segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pedro Nacuo lança “Boroma”

06/03/2009

 

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Maputo, Sexta-Feira, 6 de Março de 2009:: Notícias
PEDRO_NACUO É LANÇADO amanhã no Instituto de Magistério Primário de Chibututuine (IMAP), na Manhiça, Maputo, o livro “Boroma: homenagem a todos os professores”. A obra, da autoria do jornalista Pedro Nacuo, nosso correspondente em Pemba, é um relato de situações acontecidas sobre um grupo de estudantes e professores no período em que eles frequentaram o IMAP de Chibututuine, na altura designado Escola de Formação e Educação de Professores (EFEP). Nacuo foi um dos formandos do estabelecimento.
Boroma foi o primeiro local onde Pedro Nacuo trabalhou após a formação como professor. E o autor explica que deu esse título ao livro em virtude de ter sido o primeiro local que foi afecto depois de formado na EFEP, entre 1981 e 1983.
Nacuo explica que “Boroma: homenagem a todos os professores” é um reencontro dos antigos alunos e professores da EFEP e tem uma característica quase sindical, porque se trata de um alarido. É um grito em relação ao que estava a acontecer à maioria das pessoas que integravam aquele grupo de formandos e formadores. Ele descreve problemas que vão da integração à valorização, passando por um aparente abandono desse grupo pelos gestores do sistema nacional de educação.
Nesta segunda edição, segundo explica Pedro Nacuo, encontra-se uma espécie de resposta a questões levantadas pelo “Boroma 1”, em 2006. Sustenta dizendo que a segunda edição tem uma nota que congratula os avanços registados a nível do sistema nacional de educação, pois alguns desses problemas estão a ser resolvidos.
“Por exemplo, a integração dos professores, aparentemente abandonados, já está a ter solução e a ideia de valorização do professor e da continuidade da sua formação – porque depois desse período houve um aparente abandono do professor e essa linguagem nunca mais voltamos a ouvir. E o livro diz que só de 1993 para cá é que volta a falar-se da qualidade do ensino e o Ministério da Educação volta a falar de professores com formação psicopedagógica”, conta.
Por outro lado, o lançamento deste livro servirá de pretexto para um reencontro entre antigos alunos e professores e amigos e rever velhas amizades e falar do país e da educação.
A segunda edição do “Boroma” conta com uma tiragem de 120 mil unidades. A primeira foi lançada em 2006, no dia 12 de Outubro, Dia dos Professores. Esta obra foi também apresentada em Boroma, na província de Tete. Aliás, Boroma é o lugar que emprestou o nome ao livro.
“O livro vem também responder à demanda, porque acabei percebendo que a obra estava a ser procurada. Por isso foi necessário imprimir esta quantidade de livros na África do Sul por falta de capacidade de impressão internamente, dessa quantidade de livros em três meses”, explica, sublinhando que a primeira edição teve uma tiragem de três mil exemplares e a sua impressão foi feita na tipografia do “Notícias”.
Para além de antigos colegas e professores do autor, estarão presentes no lançamento da obra jornalistas, que são os actuais colegas de Pedro Nacuo na profissão que abraçou, bem como a cantora Zena Bacar, vocalista do agrupamento Eyuphuru.
Este é o terceiro livro de Nacuo, depois de ter lançado, em 2002, “Caso Montepuez”, que falava das manifestações políticas organizadas pela Renamo que culminaram com a morte de 90 pessoas, e em 2006 ter tirado a primeira edição de “Boroma”.

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