Por Gabriel Muthisse
Sirtre, uma cidade Líbia, será porventura das poucas em que as casas que lá existem foram construídas pelo Estado. Achei-a todavia uma cidade fria, sem alma, que não deixou saudades em mim.
Mesmo que a nossa experiência de casas geridas e concedidas pelo Estado não nos deixe conceber esse facto, os prédios e moradias que admiramos em cidades como Nelspruit, Johanesburg, Cidade do Cabo, Lisboa, Rio de Janeiro e outras não foram construídos por governos. Foram edificados na base da iniciativa de pessoas, colectivas ou singulares. No geral, os governos foram apenas responsáveis pela construção dos edifícios destinados a sedes das instituições públicas. Os escritórios de empresas, os prédios de apartamentos, as moradias, os hoteis, tudo isso está lá graças ao engenho e à iniciativa de empresas, organizações e indivíduos. Para usufruto próprio ou para negócio.
Ou seja, de maneira geral, a construção de habitação não é responsabilidade dos governos. ...Mesmo a construção de habitação para jovens.
Marginalmente, existe em todas essas cidades um espaço de intervenção que costuma ser da responsabilidade das autarquias que é o da construção de casas sociais. Estas destinam-se às faixas da população que vivem à margem do mercado, ou pessoas de baixa renda. No geral, jovens sociólogos, economistas, engenheiros, arquitectos, médicos e outros graduados universitários ou do ensino médio não costumam qualificar para o acesso a estas casas sociais. É bom dizer que, dada a qualidade das casas, estas faixas populacionais que indiquei nem costumam ansiar por viver lá. Porque, no geral, as casas sociais são mesmo básicas, em termos de qualidade, conforto e número de divisões.
Como é que os jovens costumam resolver os seus problemas de habitação nessas cidades (como S. Paulo, Lisboa, Londres, Cidade do Cabo, Johanesburg e outras)? Estando no princípio da vida e não dispondo de recursos para alugar de per si um apartamento ao seu gosto, é habitual nessas cidades três ou mais jovens partilharem o aluguer de um apartamento ou de uma moradia. Essa partilha termina à medida que esses jovens se qualificam para, na base dos seus crescentes rendimentos, acederem a créditos bancários para compra ou construção de casa própria. O mecanismo está tão claro na cabeça desses jovens que não é habitual ouvi-los a chorar, a reclamar ou a exigir casas de governos. Eles sabem que não é função deste distribuir apartamentos ou moradias.
O que se espera de governos e municípios é que estabeleçam regras claras de acesso a terra infra-estruturada (talhões demarcados, com ruas, água, energia, parques, jardins, espaços para lojas, restaurantes, bares, creches, clínicas e outros equipamentos sociais). É nisto que a exigência da sociedade e a atenção dos governos e municípios se deveria concentrar. Quando se quer fazer tudo termina-se por não se fazer nada.
Sirtre, uma cidade Líbia, será porventura das poucas em que as casas que lá existem foram construídas pelo Estado. Achei-a todavia uma cidade fria, sem alma, que não deixou saudades em mim.
Mesmo que a nossa experiência de casas geridas e concedidas pelo Estado não nos deixe conceber esse facto, os prédios e moradias que admiramos em cidades como Nelspruit, Johanesburg, Cidade do Cabo, Lisboa, Rio de Janeiro e outras não foram construídos por governos. Foram edificados na base da iniciativa de pessoas, colectivas ou singulares. No geral, os governos foram apenas responsáveis pela construção dos edifícios destinados a sedes das instituições públicas. Os escritórios de empresas, os prédios de apartamentos, as moradias, os hoteis, tudo isso está lá graças ao engenho e à iniciativa de empresas, organizações e indivíduos. Para usufruto próprio ou para negócio.
Ou seja, de maneira geral, a construção de habitação não é responsabilidade dos governos. ...Mesmo a construção de habitação para jovens.
