- 01 Dezembro 2012
- Opinião
Lisboa – Isabel dos Santos vai integrar o Conselho de Administração da Zon, como membro não executivo. Olha que boa notícia: uma angolana que assume o lugar a que tem direito - é accionista de referência da empresa -, sem se esconder atrás de testas de ferro.
Fonte: DN
Não é um facto menor. Um dos grandes problemas do investimento angolano em Portugal tem sido o enorme mistério que rodeia os seus protagonistas. Ninguém os vê, poucos sabem quem são, especula-se apenas sobre a sua identidade. É público que os filhos frequentam as boas lojas da Avenida da Liberdade, o Ritz e alguns restaurantes chiques, mas sabe-se pouco mais, apesar de estarem na Galp, no BCP e no BPI, etc.
A normalização das relações entre os dois países (em ambos os sentidos) implica que os angolanos apareçam com normalidade em Portugal. Que sejam vistos, que falem, apareçam e se mostrem mais.
Que se comecem a expor na dimensão do peso económico que já têm, nomeadamente nos conselhos de administração. Não era possível que isso tivesse acontecido de repente. Como diria Vítor Gaspar, isto é um processo. Ora bem, o processo está em curso e Portugal tem um papel a desempenhar. Seria estúpido que não o percebesse.
Exactamente como os empresários árabes, russos e africanos em Londres ou Paris, é fundamental que os angolanos apareçam em Lisboa, tenham uma vida social e empresarial normal.
Comprem empresas, grandes ou pequenas, cotadas ou familiares, e ponham lá o seu nome e assumam as suas responsabilidades por inteiro. Comprem clubes de futebol, sejam mecenas de artistas ou jardins públicos, o que quiserem. Existem regras a cumprir e eles sabem disso. Têm aliás bons advogados, nalguns casos os melhores que o dinheiro pode comprar. Não lhes faltarão bons e maus conselhos.
A palavra-chave é só uma: normalidade. Isabel dos Santos é o retrato do que deve ser um empresário angolano, chinês ou inglês a fazer negócios em Portugal. Vai-se instalando, instala-se e já está. A Zon ficou a ganhar com este investimento, ganhou rumo estratégico e acesso a capital numa altura em que ele escasseia.
Portugal também ganhou, porque a filha do Presidente angolano está adaptada ao País. Está inserida, contextualizada, habituada. Passa muito tempo aqui, tem muito a ganhar e a perder. Quanto ao resto, é deixar o sistema funcionar.
Nem tudo será fácil, haverá problemas, dúvidas e chatices, haverá opiniões sérias e outras nem tanto - em Lisboa e em Luanda. Investigações e tudo a que qualquer pessoa deve estar sujeita. É a vida e ainda bem. Que venham outros como Isabel dos Santos. Frontalmente e para ficar.
Fonte: DN
Não é um facto menor. Um dos grandes problemas do investimento angolano em Portugal tem sido o enorme mistério que rodeia os seus protagonistas. Ninguém os vê, poucos sabem quem são, especula-se apenas sobre a sua identidade. É público que os filhos frequentam as boas lojas da Avenida da Liberdade, o Ritz e alguns restaurantes chiques, mas sabe-se pouco mais, apesar de estarem na Galp, no BCP e no BPI, etc.
A normalização das relações entre os dois países (em ambos os sentidos) implica que os angolanos apareçam com normalidade em Portugal. Que sejam vistos, que falem, apareçam e se mostrem mais.
Que se comecem a expor na dimensão do peso económico que já têm, nomeadamente nos conselhos de administração. Não era possível que isso tivesse acontecido de repente. Como diria Vítor Gaspar, isto é um processo. Ora bem, o processo está em curso e Portugal tem um papel a desempenhar. Seria estúpido que não o percebesse.
Exactamente como os empresários árabes, russos e africanos em Londres ou Paris, é fundamental que os angolanos apareçam em Lisboa, tenham uma vida social e empresarial normal.
Comprem empresas, grandes ou pequenas, cotadas ou familiares, e ponham lá o seu nome e assumam as suas responsabilidades por inteiro. Comprem clubes de futebol, sejam mecenas de artistas ou jardins públicos, o que quiserem. Existem regras a cumprir e eles sabem disso. Têm aliás bons advogados, nalguns casos os melhores que o dinheiro pode comprar. Não lhes faltarão bons e maus conselhos.
A palavra-chave é só uma: normalidade. Isabel dos Santos é o retrato do que deve ser um empresário angolano, chinês ou inglês a fazer negócios em Portugal. Vai-se instalando, instala-se e já está. A Zon ficou a ganhar com este investimento, ganhou rumo estratégico e acesso a capital numa altura em que ele escasseia.
Portugal também ganhou, porque a filha do Presidente angolano está adaptada ao País. Está inserida, contextualizada, habituada. Passa muito tempo aqui, tem muito a ganhar e a perder. Quanto ao resto, é deixar o sistema funcionar.
Nem tudo será fácil, haverá problemas, dúvidas e chatices, haverá opiniões sérias e outras nem tanto - em Lisboa e em Luanda. Investigações e tudo a que qualquer pessoa deve estar sujeita. É a vida e ainda bem. Que venham outros como Isabel dos Santos. Frontalmente e para ficar.
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