quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Banco ajudou a identificar saque no Ministério da Educação

Funcionários fantasmas auferiam salários do Estado
 
Três funcionários envolvidos no rombo estão suspensos
“Os desvios não começaram em 2012”, disse o porta-voz do Ministério da Educação
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Eurico Banze, porta-voz do Ministério da Educação
Maputo (Canalmoz)- O Ministério da Educação (MINED) já suspendeu o chefe do departamento financeiro e outros dois técnicos a nível central, ligados à área financeira naquela instituição, indiciados de estarem directamente ligados ao processamento irregular de salários dos funcionários. O rombo que já atingiu a quantia de 5 milhões de meticais apenas num ano,foi alertado por um banco da praça, através do qual o MINED paga os salários.
Só no ano de 2012, foram desviados cerca de 5 milhões de meticais, e refere-se que os desvios vinham decorrendo há anos sem conhecimento do Ministério da Educação.
“Os desvios não começaram em 2012”, disse o porta-voz do Ministério da Educação.
Eurico Banze explicou que o alerta sobre o processamento irregular de salários foi feito em Novembro do ano passado por um dos bancos da praça, que tem uma relação com o ministério no processo de pagamento de salários aos funcionários. Foi a partir desse alerta que o ministério imediatamente contactou o banco para ter informações adicionais e finalmente se percebeu que havia irregularidades no pagamento de salários.
Após o alerta, no trabalho levado a cabo pela inspecção de modo a descobrir pessoas ligadas ao crime, foram identificados alguns funcionários do ministério que estão relacionados com esta irregularidade. “Vamos tomar decisões, identificando eventuais pontos no pagamento de salários para que não venha a se repetir”.
O Ministério da Educação (MINED) denunciou o caso à Procuradoria-Geral da República e a partir deste órgão o Gabinete Central de Combate à Corrupção vai trabalhar com o ministério (para apurar todos os envolvidos no esquema)”, disse Banze.
O Porta-voz do MINED disse que o caso indica a existência de mais pessoas que têm envolvimento no processo de desvio. “Decorrem averiguações na profundidade para identificar ligações eventuais com outros indivíduos neste processo fraudulento”, precisou a fonte. (Arcénia Nhacuahe)

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