Marginalmente, existe em todas essas cidades um espaço de intervenção que costuma ser da responsabilidade das autarquias que é o da construção de casas sociais. Estas destinam-se às faixas da população que vivem à margem do mercado, ou pessoas de baixa renda. No geral, jovens sociólogos, economistas, engenheiros, arquitectos, médicos e outros graduados universitários ou do ensino médio não costumam qualificar para o acesso a estas casas sociais. É bom dizer que, dada a qualidade das casas, estas faixas populacionais que indiquei nem costumam ansiar por viver lá. Porque, no geral, as casas sociais são mesmo básicas, em termos de qualidade, conforto e número de divisões.
Como é que os jovens costumam resolver os seus problemas de habitação nessas cidades (como S. Paulo, Lisboa, Londres, Cidade do Cabo, Johanesburg e outras)? Estando no princípio da vida e não dispondo de recursos para alugar de per si um apartamento ao seu gosto, é habitual nessas cidades três ou mais jovens partilharem o aluguer de um apartamento ou de uma moradia. Essa partilha termina à medida que esses jovens se qualificam para, na base dos seus crescentes rendimentos, acederem a créditos bancários para compra ou construção de casa própria. O mecanismo está tão claro na cabeça desses jovens que não é habitual ouvi-los a chorar, a reclamar ou a exigir casas de governos. Eles sabem que não é função deste distribuir apartamentos ou moradias.
O que se espera de governos e municípios é que estabeleçam regras claras de acesso a terra infra-estruturada (talhões demarcados, com ruas, água, energia, parques, jardins, espaços para lojas, restaurantes, bares, creches, clínicas e outros equipamentos sociais). É nisto que a exigência da sociedade e a atenção dos governos e municípios se deveria concentrar. Quando se quer fazer tudo termina-se por não se fazer nada.
Mesmo que a nossa experiência de casas geridas e concedidas pelo Estado não nos deixe conceber esse facto, os prédios e moradias que admiramos em cidades como Nelspruit, Johanesburg, Cidade do Cabo, Lisboa, Rio de Janeiro e outras não foram construídos por governos. Foram edificados na base da iniciativa de pessoas, colectivas ou singulares. No geral, os governos foram apenas responsáveis pela construção dos edifícios destinados a sedes das instituições públicas. Os escritórios de empresas, os prédios de apartamentos, as moradias, os hoteis, tudo isso está lá graças ao engenho e à iniciativa de empresas, organizações e indivíduos. Para usufruto próprio ou para negócio.
Ou seja, de maneira geral, a construção de habitação não é responsabilidade dos governos. ...Mesmo a construção de habitação para jovens.
Marginalmente, existe em todas essas cidades um espaço de intervenção que costuma ser da responsabilidade das autarquias que é o da construção de casas sociais. Estas destinam-se às faixas da população que vivem à margem do mercado, ou pessoas de baixa renda. No geral, jovens sociólogos, economistas, engenheiros, arquitectos, médicos e outros graduados universitários ou do ensino médio não costumam qualificar para o acesso a estas casas sociais. É bom dizer que, dada a qualidade das casas, estas faixas populacionais que indiquei nem costumam ansiar por viver lá. Porque, no geral, as casas sociais são mesmo básicas, em termos de qualidade, conforto e número de divisões.
Como é que os jovens costumam resolver os seus problemas de habitação nessas cidades (como S. Paulo, Lisboa, Londres, Cidade do Cabo, Johanesburg e outras)? Estando no princípio da vida e não dispondo de recursos para alugar de per si um apartamento ao seu gosto, é habitual nessas cidades três ou mais jovens partilharem o aluguer de um apartamento ou de uma moradia. Essa partilha termina à medida que esses jovens se qualificam para, na base dos seus crescentes rendimentos, acederem a créditos bancários para compra ou construção de casa própria. O mecanismo está tão claro na cabeça desses jovens que não é habitual ouvi-los a chorar, a reclamar ou a exigir casas de governos. Eles sabem que não é função deste distribuir apartamentos ou moradias.
O que se espera de governos e municípios é que estabeleçam regras claras de acesso a terra infra-estruturada (talhões demarcados, com ruas, água, energia, parques, jardins, espaços para lojas, restaurantes, bares, creches, clínicas e outros equipamentos sociais). É nisto que a exigência da sociedade e a atenção dos governos e municípios se deveria concentrar. Quando se quer fazer tudo termina-se por não se fazer nada.
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