Por António Luvualu de Carvalho | *
06 de Fevereiro, 2013
A visita oficial que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, efectua desde ontem ao nosso país aonde já foi recebido pelo Presidente da República, pode facilmente ser enquadrada numa agenda que visa aproximar os dois Estados nas relações que são de longos anos mas que de quando em vez sofrem alguns sobressaltos, fazendo com que nem sempre as relações sociais sejam tão saudáveis como as relações de Estado para Estado criando muitas vezes ambientes próprios das relações de “amor e ódio”.
Não podemos ser ingénuos e branquear a verdade pura de que em Portugal há sectores orientados ideologicamente com um forte “lobbing” por traz para atingir figuras e sujar a imagem da governação em Angola, situação que não acontece no sentido inverso, porque os angolanos estão muito mais preocupados com o crescimento e desenvolvimento do país do que em perderem-se com comentários sobre a vida de outrem.
Mas é importante realçar que desde que chegou ao poder a 21 de Junho de 2011, o Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho têm feito tudo para que as relações de Estado sejam as melhores entre os dois países e o ministro Paulo Portas tem sido o espelho deste esforço. Não nos podemos esquecer que a sua primeira visita ao exterior após tomar posse como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros foi a Angola e que em menos de um ano de mandato mais precisamente em Março de 2012, seis dos 12 ministros que constituem o Executivo de Pedro Passos Coelho já tinham visitado Luanda para fortalecer as relações bilaterais cada um na sua área de trabalho.
Nos dias de hoje, há vários assuntos que dominam as relações entre os dois países. Dos que nos merecem maior destaque, podemos falar da relação comercial. Fruto da crise colectiva que vive a Zona Euro da qual Portugal faz parte, o país virou-se para a Diplomacia Económica no sentido de obter os contributos indispensáveis à aceleração do crescimento económico, à criação de um clima favorável à inovação e à tecnologia, à criação de novos mercados e à geração de emprego de qualidade por parte do Estado que a prática.
A diplomacia económica tem como objectivo promover a imagem do Estado português, como país produtor de bens e serviços de qualidade para a exportação, como destino turístico de excelência e como território preferencial de investimento, no quadro de uma economia internacional globalizada.
O Ministro Paulo Portas tem sido o “motor” desta dplomacia que já permitiu que Angola se tornasse no maior cliente de Portugal fora da Europa e o maior fornecedor de petróleo para o país.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) divulgados pelo “Jornal de Notícias”, só no primeiro semestre do ano passado, Angola foi o quarto principal destino das exportações de Portugal (os três primeiros são da Zona Euro, Espanha, Alemanha e França). Portugal vendeu 1,31 mil milhões de euros para Angola. O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, em declarações à agência Lusa voltou a realçar que Angola tem um peso muito relevante para as exportações portuguesas enfatizando que as exportações de bens e serviços excederam, até Novembro de 2012, os 3,7 mil milhões de euros, tendo-se registado um grande crescimento em praticamente todos os sectores. O crescimento, face a 2011, foi de 32,2 por cento para a exportação de bens e de 22,2 por cento para os serviços.
A “outra face” das relações e por sinal a mais preocupante continua a ser a concessão de vistos. A verdade é que temos registado algum excesso de burocracia na emissão dos vistos de turistas para angolanos que pretendem passar as suas férias em Portugal.
Não é muito provável que haja tanta burocracia do lado angolano pois é só vermos o número de cidadãos lusos que diariamente entram pelo Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. Acredito que o grupo técnico conjunto que está a trabalhar para a melhoria da situação vai encontrar melhores soluções para desburocratizar o sistema e tornar ainda melhores as relações entre os dois Estados para o bem comum.
*Docente Universitário.
A visita oficial que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, efectua desde ontem ao nosso país aonde já foi recebido pelo Presidente da República, pode facilmente ser enquadrada numa agenda que visa aproximar os dois Estados nas relações que são de longos anos mas que de quando em vez sofrem alguns sobressaltos, fazendo com que nem sempre as relações sociais sejam tão saudáveis como as relações de Estado para Estado criando muitas vezes ambientes próprios das relações de “amor e ódio”.
Não podemos ser ingénuos e branquear a verdade pura de que em Portugal há sectores orientados ideologicamente com um forte “lobbing” por traz para atingir figuras e sujar a imagem da governação em Angola, situação que não acontece no sentido inverso, porque os angolanos estão muito mais preocupados com o crescimento e desenvolvimento do país do que em perderem-se com comentários sobre a vida de outrem.
Mas é importante realçar que desde que chegou ao poder a 21 de Junho de 2011, o Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho têm feito tudo para que as relações de Estado sejam as melhores entre os dois países e o ministro Paulo Portas tem sido o espelho deste esforço. Não nos podemos esquecer que a sua primeira visita ao exterior após tomar posse como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros foi a Angola e que em menos de um ano de mandato mais precisamente em Março de 2012, seis dos 12 ministros que constituem o Executivo de Pedro Passos Coelho já tinham visitado Luanda para fortalecer as relações bilaterais cada um na sua área de trabalho.
Nos dias de hoje, há vários assuntos que dominam as relações entre os dois países. Dos que nos merecem maior destaque, podemos falar da relação comercial. Fruto da crise colectiva que vive a Zona Euro da qual Portugal faz parte, o país virou-se para a Diplomacia Económica no sentido de obter os contributos indispensáveis à aceleração do crescimento económico, à criação de um clima favorável à inovação e à tecnologia, à criação de novos mercados e à geração de emprego de qualidade por parte do Estado que a prática.
A diplomacia económica tem como objectivo promover a imagem do Estado português, como país produtor de bens e serviços de qualidade para a exportação, como destino turístico de excelência e como território preferencial de investimento, no quadro de uma economia internacional globalizada.
O Ministro Paulo Portas tem sido o “motor” desta dplomacia que já permitiu que Angola se tornasse no maior cliente de Portugal fora da Europa e o maior fornecedor de petróleo para o país.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) divulgados pelo “Jornal de Notícias”, só no primeiro semestre do ano passado, Angola foi o quarto principal destino das exportações de Portugal (os três primeiros são da Zona Euro, Espanha, Alemanha e França). Portugal vendeu 1,31 mil milhões de euros para Angola. O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, em declarações à agência Lusa voltou a realçar que Angola tem um peso muito relevante para as exportações portuguesas enfatizando que as exportações de bens e serviços excederam, até Novembro de 2012, os 3,7 mil milhões de euros, tendo-se registado um grande crescimento em praticamente todos os sectores. O crescimento, face a 2011, foi de 32,2 por cento para a exportação de bens e de 22,2 por cento para os serviços.
A “outra face” das relações e por sinal a mais preocupante continua a ser a concessão de vistos. A verdade é que temos registado algum excesso de burocracia na emissão dos vistos de turistas para angolanos que pretendem passar as suas férias em Portugal.
Não é muito provável que haja tanta burocracia do lado angolano pois é só vermos o número de cidadãos lusos que diariamente entram pelo Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. Acredito que o grupo técnico conjunto que está a trabalhar para a melhoria da situação vai encontrar melhores soluções para desburocratizar o sistema e tornar ainda melhores as relações entre os dois Estados para o bem comum.
*Docente Universitário.
Fonte: Jornal de Angola
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