador encontra-se fora da província, aliás, até fora do país.

Segundo aquilo que testemunhámos no Aeroporto de Quelimane, Joaquim Veríssimo saiu da Zambézia no último domingo, rumo a Índia para uma missão de trabalho.

Os empresários desta parcela do país, não foram informados sobre esta viagem do chefe do executivo da Zambézia, dai que questionam se a viagem tem objectivo de “vender” as potencialidades desta província, então eles também tem um papel.

Mesmo assim, isso é do menos.

Os empresários consideram que o governador Veríssimo deveria ter consideração com as pessoas, porque todos os agentes económicos não vivem na cidade de Quelimane, vem dos distritos e implica muita logística e quando o governador convoca um encontro e depois ele próprio viaja sem avisar que já não haveria encontro, então isso só revela que há um sinal de abuso de puder.

Alguns daqueles que não quiseram dar a cara, indignaram-se com esta atitude do governo da Zambézia e consideram de desprezo. Estas mesmas fontes dizem que são coisas como estas que frustram as pessoas e deixam de acreditar o governo do dia. Sem data marcada para o próximo encontro, os agentes económicos saíram e uns regressaram a casa a murmurarem.

Refira-se que o governador da província da Zambézia, encontra-se na Índia por alguns dias e vários encontros com empresários e potenciais investidores foram marcados.

DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 13.03.2013

Comments

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Benedito Marime said...

Casos destes acontecem porque os Governadores de Província, desgraçadamente, são meros mainatos dos Chefes do Maputo que, em menos de duas horas, os podem convocar para o cumprimento de agendas com que os primeiros não contavam e às quais se não podem opor, sob pena de represálias, a partir do Partidão que, como se sabe, tem capturado o Estado Moçambicano. Aliás, como um dos exemplos de como os Governadores têm que aceitar tudo o que vem do Maputo, vemo-lo quando, a anteceder as passeatas do PR, denominadas de “presidências abertas e inclusivas”, vemos Ministros em digressão pelas Províncias, para verificação do cumprimento das “orientações presidenciais “ da visita anterior. É aqui que a porca torce o rabo. Primeiro, pela Constituição, o Governador da Província representa nesta o Governo Central. Porquê, pois, desautorizá-lo com outros que vêm ver se ele cumpriu as metas definidas pelo PR, supremo moderador do Governo Central? Afinal, entre o Governo Central, o PR (Chefe do Executivo, mormente o Central) e o Governador da Província não há contacto directo? Ou, ainda, não o havendo, não há indicadores de gestão que permitam aferir do seu desempenho, sem a humilhação de ver Ministros a lhe cobrarem contas em nome do Chefe de Estado? Segundo: das atribuições do PR, na Constituição, não consta que ele tenha poderes para dar “orientações” a quem quer que seja. Estas fazem parte da praxis dos regimes stalinistas e, hodiernamente, apenas a nível dos respectivos Partidos e nunca a nível do poder de Estado. Mas isso é em Estadística Real e não no simulacro a que o fascismo guebuziano reduziu o que sobra do normal funcionamento das instituições, entre elas o Estado.

Reply14/03/2013 at 13:22

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umBhalane said...

Normal.
A LUTA É CONTÍNUA