quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ameaças da Renamo retraíram entrada de investimentos estrangeiros








Teodato Hunguana Negociador do AGP









Teodato Hunguana, um dos negociadores do AGP, afirma que as exigências da Renamo de revisitar o acordo geral de paz são cómicas e ridículas.

Depois do fracasso negocial entre o governo e a Renamo, a “perdiz” diz que está a preparar os “novos desafios para a defesa do povo moçambicano”, já que o governo desvalorizou as exigências reflectidas nos pontos chamados à negociação entre as partes.
Após o rompimento das negociações entre o Governo e a Renamo, o líder da “perdiz” convocou uma reunião de emergência para delinear estratégias para fazer valer as suas reivindicações marginalizadas pela sua contra-parte. a reunião em Sanjundjira é vista como mais uma pressão ao governo. A Renamo ameaça não participar nas eleições autárquicas que se avizinham e diz que pretende instaurar uma nova ordem política, que passa pela criação de um governo de transição.

Teodato Hunguana Negociador do AGP
O quadro agora deve ser a exigência da implementação da constituição que todos adoptamos e não a renegociação do AGP, porque isso é cómico e ridículo... parece que há intenção de restaurar e de recolocar no cenário de Roma, o cenário de Santo Egídio, isso parece-me absurdo passado vinte anos de paz. A história quando se repete desta maneira pode até ser cómica. Sério é aquilo que fizemos em Roma, estivemos a negociar o fim da guerra, a paz. Hoje, tentar repetir aquilo é cair no ridículo, não se reinventa a história. Se me disser que há problemas e que os mesmos devem ser objecto diálogo e de discussão entre os moçambicanos, dir-lhe-ei que sim. O quadro agora deve ser a exigência da implementação da constituição que todos nós adoptamos, caso hajam pontos que não estejam a ser implementados. Não podemos admitir que haja cedências por causa da ameaça da Renamo, porque isso abre sempre um precedente: sempre que o partido tiver dificuldades vai ameaçar com guerra.
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Comments

1
Chacha said...
Estes senhores nao medem as consequencias das situacoes.
As mesmas coisas que a renamo colocou, nao cumprimento do acordado, revisao do AGP, estao a deixar Centro Africana em chamas. Os revoltosos, rebeldes, quase parto da Capital, reivindicam como causa da atitude, o nao cumprimento do acordado.
Por que 'e que as pessoas nao aprendem?
'E ridiculo ter gente com este pensamento.
Esperemos para ver o que 'e que isso vai dar.
Por favor leiam as noticias que vem de la, C. Africana.
2
Matolinha said...
"Teodato Hunguana, um dos negociadores do AGP, afirma que as exigências da Renamo de revisitar o acordo geral de paz são cómicas e ridículas."
-Mas cómicas e ridículas porquê? Porque é que, revisitar o Acordo de Paz pode ser ridículo ou cómico?
Se houve pontos no Acordo Geral de Paz, que não foram cumpridos, porque não faze-los cumprir. Há algum mal nisso? Já não bastaram todos estes anos de incumprimento?
"A Renamo ameaça não participar nas eleições autárquicas que se avizinham e diz que pretende instaurar uma nova ordem política, que passa pela criação de um governo de transição."
-Porque não um governo de transição?
Mais:
-Porque não, um governo de transição onde só o povo moçambicano tenha voz activa? Porque é que temos de estar dependentes das boas ou más disposições destes dois pseudo-partidos?
Porque não (já vai sendo mais que tempo), um governo de transição sem Frelimo nem Renamo?
Porque não, ver frelimistas e renamistas irem tratar das machambas (trabalhar)?
Eles não são mais do que nós, pois não?
"Nós" pensamos que dependemos deles, mas na verdade são eles quem depende de nós.

"O quadro agora deve ser a exigência da implementação da constituição que todos adoptamos e não a renegociação do AGP, porque isso é cómico e ridículo..."
-Ridículo, não será exigir a implementação da Constituição?
Ridículo é ela (Constituição), não estar implementada, é ela não ser cumprida. Isso sim, é "cómico" e ridículo ao mesmo tempo.
"A história quando se repete desta maneira pode até ser cómica."
-A história poderá ser cómica para si, não para nós, não para os que vivem do trabalho (quando o têm).
Foi graças à vontade que a Frelimo teve em querer repetir a "história" (é perita nisso), que hoje voltamos a viver uma situação de pré-guerra e, quem sabe, um dia, talvez de guerra.
Nota-se que o maior temor de alguns, é o de um dia, terem de vir a trabalhar para viver (sobreviver). Não estão habituados.
É esse o maior receio de "meia-dúzia". E esse receio, ao contrário do que pensam, já o percebemos há muito tempo. Esse receio tem odor, odor de malandro, odor de quem quer viver à custa dos outros. Eu sinto-o, muitas vezes, mesmo aqui neste Weblog.
"O quadro agora deve ser a exigência da implementação da constituição que todos nós adoptamos, caso hajam pontos que não estejam a ser implementados."
-Cheira ou não cheira a malandro?
“…caso hajam pontos que não estejam a ser implementados."???
-Difícil será encontrar pontos que estejam a ser implementados. Digo eu.
Matolinha.
3
Veterano said...
Menos mola para os senhores do partidão, o que poderá forçar pessoas como este Teodato a recorrerem a fontes informais de financiamento, como por exemplo o INSS (Instituto Nacional de Segurança Social) de ontem ele sacou uns avultados milhões de meticais para construir um casarão na Matola.

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