Em protesto contra actuação da Polícia Municipal
Maputo (Canalmoz) – Os transportadores semi-colectivos de passageiros, vulgos “chapeiros”, da rota Praça dos Combatentes - Anjo Voador, na baixa da cidade de Maputo, paralisaram ontem as suas actividades, alegadamente em protesto contra a actuação da Polícia Municipal. Na sequência, muitos passageiros ficaram horas a fio no terminal de Xiquelene e nas paragens, devido à falta de transportes. Outros recorreram a camiões para chegarem aos seus destinos.
A paralisação iniciou nas primeiras horas e durou o dia todo.
Os automobilistas imobilizaram as suas viaturas na esquina do mercado do Compone, no prolongamento da avenida Vladimir Lenine, impedindo a circulação ou o trânsito de qualquer carro de semi-colectivo que pretendesse furar a greve.
Os grevistas não se envolveram em confronto com a Polícia, mas na esquina do Compone onde estavam concentrados, trocaram mimos com os agentes que tentavam persuadi-los a fazerem-se à estrada.
Segundo apurou a Reportagem do Canalmoz, aqueles transportadores alegaram estar a protestar contra a actuação da Polícia Municipal que os obriga a chegar ao Anjo Voador “enquanto não há condições de estacionamento”.
Segundo apurámos, os transportadores pretendem que o Terminal seja na Clínica Cruz Azul, próximo ao Mercado Central, o que as autoridades não aceitam.
Outra alegação foi de que a Polícia Camarária tem estado a lhes extorquir dinheiro, fazendo exigências desnecessárias.
Em declarações ao Canalmoz a meio do dia de ontem, o chefe de Departamento de Relações Públicas e porta-voz do Comando da Polícia Municipal da Cidade de Maputo, o sub-inspector Lázaro Valoi, desvalorizou as exigências daqueles transportadores semi-colectivos
considerando-as de “descabidas”. “As exigências deles não têm fundamentos. Pensavam que a Polícia
Municipal iria desarmar…”, assim reagiu Lázaro Valoi quando questionado sobre a greve.
O mesmo porta-voz disse que a Polícia Municipal vai continuar atrás dos transportadores para lhes fazer cumprir a lei e as suas licenças. “Eles sabem o que está preconizado nas suas licenças. O terminal deles fica no Anjo Voador, mas eles continuam a insistir em terminar na Clínica Cruz Azul, alegando que no terminal não encontram passageiros.
O que o município entende é que na Cruz Azul não existe espaço para estacionamento de veículos, sendo por isso que deve ser considerada uma paragem intermédia. Vamos continuar atrás deles”, concluiu Lázaro Valoi. (Bernardo Álvaro)
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