terça-feira, 26 de março de 2013

Frelimo avança para eleições com ou sem Renamo na peleja

Frelimo avança para eleições com ou sem Renamo na peleja


Apesar das ameaças de boicote do principal “rival”.
A chefe da bancada parlamentar da Frelimo diz que não se faz democracia com ameaças, nem sem a participação de outros actores políticos . O Parlamento Juvenil quer contribuir para redução das abstenções.
A Frelimo reitera que vai participar nas eleições autárquicas deste ano e nas gerais de 2014 em todo o país, com ou sem a presença da Renamo no processo.
Em resposta a várias inquietações ontem colocadas por jovens durante uma audiência concedida ao Parlamento Juvenil (PJ), a líder da bancada parlamentar maioritária na Assembleia da República garantiu estar fora de hipótese não participar nas eleições municipais deste ano e nas gerais de 2014 devido às recorrentes ameaças de boicote propaladas pela Renamo, o maior partido da oposição.
“A nossa participação nas eleições é crucial e irreversível com ou sem a participação da Renamo. Nunca houve ameaças da Frelimo aos partidos políticos, porque a Frelimo é pelo diálogo e não pela intimidação”, afirmou Talapa.
Para a chefe de bancada, as organizações juvenis e não só devem fazer trabalhos de mobilização para chamar a liderança daquele partido à razão e integrar-se nos pleitos eleitorais. Aliás, preocupada com as ameaças de boicote, Margarida Talapa reconhece que não se faz democracia sem a participação dos outros actores políticos nos processos eleitorais.
“Vocês do Parlamento Juvenil devem pegar nestas ameaças e colocarem na vossa agenda de trabalho, para mobilizarem este partido a retratar-se e a apresentar-se nas eleições”, acrescentou.
Margarida Talapa diz não fazer sentido, absolutamente nenhum, que um partido se exclua do processo e ponha em causa a realização de eleições por desinteresse de um grupo. Mesmo assim, admite que a credibilidade das eleições e da democracia está na participação de todos os intervenientes e interessados no processo.
“Nós estamos conscientes, sim, que neste processo é preciso que todos os actores sociais participem pelo desenvolvimento do país”, afirmou.
Por seu turno, o Parlamento Juvenil defende que a sua intervenção nas eleições visa contribuir para reduzir os altos índices de abstenção. “Nós queremos que os jovens se apropriem destes processos, desde a mobilização, recenseamento, participação nas eleições à observação, entre outros para credibilizar as eleições”, afirmaram.
A audiência serviu para depositar as preocupações dos jovens congregados no que chamam de Manifesto Político da Juventude. O PJ já manteve encontros com a liderança da Renamo, MDM e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral.

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